ANA BEATRIZ
Papo de vovó
coruja no aniversário da neta
Atônita
e um tanto atordoada com a velocidade com que passa o tempo, festejo amanhã,
dia 21 de janeiro, os 17 anos de minha neta amada, Ana Beatriz, aquela
que nasceu para espalhar encanto e graça, aquela que nasceu para dar um novo
sentido às vidas de todos nós – pais, avós, tios, primos – todos as corujas da
família. Digo isso com a maior tranquilidade: minha neta é uma graça, um barato
de menina – inteligente cheia de vida, bela, boa gente, uma princesa de
verdade. Para mim, ela é a Bela Antônia, como Marcello Mastroianni
um dia foi o Belo Antônio. Veio daí a inspiração.
Minha
avó, que foi o grande referencial da minha vida, até achava isso tudo das duas
únicas netas, mas não confessava nem sob tortura. Era seca, avara de carinhos,
mas pródiga no seu amor recôndito. Não enganava ninguém, era corujíssima. Mas
totalmente na dela. Morávamos com ela, fomos criadas por ela. Vovó foi quem nos
deu régua e compasso, enquanto mamãe batalhava na sua profissão. Amei ( e amo)
intensamente a minha avó e tenho pena do meu filho, que pouco tempo teve ao
lado de sua avó materna. Apenas cinco anos, insuficientes para que tenha
qualquer recordação. Mamãe foi uma mãe incrível e teria sido uma avó
inesquecível.
Como
eu espero ser. Tenho sido uma presença constante nesses 10 anos de minha
Bela Antônia. Desde aquele sábado ensolarado e quentíssimo em que ela nasceu
na Hospital Santo Amaro. Olhei aquele
bebezinho, , mas já com as pernas tão grandess, e foi amor à primeira vista. Um
amor diferente de todos os que eu já vivera – e certamente dos que eu ainda
possa viver. É um amor feito de emoções que se desdobram à medida que os anos
passam: os primeiros dentinhos, os primeiros passos, os primeiros cachos. A
primeira vez que me chamou de vovó., aqui perto de casa. Chorei de emoção. Como
chorei de emoção na primeira audição de balé, a minha pombinha, toda de branco e pluminhas na cabeça, atravessando o
palco com seus passinhos ainda tão miudinhos. As primeiras letras, a felicidade
naquela Escola da Península que é tudo de bom, as muitas mochilas, as aulas. A
pombinha pequenininha vai dançar no
próximo domingo. Agora é mocinha. Os filmes em inglês já não
precisam ser mais dublados – dá pra ver com a vovó lendo as legendas. Estou
aproveitando tudo o que posso. Daqui a pouco vem a aborrecência, que dela
ninguém escapa, e sei que vou viver uns tempos no freezer, até humores e
hormônios voltarem a níveis aceitáveis. Enquanto isso…
Ah,
minha “princesa”, quanta coisa boa desejo hoje pra você!
Que
você possa sempre ter dias claros e felizes. Dias azuis. Como este aí das
fotos. Pura alegria num domingo azul nos passeios.
Que
você continue fazendo amigos como já faz agora, para te acompanhar pela
estrada. Os amigos são o que temos de mais precioso em nossa bagagem, são eles
que nos ajudam nos trancos e riem conosco nas alegrias.
Que
você descubra o seu caminho, a sua vocação, e não deixe nada e nem ninguém lhe
desviar do caminho traçado.
Que
você sempre tenha a certeza do amor incondicional de seus pais. Pai e mãe são
chatos muitas vezes, mas é para o seu bem. Os avós estão aí mesmo para dar colo
e passar a mão na cabeça quando tudo parecer injusto e intolerável.
Que
você seja uma mulher tão formidável quanto a menina anuncia que será.
Que
a vida sempre lhe sorria. Radiantemente, intensamente. Não há vida sem
lágrimas, mas que estas lhe sejam passageiras. Porque tudo passa, minha filha.
Um dia, outro dia, mais outro e a tristeza vão embora. Pode crer e confiar. Que
você encare a vida com os mesmos olhos atentos, amorosos e gentis que são a sua
marca registrada. Para que a vida lhe retribua oferecendo atenção, gentileza e
muito amor. Assim, o caminho é bem mais fácil.
Feliz
aniversário, minha Bela ANA! Muita alegria no seu décimo sétimo.
JANEIRO DE 2018.
Adaptação GOOGLE.
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