Ritos de
passagem são muito comuns em praticamente todas as culturas. Eles existem há
muito tempo e são importantes na passagem da adolescência para a idade adulta,
estabelecendo o desenvolvimento de uma personalidade mais responsável e madura.
Na cultura ocidental, festas de debutantes ou até mesmo festas específicas de
algumas religiões são comuns, mas em algumas culturas pouco conhecidas, os
ritos podem ser mais estranhos, e até mesmo assustadores. Confira:
10. Os índios algonquinos
Esta
tribo amazonense realiza um ritual de iniciação com garotos que pode ser
considerado um dos mais dolorosos da nossa lista. Os jovens da tribo têm que
colocar as mãos dentro de uma espécie de luva cheia de formigas-bala, cuja
mordida é quase 20 vezes mais dolorida que a de uma vespa. Os garotos têm que
dançar com as mãos dentro da luva durante dez minutos, e a dor é tão intensa
que o corpo sofre com convulsões, e a dor pode durar até 24 horas. O mais
inacreditável é que os homens da tribo repetem este ritual várias vezes durante
a vida, para provar a sua masculinidade.
,
o homem explica ao garoto que ele não deve ser promíscuo na sua relação
heterossexual, senão será executado.
Os
garotos desta tribo indígena canadense eram levados para uma área separada do
restante do povo, e eram enjaulados. Lá, eles recebiam uma dose de uma
substância chamada de wysoccan, altamente alucinógena e quase cem vezes
mais forte que o LSD. A intenção do ritual era fazer com que os garotos
esquecessem todas suas lembranças da infância, para que pudessem se tornar
homens. O problema do ritual é que a força da substância é tão grande que
muitos garotos perdiam a memória da família e da própria identidade, e alguns
até mesmo paravam de falar. Os garotos que mostravam que ainda lembravam coisas
da sua infância eram levados para tomar o wysoccan novamente.
9. O salto dos Vanuatu
Este
ritual serve como um rito de passagem e como um ritual de colheita das tribos
da ilha de Vanuatu, no Oceano Pacifico. Os garotos das tribos têm que subir em
uma torre de 30 metros de altura com cipós amarrados nos tornozelos e se jogar,
a uma velocidade de cerca de 72 quilômetros por hora. Quando o “mergulho” é
feito corretamente, o garoto deve encostar os ombros e a cabeça no chão.
Entretanto, os cipós não são elásticos e um cálculo errado do comprimento da
corda pode causar ferimentos sérios ou até mesmo a morte do garoto no ritual,
que é feito com meninos de cerca de 7 ou 8 anos.
8. O salto de vacas dos Harmar
Este
ritual é realizado pela tribo dos Harmar, na Etiópia, e é feito antes que os
homens possam casar. O participante tem que pular por cima de vacas colocadas
lado a lado quatro vezes sem cair. O teste é feito com o garoto nu, como um
símbolo da infância que ele deixa para trás, e, se passar no teste, o garoto
passa a viver com outros homens que passaram no mesmo teste, e fica durante
alguns meses supervisionando as vilas do território do seu povo.
7. A tribo Okiek
O rito de
passagem desta tribo do Quênia é igual para homens e mulheres, e é feito com
adolescentes de 14 a 16 anos. A iniciação começa com a circuncisão dos órgãos
sexuais, e depois os participantes ficam separados de adultos do sexo oposto de
quatro a 24 semanas. As pessoas que participam o ritual têm que se pintar com
argila branca e carvão, para ficarem com uma aparência selvagem, e passam a
receber conhecimento dos anciãos. Para completar o ritual, as pessoas têm que
fazer o som de um instrumento que reproduz o rugido de uma criatura mística que
assombra aspessoas durante a iniciação.
A
circuncisão geralmente é feita com uma lâmina velha e suja que deixa os jovens
propensos a infecções.
A a
circuncisão feminina consiste na remoção do clitóris o que deixa a maioria
delas incapaz de sentir prazer durante o sexo para o resto da vida. Caso elas
se recusem a passar pelo rito são isoladas do resto da tribo.
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6. Festa da menina moça
Esta
festa de iniciação é realizada pela tribo Tukuna, que vive na região norte da
Amazônia. As garotas começam a participar da iniciação quando menstruam, e
ficam durante 4 a 12 semanas em reclusão em um local construído na casa da
família com este único propósito. Durante este período, acredita-se que a
menina está no submundo, correndo perigo na presença de um demônio conhecido
como Noo. Ao final do ritual, outras pessoas utilizam máscaras e se tornam
reencarnações do demônio, e a garota fica durante dois dias com o corpo pintado
de preto para se proteger do Noo. Na manhã do terceiro dia, ela pode sair da
reclusão, e é levada por parentes para as festividades, em que dançam até o
amanhecer. Neste momento, a garota recebe uma lança de fogo e deve jogá-la sobre
o demônio. Depois disso, a tribo considera que a mulher pode entrar para a vida
adulta com segurança.
