sexta-feira, 30 de março de 2018

MUDARAM A PSICOLOGIA.



MUDARAM A PSICOLOGIA


Coloca-se muita ênfase nas contribuições de Psicólogos masculinos como Freud, Skinner, John B. Watson e outros. Infelizmente, as contribuições importantes das mulheres na Psicologia são negligenciadas. Veja as mulheres que romperam o preconceito
Quarta, 08/03/2017 - 12:47
10 mulheres que mudaram a Psicologia
A Psicologia há muito tempo colocou ênfase nas contribuições de Psicólogos masculinos como Sigmund Freud, B.F. Skinner, John B. Watson e outros pensadores. Infelizmente, as contribuições importantes das mulheres na Psicologia são muitas vezes negligenciadas em livros de Psicologia.
Ao estudar a história inicial da psicologia, podemo-nos perguntar se todos os primeiros Psicólogos eram homens. A predominância de pensadores masculinos nas listas de pioneiros importantes na Psicologia certamente faz parecer assim, mas a realidade é que as mulheres têm contribuído para a Psicologia desde os seus primeiros dias. Estimativas sugerem que no início dos anos 1900, 1 em cada 10 psicólogos nos Estados Unidos era uma mulher.
No entanto, muitas dessas mulheres pioneiras na Psicologia enfrentaram consideráveis ​​discriminações, obstáculos e dificuldades. Muitas não foram autorizadas a estudar com homens, sendo-lhes negados graus ou posições académicas que lhes permitiriam pesquisar e publicar.
As mulheres têm realizado muitas contribuições importantes e inovadoras no campo da Psicologia, muitas vezes apesar de enfrentar uma discriminação considerável devido ao seu sexo. Essas mulheres merecem ser reconhecidas pelo seu trabalho pioneiro. A seguir, estão algumas dessas mulheres que ajudaram a moldar a Psicologia.
Mary Whiton Calkins
Mary Whiton Calkins estudou em Harvard, embora nunca tenha recebido aprovação para admissão formal. Estudou com alguns dos pensadores mais eminentes da época, incluindo William James e Hugo Munsterberg e completou todos os requisitos para um doutoramento. Apesar disto, Harvard recusou-se a conceder-lhe esse grau por ser uma mulher.
Independentemente disso, Calkins tornou-se a primeira mulher presidente da American Psychological Association. Durante a sua carreira, escreveu mais de cem trabalhos sobre temas de Psicologia, desenvolveu a técnica de associação pareada e tornou-se conhecida pelo seu trabalho na área da autopsicologia.
 
Anna Freud
Quando a maioria das pessoas ouve o nome Freud, Sigmund é provavelmente o primeiro nome que vem à mente. No entanto, a filha do famoso psicanalista Anna era uma Psicóloga bem conhecida e influente por mérito próprio. Anna Freud não só expandiu as ideias do seu pai, como também desenvolveu o campo da Psicanálise infantil e influenciou outros pensadores, incluindo Erik Erikson.
Entre as suas muitas realizações estão a introdução dos mecanismos de defesa e expansão do interesse no campo da Psicologia infantil.
Mary Ainsworth
Mary Ainsworth era uma importante Psicóloga do desenvolvimento. O seu trabalho demonstrou a importância de apegos saudáveis ​​na infância e ela foi pioneira no uso de uma técnica hoje bastante conhecida como a "Situação Estranha" - nesta situação Ainsworth colocava uma mãe e uma criança numa sala por forma a observar as reações da criança a várias situações, incluindo um estranho entrar na sala, ficar sozinho com o estranho e o retorno da mãe para a sala.
O trabalho inovador de Ainsworth teve uma grande influência na nossa compreensão dos estilos de vinculação e como esses estilos contribuem para a formação da personalidade adulta.

