segunda-feira, 26 de outubro de 2020

ARMA DA ESQUERDA...

 


Gaslighting

 


Ingrid Bergman no filme Gaslight de 1944

Gaslighting ou gas-lighting[1] é uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade.[2] Casos de gaslighting podem variar da simples negação por parte do agressor de que incidentes abusivos anteriores já ocorreram, até a realização de eventos bizarros pelo abusador com a intenção de desorientar a vítima.

O termo deve a sua origem à peça teatral Gas Light e às suas adaptações para o cinema, quando então a palavra popularizou-se. O termo também tem sido utilizado na literatura clínica.[3][4]

Origem do termo

A peça teatral Gas Light de 1938 e suas adaptações para o cinema, lançadas em 1940 e 1944, motivaram a origem do termo por causa da manipulação psicológica sistemática utilizada pelo personagem principal contra uma vítima. O enredo diz respeito a um marido que tenta convencer sua esposa e outras pessoas de que ela é louca, manipulando pequenos elementos de seu ambiente e, posteriormente, insistindo que ela está errada ou que se lembra de coisas incorretamente quando ela aponta tais mudanças. O título original decorre do escurecimento das luzes alimentadas por gás na casa do casal, que aconteceu quando o marido estava usando as luzes no sótão, enquanto busca um tesouro escondido. A esposa percebe com precisão o escurecimento das luzes e discute o fenômeno, mas o marido insiste que ela está apenas imaginando uma mudança no nível de iluminação. O termo "Gaslighting" é utilizado desde 1960 para descrever a manipulação do sentido de realidade de alguém.[5]

Exemplos clínicos

A psicóloga Martha Stout afirma que sociopatas frequentemente usam táticas de gaslighting. Os sociopatas consistentemente transgridem os costumes sociais, descumprem as leis e exploram os outros, mas geralmente também são mentirosos, charmosos e convincentes ao negar as irregularidades que praticam. Assim, algumas pessoas que foram vítimas de sociopatas podem duvidar de suas próprias percepções.[6] Jacobson e Gottman relatam que alguns cônjuges que cometem abusos físicos podem praticar gaslighting em seus parceiros, mesmo ao negar enfaticamente que tenham sido violentos.[4]

Os psicólogos Gertrude Gass e William C. Nichols usam o termo gaslighting para descrever uma dinâmica observada em alguns casos de infidelidade conjugal: "Os terapeutas podem contribuir para o sofrimento da vítima ao tachar reações da mulher [...] Os comportamentos de gaslighting do marido provêm uma receita para o chamado "ataque de nervos" para algumas mulheres e o suicídio em algumas das piores situações."[7] Gaslighting também pode ocorrer em relações entre pais e filhos, sendo que os pais, a criança ou ambos tentam minar as percepções uns dos outros.[8]

Além disso, gaslighting também foi observado entre pacientes e funcionários de unidades de internamento psiquiátrico.[9] Algumas das condutas de Sigmund Freud têm sido caracterizadas como gaslighting. Em relação ao caso de Sergei Pankejeff, apelidado de "Wolf Man", devido ao seu sonho com lobos que ele discutiu amplamente com Freud, Dorpat escreveu: "Freud trouxe pressão implacável sobre o Wolfman para aceitar e confirmar as reconstruções e formulações de Freud."[3]

Introjeção

No influente artigo de 1981 chamado Some Clinical Consequences of Introjection: Gaslighting, Calef e Weinshel argumentam que gaslighting envolve a projeção e introjeção de conflitos psíquicos do agressor com a vítima: "essa imposição é baseada em um tipo muito especial de 'transferência' ... de conflitos mentais potencialmente dolorosos."[10]

Os autores exploram uma variedade de razões pelas quais as vítimas podem ter "uma tendência a incorporar e assimilar o que os outros exteriorizam e projetam nelas" e concluem que gaslighting pode ser "uma configuração muito complexa e altamente estruturada que engloba contribuições de muitos elementos do aparelho psíquico."[10]

