quarta-feira, 25 de novembro de 2020

PERSEGUIÇÃO...

 

Perseguição religiosa piora em todo o mundo

Por Reinaldo Percinoto Jr.

Último relatório global acerca das restrições governamentais e hostilidades sociais contra grupos religiosos revela dados preocupantes.

O 11º estudo anual do Pew Research Center, que avalia o nível das restrições à liberdade religiosa em 198 nações, apresentou pela primeira vez uma informação que poderíamos classificar como “incontroversa”: a de que os regimes ditatoriais são os piores perseguidores dos que desejam praticar a fé religiosa.

Os dados do estudo são de 2018, e mostram que o nível médio de violações governamentais contra a religião atingiu um máximo histórico, com 56 nações (28%) apresentando níveis “altos” ou “muito altos” de restrições oficiais. Quanto às hostilidades sociais, o número de nações que apresentaram níveis “altos” ou “muito altos” caiu ligeiramente para 53 (27%). Porém, no ano anterior o nível médio registrou um recorde histórico. Quando os dados são considerados em conjunto, 40% do mundo enfrenta obstáculos significativos quanto à possibilidade de adorar a Deus livremente.

Para se ter uma ideia mais clara, desde 2007, quando a Pew Research Center iniciou sua pesquisa, o nível médio de restrições governamentais aumentou 65% e o nível de hostilidades sociais dobrou.

Orando pelos que são perseguidos em todo o mundo
Lançado em 1996 pela Aliança Evangélica Mundial (WEA), o Dia Internacional de Oração (IDOP, em inglês) pela Igreja Perseguida é realizado anualmente nos dois primeiros domingos de novembro. Neste ano a campanha foi batizada de “One With Them”.

Segundo Godfrey Yogarajah, diretor executivo da Comissão de Liberdade Religiosa da WEA, entre aqueles que sofrem estão “260 milhões de cristãos em todo o mundo que enfrentam perseguição”. Oito cristãos são martirizados por sua fé a cada dia.

Mas os cristãos não são os únicos que sofrem com as restrições e perseguições. Como disse Ahmed Shaheed, relator especial da ONU para liberdade de religião e crença, das 178 nações que exigem o registro de grupos religiosos, quase 40% o fazem com parcialidade. Segundo ele, “o fracasso em eliminar a discriminação, combinado com a marginalização política e ataques nacionalistas às identidades pode impulsionar trajetórias de violência e até mesmo crimes de atrocidade”. E, infelizmente, entre os piores agressores estão os próprios familiares.

O destino da igreja está onde sempre esteve: nas mãos de Deus
De modo geral, a perseguição e as restrições não conseguiram barrar o crescimento da igreja. A WEA observou, por exemplo, que na China a igreja protestante cresceu de 1,3 milhão de membros em 1949 para pelo menos 81 milhões de membros hoje; e a Igreja Católica cresceu de 3 milhões de membros para mais de 12 milhões durante o mesmo período.

Por outro lado, o Iraque e a Síria estão entre as nações onde a igreja diminuiu de tamanho nas últimas décadas. É justamente a região formada por Oriente Médio e Norte da África (MENA) onde está a classificação média mais alta em termos de restrições governamentais: 18 de seus 20 países (90%) têm classificação "alta" ou "muito alta". A WEA observou, no entanto, que a perseguição deve ser considerada mais uma consequência do crescimento da igreja do que o seu estimulante. E, como declarou um estudo do IDOP sobre Atos 8, embora a perseguição e a violência sejam desastrosas para a igreja, esse fenômeno não escapa à soberania de Deus. “A perseguição não define o destino da igreja. Deus o faz”.

Confira também o lançamento oficial do “Domingo da Igreja Perseguida 2021”

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