Leta Stetter Hollingworth
Leta Stetter Hollingworth foi pioneira na Psicologia nos Estados Unidos. Estudou com Edward Thorndike e ganhou protagonismo através das suas investigações sobre inteligência e crianças superdotadas. Outra das suas contribuições importantes foi sua pesquisa sobre a Psicologia das mulheres, pois à data a opinião que prevalecia era que as mulheres eram intelectualmente inferiores aos homens e essencialmente semi-inválidas quando estavam menstruadas. Hollingworth desafiou esses pressupostos e a sua pesquisa demonstrou que as mulheres eram tão inteligentes e capazes como os homens, não importa qual era a época do mês.
A sua obra é notável ​​considerando que enfrentou obstáculos consideráveis ​​devido à discriminação de género. Apesar de uma vida curta (faleceu aos 53 anos) a sua influência e contribuições para o campo da Psicologia foram impressionantes.
Karen Horney
Karen Horney era uma influente Psicóloga neo-freudiana conhecida pela sua visão da Psicologia feminina. Quando Sigmund Freud propôs famosamente que as mulheres experimentassem a "inveja do pênis", Horney respondeu que os homens sofrem de "inveja do ventre" e que todas as suas ações são impulsionadas pela necessidade de compensar o fato de que não podem ter filhos.
A sua refutação sincera das ideias de Freud ajudou a chamar mais atenção para a Psicologia das mulheres. A sua teoria das necessidades neuróticas e a sua crença de que as pessoas eram capazes de assumir um papel pessoal na sua própria saúde mental estão entre as suas muitas outras contribuições para o campo da Psicologia.
Melanie Klein
A terapia do jogo é uma técnica comumente usada na intervenção com crianças que permite que estas expressem os seus sentimentos e experiências de uma forma natural e útil. Amplamente utilizada hoje, Melanie Klein desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento desta técnica. Através do seu trabalho com crianças, ela observou que as crianças frequentemente utilizam o jogo como um dos seus principais meios de comunicação.
Uma vez que as crianças não são capazes de algumas das técnicas freudianas mais utilizadas, como a associação livre, Klein começou a utilizar o brincar como uma maneira de investigar os sentimentos, ansiedades e experiências inconscientes das crianças. O trabalho de Klein conduziu a um grande desacordo com Anna Freud, que defendia que as crianças não podiam ser psicanalisadas. Klein sugeriu que analisar, através do brincar, uma criança permitia ao analista aceder ao mundo interno desta e explorar como várias ansiedades afetam o desenvolvimento do ego e do superego.
Mamie Phipps Clark
Clark fez muitas contribuições importantes para a Psicologia, incluindo o desenvolvimento do Clark Doll Test, a sua investigação sobre a raça e o seu papel no famoso Brown 1954 vs Board of Education.
Clark tornou-se a primeira mulher negra a obter um diploma da Universidade de Columbia. Apesar de um considerável preconceito baseado tanto na sua raça e no género, Clark passou a tornar-se uma Psicóloga influente. A sua pesquisa sobre identidade racial e auto-estima ajudaram a abrir o caminho para investigações futuras sobre o autoconceito entre as minorias.
Christine Ladd-Franklin
O papel de Christine Ladd-Franklin como líder feminina na Psicologia começou cedo na sua vida, pois tanto a sua mãe como a sua tia eram fervorosas defensoras dos direitos das mulheres. Esta influência precoce não só a ajudou a ter sucesso no seu campo apesar da oposição considerável, mas também inspirou seu trabalho posterior defendendo os direitos das mulheres na academia.
Ladd-Franklin tinha interesses variados, incluindo Psicologia, lógica, matemática, física e astronomia. Ela desafiou um dos principais psicólogos do sexo masculino Edward Titchener, por não permitir mulheres no seu grupo de investigação e desenvolveu uma influente teoria da visão de cores. Actualmente é lembrada pelo seu trabalho em Psicologia e a sua influência como uma mulher pioneira num campo dominado por homens.
Margaret Floy Washburn
Margaret Floy Washburn foi a primeira mulher a receber um Ph.D. Em Psicologia. Ela conduziu os seus estudos de pós-graduação com Edward B. Tichener e foi o seu primeiro aluno de pós-graduação. Como muitas mulheres nesta lista, o seu trabalho na Psicologia ocorreu numa época em que às mulheres eram negadas posições académicas. Apesar disso, tornou-se uma respeitada investigadora, escritora e professora.
Os seus principais interesses de investigação eram nas áreas de cognição animal e processos fisiológicos básicos. Tendo influenciado fortemente a psicologia comparativa e desenvolvido uma teoria motora da cognição, sugerindo que os movimentos do corpo tinham influência no pensamento.
Eleanor Maccoby
O nome de Eleanor Maccoby é provavelmente familiar para qualquer pessoa que já tenha estudado Psicologia do desenvolvimento. O seu trabalho pioneiro na psicologia das diferenças género desempenhou um papel importante na compreensão atual de aspectos como a socialização, influências biológicas sobre as diferenças e papéis de género. Foi a primeira mulher a presidir o departamento de Psicologia da Universidade de Stanford e, por sua própria descrição, a primeira mulher a realizar uma palestra em Stanford vestindo um fato-calça. Ela continua a ocupar o cargo de professora emérita em Stanford e recebeu inúmeros prémios pelo seu trabalho inovador, incluindo o Maccoby Book Award nomeado em sua homenagem.
Muitas mulheres fizeram contribuições importantes para o desenvolvimento inicial da Psicologia como ciência. Enquanto no passado as mulheres eram uma minoria em Psicologia, hoje as marés mudaram dramaticamente. Atualmente, as mulheres
compõem quase dois terços de todos os estudantes de pós-graduação em Psicologia, mais da metade dos membros da Associação Americana de Psicologia, e 75% dos Mestrados em Psicologia.
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