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Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse
Quarta 17/08/2011.
1º Selo
(6.2): Cavalo Branco
E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais,
que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo branco; e
o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e
saiu vitorioso e para vencer.
O primeiro selo possui paralelo com Zacarias 1.7-17 e 6.1-8 que tratam do
simbolismo dos quatro cavalos. Nas Escrituras, o cavalo é símbolo de força,
poder e conquistas: O cavalo prepara-se para o dia da batalha (Pv 21.31a). O
próprio Deus lembra a Jó a força e capacidade do cavalo para a batalha (Jó 39.
19-25); enquanto o profeta faz referência a velocidade do cavalo para cumprir o
que se determina (Is 30.16); ou ainda para expressar a confiança e o poder
pessoal (Is 31.1). No livro de Apocalipse o cavalo aparecerá outras três vezes:
9.7; 14.20; 19.11.
As opiniões acerca da identidade deste cavaleiro têm ocupado diversos
biblistas, chegando cada um deles os resultados díspares.
O. Boyer, por exemplo, afirma que este selo é símbolo da conquista do evangelho
no mundo e, que o cavalo branco, que é figura da santidade, deve representar a
força irresistível e veloz de Deus. A. Gilberto assevera que este cavaleiro não
pode ser Cristo, porque Cristo é quem abre o selo do versículo 1, do qual sai o
cavalo e o cavaleiro do versículo 2. Além disso, Cristo sempre tem em seu
cortejo, em sua companhia, melhores agentes do que os mencionados neste
capítulo: guerra (vv.3,4); fome (vv.5,6); e peste (vv.7,8).
Isto significa que o primeiro cavaleiro deve ser
identificado juntamente com os outros três, isto é, do mesmo tipo. Isto posto,
se os outros três cavaleiros são símbolos de destruição e morte, pelos quais
Deus executa o seu julgamento, o cavalo branco não pode destoar do conjunto.
Assim sendo, o cavalo branco é símbolo de conquistas, o arco não
retesado, isto é, que conservava as flechas na aljava, é símbolo de uma guerra
não declarada, do domínio diplomático do Anticristo. Assim, a identidade desse
cavaleiro não deve ser confundida com a pessoa de Jesus Cristo.
De acordo com esta corrente de interpretação, o cavalo
branco e seu cavaleiro representam o Anticristo em seus primeiros anos de
governo político. Nesse período ele se apresentará como se fosse o Messias
prometido e enganará a nação eleita. O cavaleiro surgirá provavelmente em um
período conturbado no cenário das nações do mundo, proporcionando, através da
diplomacia, segurança e paz para os reinos da terra. Facilmente os homens serão
seduzidos por suas palavras e lhe entregarão o domínio das nações. A cor
branca, segundo certos exegetas, é que impõe dificuldade para admitir a
possibilidade de se tratar do Anticristo, pelo fato de a cor ser usada
frequentemente para simbolizar a paz e Cristo. Todavia,
observamos que o cavalo, símbolo de conquista, representa a conquista do
Anticristo, e a cor branca, símbolo de vitória e da paz, representa a vitória e
a falsa paz que será imposta pelo Anticristo. O arco representa o domínio do
Anticristo através da diplomacia e da guerra fria. A coroa representa o triunfo
do Anticristo.
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