sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

OS QUATRO CAVALEIROS...

 



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Pr. Esdras Bentho

 

 

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse

Quarta 17/08/2011.

1º Selo (6.2): Cavalo Branco

E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer.

O primeiro selo possui paralelo com Zacarias 1.7-17 e 6.1-8 que tratam do simbolismo dos quatro cavalos. Nas Escrituras, o cavalo é símbolo de força, poder e conquistas: O cavalo prepara-se para o dia da batalha (Pv 21.31a). O próprio Deus lembra a Jó a força e capacidade do cavalo para a batalha (Jó 39. 19-25); enquanto o profeta faz referência a velocidade do cavalo para cumprir o que se determina (Is 30.16); ou ainda para expressar a confiança e o poder pessoal (Is 31.1). No livro de Apocalipse o cavalo aparecerá outras três vezes: 9.7; 14.20; 19.11.

As opiniões acerca da identidade deste cavaleiro têm ocupado diversos biblistas, chegando cada um deles os resultados díspares.

O. Boyer, por exemplo, afirma que este selo é símbolo da conquista do evangelho no mundo e, que o cavalo branco, que é figura da santidade, deve representar a força irresistível e veloz de Deus. A. Gilberto assevera que este cavaleiro não pode ser Cristo, porque Cristo é quem abre o selo do versículo 1, do qual sai o cavalo e o cavaleiro do versículo 2. Além disso, Cristo sempre tem em seu cortejo, em sua companhia, melhores agentes do que os mencionados neste capítulo: guerra (vv.3,4); fome (vv.5,6); e peste (vv.7,8).

Isto significa que o primeiro cavaleiro deve ser identificado juntamente com os outros três, isto é, do mesmo tipo. Isto posto, se os outros três cavaleiros são símbolos de destruição e morte, pelos quais Deus executa o seu julgamento, o cavalo branco não pode destoar do conjunto. Assim sendo, o cavalo branco é símbolo de conquistas, o arco  não retesado, isto é, que conservava as flechas na aljava, é símbolo de uma guerra não declarada, do domínio diplomático do Anticristo. Assim, a identidade desse cavaleiro não deve ser confundida com a pessoa de Jesus Cristo.

De acordo com esta corrente de interpretação, o cavalo branco e seu cavaleiro representam o Anticristo em seus primeiros anos de governo político. Nesse período ele se apresentará como se fosse o Messias prometido e enganará a nação eleita. O cavaleiro surgirá provavelmente em um período conturbado no cenário das nações do mundo, proporcionando, através da diplomacia, segurança e paz para os reinos da terra. Facilmente os homens serão seduzidos por suas palavras e lhe entregarão o domínio das nações. A cor branca, segundo certos exegetas, é que impõe dificuldade para admitir a possibilidade de se tratar do Anticristo, pelo fato de a cor ser usada frequentemente para simbolizar a paz e Cristo. Todavia, observamos que o cavalo, símbolo de conquista, representa a conquista do Anticristo, e a cor branca, símbolo de vitória e da paz, representa a vitória e a falsa paz que será imposta pelo Anticristo. O arco representa o domínio do Anticristo através da diplomacia e da guerra fria. A coroa representa o triunfo do Anticristo.

 

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