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Setembro
27, 2019
Johannes Gutenberg: o pai
da invenção que revolucionou o mundo
Johannes
Gutenberg foi responsável por uma das maiores invenções de sempre: a imprensa.
Fique a perceber melhor o impacto desta descoberta na sua época.
Johannes Gutenberg (1398-1468)
Este
inventor alemão, cujo nome completo era Johannes Gensfleisch zur Laden zum
Gutenberg, teve uma importância crucial no desenvolvimento dos mais variados
domínios. O impacto da sua obra estendeu-se por séculos e o seu nome perdurará
como o de uma das figuras mais importantes do século XV.
Apesar de
não ser absolutamente certo definir a sua data de nascimento, crê-se que
Gutenberg terá nascido em 1398. O seu pai era um comerciante rico que lhe
proporcionou uma vida confortável com acesso fácil a livros.
Johannes Gutenberg: o pai da invenção que
revolucionou o mundo
Por isso,
tornou-se um leitor assíduo e percebeu a extrema importância que os livros têm
no desenvolvimento. Certamente que essa constatação contribuiu para uma das
suas invenções mais revolucionárias de sempre.
Enquanto
joalheiro, Gutenberg aprendeu a realizar moldes e a fundir metais como ouro e
prata, o que lhe permitiu adquirir uma experiência de vida útil para o seu
futuro.
Gutenberg
viria a falecer na cidade de Mainz, no dia 03 de fevereiro de 1468.
Johannes Gutenberg: o pai da invenção que
revolucionou o mundo
“A imprensa é um exército de 26 soldados de chumbo
com o qual se pode conquistar o mundo.” Johannes Gutenberg (1398-1468)
Terá sido
esta a invenção mais importante da era moderna? Certamente que muitos
historiadores defendem esta tese.
Os
livros, antes desta invenção, eram escritos à mão (manuscritos). A produção de
um mero livro demorava meses e meses, sendo que alguns demoravam mesmo anos a
serem concluídos. O custo para a sua realização era extremamente alto e a
morosidade de todo o processo era tal que eram poucos os afortunados capazes de
manusear um livro.
O prazer
da leitura e o consequente desenvolvimento que ela provoca eram exclusivos de
uns escassos felizardos com vastos recursos ou dos que estavam confinados à
vida religiosa.
Johannes Gutenberg: o pai da
invenção que revolucionou o mundo
É
indispensável entender a verdadeira revolução perpetrada por Gutenberg com a
invenção da prensa móvel para que se consiga verdadeiramente perceber a
importância do legado do alemão.
“O
exército de 26 soldados de chumbo”, que se citou acima, tornou a produção de
livros muito mais célere e exponencialmente mais barata, ficando os livros
acessíveis a diferentes povos.
Os tipos
móveis eram de chumbo fundido, pelo que o seu passado enquanto joalheiro
certamente influiu neste seu percurso. A versatilidade deste processo permitiu
a elaboração de livros a grande escala.
Johannes Gutenberg: o pai da
invenção que revolucionou o mundo
A Bíblia
de Gutenberg, com 1282 páginas divididas por duas colunas, foi uma das grandes
obras que chegou a várias pessoas. Em processos de produção anteriores,
manuais, a mesma obra levaria bastante mais tempo a estar concluída e estaria
destinada a uma privilegiada e escassa porção da população.
Alix
Christie, no seu primeiro romance, O Aprendiz de Gutenberg, refere com
algum humor à mistura que Johannes Gutenberg foi mesmo o primeiro a criar um
start up, recorrendo ao apoio de um capitalista (Johann Fust) e ao
conhecimento e talento de um artista gráfico/designer (o escriba Peter
Schoeffer).
De acordo
com Alix, a criação dos carateres cruciais para o desenvolvimento da prensa
nunca teria acontecido sem o contributo destas pessoas.
Johannes Gutenberg: o pai da
invenção que revolucionou o mundo
Curiosidades
Para
prestar a devida homenagem aos livros na língua de Camões, convém não esquecer
alguns dos primeiros livros impressos em Portugal ou em português, recorrendo
aos carateres móveis de Gutenberg.
- Pentateuco
Pentateuco, obra realizada pelo judeu
Samuel Gacon, em 1487, era escrita em hebraico, mas a sua produção foi feita em
Faro. O único exemplar, até agora conhecido, encontra-se guardado na British
Library, em Londres.
Johannes Gutenberg: o pai da
invenção que revolucionou o mundo
- Sacramental, Clemente Sánchez de Vercial (1488)
Foram
realizadas pelo menos quatro edições em Portugal, duas delas no século XV e
outras duas no século XVI.
- Tratado de Confissom (1489)
Existe um
único exemplar deste Tratado, o qual foi descoberto apenas em 1965. É de autor
desconhecido e foi impresso em Chaves, no ano de 1489. É considerado o primeiro
livro de língua portuguesa impresso.
Contudo,
tal deve-se ao facto de não existir uma prova segura em relação à obra Sacramental
(a qual é mais antiga).
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