Resistência

No que diz respeito às mulheres em particular, a psicóloga Hilde Lindemann argumenta enfaticamente que, nesses casos, a capacidade da vítima de resistir à manipulação depende de "sua capacidade de confiar em seus próprios julgamentos."[11] A criação de versões alternativas dos fatos pode ajudar a vítima a readquirir "níveis normais de livre-arbítrio."[11]

Nos meios de comunicação

O álbum Two Against Nature de 2000, da banda Steely Dan, inclui uma canção intitulada "Gaslighting Abbie". Os músicos Walter Becker e Donald Fagen explicaram em uma entrevista que o título refere-se ao conceito de gaslighting como abuso mental. Eles passaram a discutir como o termo refere-se ao filme Gaslight de 1944.[1

 

14 sinais de que você é vitima de abuso psicológico – o Gaslighting

 


Katie Edwards Getty Images

 

VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCA, ISSO NUNCA ACONTECEU

CUIDADO, VOCÊ ESTÁ DESCONTROLADA

ISSO É COISA DA SUA CABEÇA

Se o seu companheiro fala com frequência uma dessas frases ou coisas semelhantes, se você duvida da sua percepção diante dos fatos e da sua sanidade mental, cuidado, você pode estar sendo vítima de abuso emocional, também conhecido como gaslighting.

por Fernanda Vicente no Ondda

 

Foto: Katie Edwards Getty Images

Gaslighting é uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade. O termo vem de 1938, da peça Gas Light, em que um marido tenta deixar sua mulher louca diminuindo todas as luzes (que funcionavam a gás) da sua casa e então negando que a luz tenha mudado quando a sua esposa aponta a diferença. É uma forma muito eficaz de abuso emocional que faz com que a vítima questione seus próprios sentimentos, instintos e sanidade, o que dá ao parceiro abusivo muito poder. Uma vez que o parceiro abusivo tenha conseguido fazer a vítima perder a habilidade de confiar em suas próprias percepções, passa a ser muito mais provável que ela permaneça no relacionamento abusivo.

Geralmente, o abuso emocional acontece de forma gradual e sem que a vítima perceba. Com o passar do tempo, esses padrões abusivos aumentam, fazendo com que a vítima se torne cada vez mais dependente da relação e muitas vezes se isole de amigos e familiares. O abusador utiliza de técnicas que vão desde a negação dos fatos, como “eu não quero ouvir de novo” ou “nada disso aconteceu”, passando pela banalização dos sentimentos da vítima “nossa, como você é exagerada” e “não é motivo para tanto”. O gaslighting tem consequências desastrosas na vida da pessoa abusada e podem gerar problemas sérios como depressão, isolamento, ansiedade e confusão mental.

Segundo o grupo Livre de Abuso – criado para ajudar, orientar e acolher vítimas de vários tipos de abuso – para superar o gaslighting, é importante começar a reconhecer os sinais e eventualmente aprender a confiar em si mesma de novo. De acordo com o autor e psicanalista Robin Stern, os sinais de que você está sendo vítima de gaslighting incluem:

1.   Você duvida de si mesma constantemente.

2.   Você se pergunta “Eu sou sensível demais?” várias vezes ao dia.

3.   Você constantemente se sente confusa ou até mesmo maluca.

4.   Você está sempre pedindo desculpas ao seu parceiro.

5.   Você não entende por que, com tantas coisas aparentemente boas na sua vida, você não está mais feliz.

6.   Você frequentemente cria desculpas para justificar o comportamento do seu parceiro para seus amigos e sua família (ou até para si mesma).

7.   Você começa a esconder informações dos seus amigos e da sua família para que não tenha que explicá-las ou inventar desculpas.

8.   Você sabe que algo está muito errado, mas nunca consegue expressar exatamente o que, nem para si mesma.

9.   Você começa a mentir para evitar as distorções da realidade e ser posta para baixo.

10.              Você tem dificuldade para tomar decisões fáceis.

11.              Você sente que costumava ser uma pessoa muito diferente – mais confiante, mais divertida e mais relaxada.

