sexta-feira, 23 de abril de 2021

DURA CERVIZ

 

 



DURA CERVIZ

 



 

O que esperam homens,

Desta vida, deste planeta, 

Deste país, desta nação?

 

Por que delapidar o que foi construído  Com tanto suor,

Sangue derramado

Escravo ou não?

 

Temos um país único!

Estamos  destruindo numa insanidade

Mortal.

Ganância quando só teremos no máximo  setenta ou oitenta anos para desfrutar e gastar o que foi desfraldado. 

Dos pequenos e sofridos.

Poder transitório que nos asfixia 

Destruindo as esperanças que jogamos 

No chão...

 

O tempo pode acabar num suspiro, num engasgo, AVC que antecipou os avisos e  nem sequer teve  tempo, para escutar os gritos do corpo já abatido das guerras 

Morais...

 

Prosseguiu até o último ai...

 

Miserável que somos.

Pobres de espírito. 

Não dispomos das chaves do céu 

Ou do inferno para mudar os estatutos 

Escritos há muitos anos atrás. 

 

Lá não existe STF para burlar...

A constituição é eterna

Ou segue ou deserta...

Com capa ou não...

 

Tempo de vacas magras...

Povo sofrido...

Gritos e choros...

Joelhos no chão. Lágrimas...

Dura cerviz...

Não quero estar no lugar de vocês...

Para onde vão, não retornarão...

 

Dionê Leony Machado 

 

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