segunda-feira, 22 de abril de 2019

MEU AVÔ!


Carlos Affonso Leony (1919) FORMANDO. Número3174

Meu Avô
                                                                   
Médico, doutor por ter defendido tese, primeiro aluno,
Da Faculdade Federal da Bahia. Ganhou uma viagem
Para a França, além de objetos pessoais em ouro e esmeralda.
Muito competente! Trabalhava na Av. Sete, no consultório, e na Baixa dos Sapateiros, com outro Consultório, para os mais carentes.
Médico da Escola Técnica Federal.
Assistia em mais dois lugares, para os carentes.
Muito simples, não tinha vocação para oratória.
Perdeu o pai aos dois anos, italiano.
Ficou com a mãe e irmãos.
Homem de palavra! Nada material faltava em casa.
Casou-se com Theodora, mulher simples, porém boa
Esposa e mãe.
Viajou com ele para Conquista, onde moraram.
Convidado a ser Prefeito, recusou!
Lá nasceu uma filha, Carmen.
Em Lavras, outra, Dagmar.
Os outros quatro, em Salvador.
Meu avô e padrinho.
Tínhamos laços afetivos e confiança mútua.
Abriu uma caderneta na Caixa Econômica, como presente de batismo.
Ofereceu para dar meu anel de formatura.
Íamos ao cinema com a carteira que possuía, pois era amigo do administrador dos quatro cinemas.
Fez uma carta quando viajei para Belém.
Entrava e saia do seu gabinete qualquer hora.
Calado, só andava de paletó.
Acordava cedo, tomava banho frio.
Recusou-se até a morte, a cuidar da saúde!
Sabia que tinha uma úlcera, mas tomava paliativos.
Lúcido, só deitou para partir no Hospital Português,
Ao lado da irmã, filha e o médico amigo.
Desacerto cometeu. Não era negociante. Vendeu bens
Não sei o que fez. A esposa aconselhou...
A esposa já havia partido, quando faleceu.
Aposentado da Escola Técnica continuou trabalhando.
Estudava todos os dias.
Eu dei o prazer a ele, de me formar duas vezes.
Casar e dar uma bisneta.
Meu avô, meus olhos e coração, querem guardar
Os melhores momentos. Não falava mal, não tomava álcool. Não gostava de festas. Ia antes ou depois.
Tenho certos gostos na alimentação, iguais às dele.
Com a ternura de neta, respeito dedica esta síntese.
Ao Avô Carlinho, como minha avó o chamava.

O AMOR É ETERNO!

Dionê Leony Machado. Neta e Afilhada.









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