12.              Você se sente desesperançosa e desanimada.

13.              Você sente que não consegue fazer nada certo.

 FONTE: GOOGLE

Ingrid Bergman no filme Gaslight de 1944

Gaslighting ou gas-lighting[1] é uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade.[2] Casos de gaslighting podem variar da simples negação por parte do agressor de que incidentes abusivos anteriores já ocorreram, até a realização de eventos bizarros pelo abusador com a intenção de desorientar a vítima.

O termo deve a sua origem à peça teatral Gas Light e às suas adaptações para o cinema, quando então a palavra popularizou-se. O termo também tem sido utilizado na literatura clínica.[3][4]

Origem do termo

A peça teatral Gas Light de 1938 e suas adaptações para o cinema, lançadas em 1940 e 1944, motivaram a origem do termo por causa da manipulação psicológica sistemática utilizada pelo personagem principal contra uma vítima. O enredo diz respeito a um marido que tenta convencer sua esposa e outras pessoas de que ela é louca, manipulando pequenos elementos de seu ambiente e, posteriormente, insistindo que ela está errada ou que se lembra de coisas incorretamente quando ela aponta tais mudanças. O título original decorre do escurecimento das luzes alimentadas por gás na casa do casal, que aconteceu quando o marido estava usando as luzes no sótão, enquanto busca um tesouro escondido. A esposa percebe com precisão o escurecimento das luzes e discute o fenômeno, mas o marido insiste que ela está apenas imaginando uma mudança no nível de iluminação. O termo "Gaslighting" é utilizado desde 1960 para descrever a manipulação do sentido de realidade de alguém.[5]

Exemplos clínicos

A psicóloga Martha Stout afirma que sociopatas frequentemente usam táticas de gaslighting. Os sociopatas consistentemente transgridem os costumes sociais, descumprem as leis e exploram os outros, mas geralmente também são mentirosos, charmosos e convincentes ao negar as irregularidades que praticam. Assim, algumas pessoas que foram vítimas de sociopatas podem duvidar de suas próprias percepções.[6] Jacobson e Gottman relatam que alguns cônjuges que cometem abusos físicos podem praticar gaslighting em seus parceiros, mesmo ao negar enfaticamente que tenham sido violentos.[4]

Os psicólogos Gertrude Gass e William C. Nichols usam o termo gaslighting para descrever uma dinâmica observada em alguns casos de infidelidade conjugal: "Os terapeutas podem contribuir para o sofrimento da vítima ao tachar reações da mulher [...] Os comportamentos de gaslighting do marido provêm uma receita para o chamado "ataque de nervos" para algumas mulheres e o suicídio em algumas das piores situações."[7] Gaslighting também pode ocorrer em relações entre pais e filhos, sendo que os pais, a criança ou ambos tentam minar as percepções uns dos outros.[8]

Além disso, gaslighting também foi observado entre pacientes e funcionários de unidades de internamento psiquiátrico.[9] Algumas das condutas de Sigmund Freud têm sido caracterizadas como gaslighting. Em relação ao caso de Sergei Pankejeff, apelidado de "Wolf Man", devido ao seu sonho com lobos que ele discutiu amplamente com Freud, Dorpat escreveu: "Freud trouxe pressão implacável sobre o Wolfman para aceitar e confirmar as reconstruções e formulações de Freud."[3]

Introjeção

No influente artigo de 1981 chamado Some Clinical Consequences of Introjection: Gaslighting, Calef e Weinshel argumentam que gaslighting envolve a projeção e introjeção de conflitos psíquicos do agressor com a vítima: "essa imposição é baseada em um tipo muito especial de 'transferência' ... de conflitos mentais potencialmente dolorosos."[10]

Os autores exploram uma variedade de razões pelas quais as vítimas podem ter "uma tendência a incorporar e assimilar o que os outros exteriorizam e projetam nelas" e concluem que gaslighting pode ser "uma configuração muito complexa e altamente estruturada que engloba contribuições de muitos elementos do aparelho psíquico."[10]