5. A tribo Okrika
Esta
tribo nigeriana realiza o ritual Iria com as garotas, para que elas entrem na
idade adulta. Jovens entre 14 e 16 anos são levadas para locais em que recebem
alimentos pesados para engordar. Elas também aprendem as canções tradicionais
do ritual, que cantam durante vários dias durante o amanhecer. As pessoas da
tribo acreditam que as garotas podem formar ligações amorosas com espíritos
aquáticos, e por isso têm que cantar as músicas tradicionais antes de poderem
casar. No último dia do ritual, as garotas passam próximas à água, com uma
mulher mais experiente para levá-las para longe dos espíritos, que querem
pegá-las de volta.
4. Os aborígines Mardudjara
Estes
aborígenes australianos levam os garotos de uma certa idade à reclusão, onde
eles são segurados por um ancião, enquanto outro retira o prepúcio do pênis do
garoto sem anestesia. Depois disso, o garoto se ajoelha sobre um escudo próximo
a uma fogueira e tem que comer a própria pele crua, sem mastigar. Após isso,
ele se livrou da criança, e se torna um homem completo. Depois que a
circuncisão termina de cicatrizar, os homens sofrem outra intervenção
cirúrgica: o pênis é cortado na parte inferior, próximo aos testículos, e o
sangue que escorre deve cair sobre uma fogueira, para purificá-lo, e depois da
incisão, têm que se abaixar para urinar, como as mulheres.
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3. A tribo dos Satere-Mawe
Esta
tribo amazonense realiza um ritual de iniciação com garotos que pode ser
considerado um dos mais dolorosos da nossa lista. Os jovens da tribo têm que
colocar as mãos dentro de uma espécie de luva cheia de formigas-bala, cuja
mordida é quase 20 vezes mais dolorida que a de uma vespa. Os garotos têm que
dançar com as mãos dentro da luva durante dez minutos, e a dor é tão intensa
que o corpo sofre com convulsões, e a dor pode durar até 24 horas. O mais
inacreditável é que os homens da tribo repetem este ritual várias vezes durante
a vida, para provar a sua masculinidade.
2. A caçada dos Matis
A tribo
dos Matis, que vivem na floresta amazônica brasileira, realiza quatro testes
com os garotos, para que eles mostrem que podem participar das caçadas com os outros
homens. Primeiro, os garotos recebem veneno diretamente nos olhos, para
supostamente melhorar a sua visão e aguçar os sentidos. Depois, eles são
espancados e recebem chicotadas, para depois receber a inoculação do veneno de
um sapo venenoso da região. A tribo acredita que o poderoso veneno do animal
aumenta a força e a resistência, o que só acontece depois que o participante do
ritual sofre com fortes enjôos, vômitos e diarréia. Quando os garotos passam
por esta terrível seqüência de testes, são considerados aptos a participar das
caçadas da tribo.
1. A tribo Sambia
A
iniciação dos garotos desta tribo de Papua Nova Guiné começa aos sete anos,
quando eles são levados para longe de todas as mulheres, e passam a viver
somente com homens pelos próximos dez anos. Durante o início do ritual, a pele
dos garotos é furada, para que as contaminações das mulheres sejam retiradas, e
eles têm que sangrar pelo nariz (foto acima, a direita) para se limparem. Os
garotos também têm que consumir cana de açúcar para estimular o vômito e a
defecação, com o mesmo propósito. Após a “limpeza” do corpo, eles consomem sêmen,
considerado vital para que eles cresçam e fiquem fortes.
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Durante o
processo, os garotos são informados sobre as impurezas femininas e seus
perigos, e aprendem técnicas de purificação. Quando se casam eles se purificam
freqüentemente contra as impurezas da esposa. Eles realizam sangramentos
intensos pelo nariz toda vez que a mulher menstrua. No último passo do ritual
de iniciação, os jovens têm que remover um pêlo pubiano e entregá-lo para um
homem mais velho, que irá colocá-lo no lugar apropriado. Durante este estágio,
o homem explica ao garoto que ele não deve ser promíscuo na sua relação
heterossexual, senão será executado.
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