sábado, 26 de março de 2022

NA CASA DO POSSÍVEL

                                              


Geraldo Leony Machado

NA CASA DO POSSÍVEL - 26 de março, último sábado do mês, em Salvador/ Bahia prenúncio de inverno de muitas chuvas, rigoroso por assim dizer. O ZAP e a mídia em geral, com distorções ou veracidade, deitam e rolam na noticia acerca de pastores estarem – possivelmente - exercendo influência em beneficio de próceres. Malafaia, com razão, brada exigindo investigação, quebra de sigilos, e tudo o que se fizer cabível para o esclarecimento da questão, limitando aos implicados a responsabilidade pelo possível abuso.

Se salva dessa forma a categoria e a finalidade dos evangélicos, que – se espera – esteja acima - também - de possível fanatismo, colocando possível causa delimitada antes da dimensão da espiritualidade.

Estamos na seara do possível porque no âmbito do humano há possibilidade para tudo, para o céu e para o inferno, para o bem e para o mal, para o bom e para o mau.

O Presidente atônito, põe sua cara – dizer seu – ao fogo diante da confiança em seu ministro da Educação, sem preocupar-se com possíveis queimaduras.

As investigações falarão melhor longe das inverdades, das distorções, das meias verdades, enfim das denominadas fake News. Fatos objetivos não os têm, mas, o alarde se agiganta nas vozes da esquerda, que busca tornar o café da manhã – break fast do inglês - em lauto almoço (proveniência do latim: lautus, -a, -um, dizem-nos as pesquisas).

Preocupado, refletia sobre isso tendo por oportuno palavras de Christopher Lasch (a nova elite e as velhas massas) citado por Olavo de Carvalho, no livro “O Imbecil Coletivo” -, ofertado pelo meu neto Lucas, acadêmico de direito - Record, pág. 72:

“Há uma elite dominante no mundo, distinta da burguesia; ela não governa pela posse dos meios de produção, mas pelo domínio das informação; mais ambiciosa que sua antecessora, não se contenta em ter poder sobre a riqueza material e a força de trabalho das pessoas, mas quer moldar sua mente, seus valores, sua vida e o sentido da sua vida; não quer só possuir o mundo, mas reinventá-lo à sua imagem e semelhança, doa a quem doer (ela chama a isso “engenharia social” – e como dói!). Tal como a burguesia, ela está imbuída de uma falsa consciência, de um discurso que legitima seus interesses em nome do interesse de todos. Mas a burguesia necessitava da ajuda dos intelectuais para criar seu discurso; e os intelectuais, com fidelidade típica de intermediários, frequentemente mudavam de lado. A nova classe não precisa de intermediários, ela mesma inventa o seu discurso e não corre o perigo de ser traída pelas oscilações do intelectual de aluguel – pois ela é composta de intelectuais. Estamos em plena tirania da intelligentzia”.

As afirmações bem acentuadas de Christopher Lasch não desnaturam, não desconhecem os remanescentes intelectuais de aluguel – conforme registra, quando longe de análises imparciais se fazem contratar por opiniões passionais, egocêntrica ou interesseira. De tudo um pouco.

Fica, pois, o singelo registro, que se pretenderia estar acima do bem e do mal, caso fosse possível, num mundo cujas fronteiras se vão modificando, por bem ou por mal, pelo amor ou pelo confronto, em geopolítica desejosa de uma ordem mundial objetiva, sem crenças que a coloquem subalterna, desordenando para ordenar em torno de si própria, portanto sem lados ímpares, tudo e todos dentro de um quadrado imposto. Não haverá mais “cada qual no seu quadrado”.

O Brasil – sem distinções ideológicas - emotivo, religioso, ligado aos valores familiares, extrovertido, plural em tudo, necessita pensar na engenharia social que se está a desenhar... Sempre na casa do possível...

Geraldo Leony Machado
SSA/BA. 26.03.2022

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