Mas por
que eu?
Conta-se
a história de Arthur Ashe, famoso jogador de Wimbledon, que estava morrendo de
AIDS; foi contaminado com sangue infectado durante uma cirurgia cardíaca, em
1983.
Um dos
fãs, que lhe escreveu uma carta, perguntou: "Por que Deus teve que
escolher você para por uma doença tão horrível?" – Arthur respondeu:
"Muitos
anos atrás, cerca de 50 milhões de crianças começaram a jogar tênis e uma delas
era eu. Cinco milhões, realmente, aprenderam a jogar tênis, 500 mil se tornaram
tenistas profissionais, 50 mil chegaram ao circuito, 5 mil chegaram a
Wimbledon, 4 delas chegaram à semifinal, 2 delas chegaram à final e uma delas
era eu."
E
acrescentou: "quando eu estava comemorando a vitória com a taça na mão,
nunca me ocorreu perguntar a Deus: "Por que eu?"
Então,
agora, que estou com dor, como posso perguntar a Deus: "Por que eu?"
A felicidade te mantém doce, as dores te mantêm humano, a falha te mantém
humilde, o sucesso te mantém brilhante. Mas só a fé te mantém em pé",
terminou ele (sic).
"Não
vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é Fiel e não permitirá
que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1Co.
10.13).
Esta
história real pode e deve servir de exemplo para nós, os cristãos; quantas
vezes murmuramos por causa de um resfriado ou em decorrência de uma perna
engessada, quando quebrada em um acidente, e por outras ocorrências
indesejáveis, apesar de pequenas?
Deus
não nos dá dores além das nossas forças; recordemo-nos da história de Jó.
A
Palavra de Deus nos ensina: "Em TUDO, dai graças, porque esta é a vontade
de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1Ts. 5 18) – isso após orientar
"Orai sem cessar" (v. 17) – o resfriado, a perna fraturada e, até, a
AIDS do Arthur fazem parte do TUDO, e Deus, pela pena de Paulo, deseja que
sejamos gratos pelo que é bom e, também, pelo que é ruim.
Ele
sabe a razão pela qual permite, em sua soberania, que passemos por sofrimentos,
embora seguidores do Senhor Jesus, o qual nos afirmou: "No mundo, passais
por aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo" (Jo. 16 33).
O
sofrimento pode ser muito forte, mas aprendemos na Palavra de Deus, que a
tribulação [hoje e aqui] nada é se comparada à glória futura que vamos gozar
quando estivermos na presença de Deus para sempre:
"Porque
a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória,
ACIMA DE TODA COMPARAÇÃO, não atentando nós nas cousas que se veem, mas nas que
se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem SÃO
ETERNAS" (2Co. 4 17-18).
Então,
a pergunta "por que eu?" não cabe nessas situações tendo em vista que
Deus tem sempre um [bom] propósito em todos os acontecimentos de nossas vidas;
a pergunta cabível é "PARA QUÊ?", no sentido de entendermos os planos
de Deus através do nosso sofrimento.
Lembro-me
que, em 1979, meu pai sofreu de um câncer fulminante, só viveu mais 3 meses;
por quê? – Na verdade "para quê?" - o propósito de Deus era muito
importante: acamado, ora em casa, ora no hospital ele convidou, para visitá-lo,
todos os seus inimigos [e não eram poucos]; pediu-lhes perdão e leu parte da
Escritura Sagrada para eles, mostrando que o Senhor Jesus foi preparar-lhe
morada, diante de Deus, e viria buscá-lo para a eternidade (Jo. 14 1-3).
O nosso
Deus condena murmurações, Ele quer que estejamos, sempre, de bom humor,
alegres: "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. "Em TUDO, dai
graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco""
(1Ts. 5 16-18) e ainda: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez vos digo:
Alegrai-vos" (Fp. 4 4).
"Fazei
TUDO sem murmurações nem contendas; para que vos torneis irrepreensíveis e
sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração perdida e corrupta,
na qual resplandeceis como luzeiros no mundo..." (Fp. 2 14-15).
Deus
quer um bom testemunho nosso, quer que brilhemos para que o mundo descubra que
os cristãos, apesar dos sofrimentos, se regozijam n’Ele.
Parafraseando
o Apóstolo Paulo, "Para mim o viver é Cristo, mas o morrer é lucro",
pois vou vê-lo pessoal e eternamente na minha nova morada.
Tenho
dito, há décadas, que vida cristã não é um atestado de imunidade, de isenção
contra problemas, contra dissabores, contra as mazelas deste mundo tenebroso,
que jaz no maligno; todavia, nas horas más, temos o consolo, o conforto, a
confiança [fé] de que o Senhor não nos desampara nas aflições.
Não
estou fazendo apologia do "não sofrimento" no sofrimento, nem estou
pregando o masoquismo, seria hipocrisia; estou dizendo que o cristão suporta a
dor na fé em relação às promessas de Deus, que são irreversíveis:
"Vinde
a mim, todos os que estão cansados e oprimidos [sobrecarregados em outra
versão], e eu vos aliviarei" (Mt. 11 28) disse o Senhor Jesus.
Pense
nisto!
https://youtu.be/Ao9zz8kFYTM?si=WlPcGQy5j5KEpk9V
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