26 de agosto de 2011
Eliane
Duarte*Idoso.
Leis e afetividade
Aos
idosos, segundo estatuto, lhes são assegurados direitos. Mas nem todos são cuidados
com dignidade. E se são respeitados será que é por amor? Assim, há de se
prevenir a todos para que não abandonem afeto incondicional aos que estão em
processo de envelhecimento. Obviamente o processo de envelhecer se dá desde a
concepção do embrião isto é, a velhice chega para todos.
A
população brasileira de terceira idade tem se tornado cada vez mais
significativa, correspondo hoje aproximadamente 8,6% dos cidadãos brasileiros.
Diante dessas mudanças, novas necessidades se apresentaram. Entretanto a
sociedade não estava preparada para atendê-las de forma precisa e mais
humanizada, com isso, os idosos foram sendo abandonados a uma existência sem
significado.
Em 2003 o
estatuto do idoso foi aprovado, melhorando a vida do mesmo. Surgiram também instituições
e programas para a terceira idade, as coisas mudaram para melhor. Segundo
Eduardo Araúju, pioneiro em formação de modelos e manequins de jovens senhoras
no Rio de Janeiro, temos hoje uma classe de pessoas maduras que se propõem a
mudar certos conceitos, valores e tabus que tentam permanecer com o tempo.
Eduardo salienta: “são essas novas pessoas que estão construindo a nova
história de terceira idade e sendo chamadas de Pessoas da Sabedoria”. Então,
alguns idosos quando já se colocavam como seres humanos no final de suas vidas,
percebem que podem mudar o rumo e refazer a história.
Já para
outros a interação social é um processo de desligamento com suas amizades. A
partir desta fase eles recebem mais cuidados do que dão. Necessitam do apoio
familiar. No entanto, os familiares precisam aprender a conviver com essa
pessoa que trás consigo todas as suas alegrias e tristezas, todas as suas
vantagens e desilusões. De modo que nem todos aceitam partilhar a experiência
de como é a vida nesse estágio e aprender de que maneira planejar ou imaginar
de como se adaptar a esse futuro movediço e torná-lo tão rico, significativo e
estimulante quanto possível.
Portanto,
o estatuto do idoso obriga a população a priorizar a integridade, mas não
promove o afeto espontâneo. Então, a sociedade deve olhar além do estatuto,
deve estimular cada vez mais a convivência entre pessoas de todas as idades
tendo em vista a afetividade e a humanização que são vitais para a qualidade de
vida.
*Consultora
e orientadora motivacional. Também ministra palestras motivacionais e sobre
sexualidade humana
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