Resistência

No que diz respeito às mulheres em particular, a psicóloga Hilde Lindemann argumenta enfaticamente que, nesses casos, a capacidade da vítima de resistir à manipulação depende de "sua capacidade de confiar em seus próprios julgamentos."[11] A criação de versões alternativas dos fatos pode ajudar a vítima a readquirir "níveis normais de livre-arbítrio."[11]

Nos meios de comunicação

O álbum Two Against Nature de 2000, da banda Steely Dan, inclui uma canção intitulada "Gaslighting Abbie". Os músicos Walter Becker e Donald Fagen explicaram em uma entrevista que o título refere-se ao conceito de gaslighting como abuso mental. Eles passaram a discutir como o termo refere-se ao filme Gaslight de 1944.[1

 

14 sinais de que você é vitima de abuso psicológico – o Gaslighting

 


Katie Edwards Getty Images

 

VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCA, ISSO NUNCA ACONTECEU

CUIDADO, VOCÊ ESTÁ DESCONTROLADA

ISSO É COISA DA SUA CABEÇA

Se o seu companheiro fala com frequência uma dessas frases ou coisas semelhantes, se você duvida da sua percepção diante dos fatos e da sua sanidade mental, cuidado, você pode estar sendo vítima de abuso emocional, também conhecido como gaslighting.

por Fernanda Vicente no Ondda

 

Foto: Katie Edwards Getty Images

Gaslighting é uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade. O termo vem de 1938, da peça Gas Light, em que um marido tenta deixar sua mulher louca diminuindo todas as luzes (que funcionavam a gás) da sua casa e então negando que a luz tenha mudado quando a sua esposa aponta a diferença. É uma forma muito eficaz de abuso emocional que faz com que a vítima questione seus próprios sentimentos, instintos e sanidade, o que dá ao parceiro abusivo muito poder. Uma vez que o parceiro abusivo tenha conseguido fazer a vítima perder a habilidade de confiar em suas próprias percepções, passa a ser muito mais provável que ela permaneça no relacionamento abusivo.

Geralmente, o abuso emocional acontece de forma gradual e sem que a vítima perceba. Com o passar do tempo, esses padrões abusivos aumentam, fazendo com que a vítima se torne cada vez mais dependente da relação e muitas vezes se isole de amigos e familiares. O abusador utiliza de técnicas que vão desde a negação dos fatos, como “eu não quero ouvir de novo” ou “nada disso aconteceu”, passando pela banalização dos sentimentos da vítima “nossa, como você é exagerada” e “não é motivo para tanto”. O gaslighting tem consequências desastrosas na vida da pessoa abusada e podem gerar problemas sérios como depressão, isolamento, ansiedade e confusão mental.

Segundo o grupo Livre de Abuso – criado para ajudar, orientar e acolher vítimas de vários tipos de abuso – para superar o gaslighting, é importante começar a reconhecer os sinais e eventualmente aprender a confiar em si mesma de novo. De acordo com o autor e psicanalista Robin Stern, os sinais de que você está sendo vítima de gaslighting incluem:

1.   Você duvida de si mesma constantemente.

2.   Você se pergunta “Eu sou sensível demais?” várias vezes ao dia.

3.   Você constantemente se sente confusa ou até mesmo maluca.

4.   Você está sempre pedindo desculpas ao seu parceiro.

5.   Você não entende por que, com tantas coisas aparentemente boas na sua vida, você não está mais feliz.

6.   Você frequentemente cria desculpas para justificar o comportamento do seu parceiro para seus amigos e sua família (ou até para si mesma).

7.   Você começa a esconder informações dos seus amigos e da sua família para que não tenha que explicá-las ou inventar desculpas.

8.   Você sabe que algo está muito errado, mas nunca consegue expressar exatamente o que, nem para si mesma.

9.   Você começa a mentir para evitar as distorções da realidade e ser posta para baixo.

10.              Você tem dificuldade para tomar decisões fáceis.

11.              Você sente que costumava ser uma pessoa muito diferente – mais confiante, mais divertida e mais relaxada.

12.              Você se sente desesperançosa e desanimada.

13.              Você sente que não consegue fazer nada certo.

 FONTE: GOOGLE

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