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Café,
Bíblia e Fé
29
de maio de 2015 ·
Não carregue defuntos presos a suas costas
Como a vida se torna difícil quando guardamos
ressentimentos. É como se a cada lembrança do fato nos fizessem morrer um
pouquinho, e de fato, é isso o que acontece.
Segundo relatos? a necroforia era uma das formas de tortura no antigo Império
Romano . Quando um homem era julgado por homicídio e era condenado, amarravam
o corpo do morto as costas do assassino. O corpo ia se decompondo e todas as
bactérias e germes iam tomando posse do corpo do vivo. Era uma forma horrível
de suplício. À medida que o morto ia se decompondo o vivo também começava a
apodrecer. Os vermes do corpo do morto davam por comer e se alastra no corpo
do vivo e a agonia tomava de conta da vida do condenado a carregar o morto. O
defunto apodrecia e o seu odor se apegava a pele daquele que lhe carregava e
o resultado era doenças terríveis que o levava á morte
É comum ouvirmos de pessoas magoadas, feridas ou ofendidas a seguinte
expressão:
- Pra mim fulano morreu.
Realmente você o matou no seu coração, na sua vida, mas não poderá mata-lo em
sua mente, e por isso, passa anos e anos carregando a lembrança da ofensa,
revivendo todo o acontecimento e assim vai apodrecendo, espiritualmente e
sentimentalmente até ao ponto do seu corpo dar sinais desta doença. Muitas
vezes andamos por aí carregando cadáveres em nossas costas, nos contaminando
e morrendo aos poucos. Essas lembranças que causam dor são como os vermes que
vão se alimentando da nossa alegria, da nossa esperança, sugando as nossas
forças até nos deixar enfraquecidos, doentes. E assim nos tornamos pessoas
amargas, vis, cruéis, frias e indiferentes, fazendo exalar de nós o cheiro
ruim da solidão, da vingança, do ódio e por dizer o CHEIRO DA MORTE.
Quando não perdoamos, a vida passa a não ter
sentido, pois, ninguém triste, amargurado, sentindo uma dor que corta o
peito, e que não tem remédio que dê jeito, pode olhar pela janela e
contemplar o nascer do sol, os pássaros cantando, agradecer a Deus pelo ar
que respira, pois toda a sua vida passa a ser um sacrifício diário, quando
amanhece torce pra anoitecer e quando anoitece torce pra amanhecer...
Quando não sabemos perdoar, nos tornamos semianalfabetos diante da leitura
que fazemos da vida e das pessoas.
Raiva, rancor, mágoa e falta de perdão, são
responsáveis por 78% das enfermidades.
É grande o numero de doenças decorrentes do estado emocional de uma pessoa,
grande parte (=ou- ) 98% dos doentes com câncer, são pessoas ressentidas e
com dificuldade de perdoar. Uma pessoa ressentida tem três vezes mais chance
de ter um infarto; o fato de a pessoa ficar horas e horas relembrando um acontecimento
que lhe causou ódio faz com que ela sinta dores musculares, baixa a imunidade
do corpo, além de dores no peito, gastrite e úlcera
O maior prejudicado com a falta de perdão não é o ofensor, mais sim o
ofendido, pois muitas vezes o ofensor não tem consciência de ter ofendido, ou
não teve a intenção.
Uma amiga que ficou internada em uma ala de doentes terminais em um hospital,
me contou que ao conversar com esses doentes (a maioria com câncer) descobriu
que eles tinham uma historia de mágoa, eram pessoas que a anos haviam rompido
relações com a mãe, pai, irmãos ou filhos e estavam ressentidos com eles.
Outro dia estava assistindo uma reportagem sobre
uma jovem que odiava o pai, pois o mesmo a abandonou ainda bebê, observei que
ela expressava esse ódio em cada palavra e em cada gesto com tanta
intensidade, como se o fato acabara de ocorrer. Enquanto ela contava a sua
história eu pensei: “Essa vai ter um câncer”. Em seguida ela disse que já
haviam retirado três tumores cancerígenos do seu corpo e estava 40 quilos
acima do peso normal; enquanto isso, seu pai, havia se arrependido dos seus
erros, construiu uma nova família e estava feliz.
Analisemos:
Vale a pena morrer pelos erros dos outros? Devo abri mão da minha felicidade
porque o outro me feriu? Devo viver uma vida pesada, sem brilho e amarga,
porque o outro foi infeliz em suas palavras em relação a mim?
Devemos viver uma vida de perdão. Como faz bem a
sensação de alivio e de paz quando conseguimos perdoar. É como se a cada
manha o sol brilhasse com mais intensidade, mesmo estando nublado, o canto do
pássaro que antes não era percebido, passa a ser uma doce e constante
melodia...
Aprenda a perdoar e assim você estará refinando,
apurando, sutilizando a sua vida.
Míria Fernandes
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