Musk
prometeu livrar dos bloqueios no seu X os censurados por Moraes. E ressalva que
foi Moraes, e não a plataforma, que os bloqueou. Por sua vez, Moraes ameaçou
multar Musk em R$ 100 mil por perfil liberado. Fiança ao contrário. Musk
reconhece que pode perder dinheiro se tiver que retirar seus negócios do
Brasil. Porque dinheiro ele pode perder, e ainda lhe sobra muito. Já defender a
liberdade de expressão é um acúmulo de capital que ninguém pode bloquear.
Imagine o quanto vale o reconhecimento de que é um defensor da liberdade de
expressão no Brasil.
De
nossa parte, a gente pode perder o X, o pay pal, o starlink, a Tesla… e, quem
sabe, perder a oportunidade de voar daqui para outra galáxia — o que foi
criticado por Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o nosso presidente, não há
espaço em outros mundos e Musk tem que aprender a viver aqui. Por aqui, na
Amazônia, 90% da ligação com o mundo é pelos satélites de Musk.
De
repente, o Brasil se dividiu em duas torcidas: Moraes e Musk. A torcida de
Moraes diz que nenhum empresário pode deixar de se submeter à Constituição, às
leis e às decisões do Poder Judiciário. A torcida de Musk grita, das
arquibancadas, que nenhuma autoridade pode ignorar as leis, a Constituição e o
Poder Legislativo.
Se
houvesse Poder Moderador, este diria que a Constituição garante o direito de
expressar o pensamento sem anonimato e veda qualquer tipo de censura, política,
artística ou ideológica. E que para calúnia, injúria e difamação, já tem o
Código Penal. As questões das redes sociais já estão na Lei de 2014, o Marco
Civil da Internet.
Teve
que aparecer um estrangeiro a nos alertar sobre liberdade de expressão. Se for
para impedir mentira espalhada, é impraticável. Deixem o povo identificar os
mentirosos e condená-los ao ostracismo. O povo que não condenar o mentiroso
ficará sempre condenado.
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