O Povo Escolhido de Deus
Dave Hunt
"Em
herança possuireis a sua terra, e eu vo-la darei para a possuírdes, terra que
mana leite e mel: Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos separei dos povos.
Ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separei-vos dos povos,
para serdes meus" (Levítico 20.24,26).
Seja o
que for que alguém escolha acreditar, a Palavra de Deus declara repetida e
claramente que Israel é Seu povo especialmente escolhido e que jamais perderá
essa condição singular. O destino peculiar de Israel, ordenado por Deus para
cumprir Sua vontade para a humanidade, é o tema dominante das profecias
bíblicas. As profecias sobre o Messias estão inseparavelmente ligadas a Seu
povo, Israel. Seria a Israel, e através dele ao mundo, que o Messias, Ele mesmo
um judeu, viria.
Logo, uma
percepção clara das profecias a respeito do passado, presente, e futuro de
Israel é fundamental para a compreensão de ambos os adventos de Cristo, Sua
vinda histórica e Sua promessa de "voltar novamente". Israel, como já
notamos, é o relógio profético de Deus, um grande sinal que Ele deu ao mundo
para provar a Sua existência e demonstrar que está no comando da história. Por
mais que isso não agrade a alguns, os judeus são o povo escolhido de Deus.
Um povo
escolhido? Escolhido por Deus? Essa graça parece ter trazido mais que sua quota
de problemas. No filme Um Violinista no Telhado, Topol (o artista
principal do filme) ecoa o protesto perplexo de muitos judeus: "Que tal
escolher um outro povo!" Obviamente esse pedido não muda os fatos. Não há
como escapar do propósito de Deus ou do registro bíblico.
Recusando-se
a encarar as evidências surpreendentes, os céticos descartam insolentemente a
simples sugestão de que poderia existir um "povo escolhido". Ateus
negam a existência de qualquer Deus para fazer a escolha. Apesar disso, essa
afirmação bíblica, mesmo que muito rejeitada, serviu para focalizar a atenção
do mundo nos judeus. Em vários casos, ela tem trazido a perseguição por parte
daqueles que odeiam os judeus, como se fossem estes os autores da idéia de que
Deus tinha alguma afeição especial por eles e um plano especial para eles.
Os
muçulmanos, por outro lado, insistem que não foram os descendentes de Isaque,
mas os de Ismael que foram escolhidos por Deus. A tribo Quraita, à qual
pertencia Maomé, afirmava que sua descendência se estendia até Ismael e, por
meio dele, a Abraão. Logo, argumenta-se, a terra de Israel (que os muçulmanos
insistem que foi prometida a Ismael) pertence aos árabes. Essa afirmação,
porém, não tem fundamento. A Bíblia declara o contrário: que o território de
Israel pertence aos descendentes de Isaque. Quanto ao Corão, ele sequer
menciona Jerusalém ou qualquer parte do território de Israel - uma omissão que
é fatal às afirmações islâmicas nestes últimos tempos.
Cinco Características Distintivas de Israel
Vamos
examinar mais de perto esse notável "povo escolhido". Não há melhor
lugar para se começar do que o livro de Gênesis. Lá encontramos um homem
chamado Abrão, a quem Deus escolheu e mais tarde renomeou Abraão. Tanto os
árabes (através de Ismael) quanto os judeus (através de Isaque) o declaram como
pai. Na realidade, não há evidência de que os árabes descendam de Abraão por
Ismael. Como Robert Morey expôs em seu excelente livro The Islamic
Invasion (A Invasão Islâmica): "A prestigiosa Enciclopédia do
Islã traça a genealogia dos árabes a origens não-abraâmicas." A
evidência de que os judeus são descendentes de Abraão, porém, é surpreendente.
Aqui é que começa a história: "Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da
tua terra... e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande
nação... abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te
amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" (Gênesis
12.1-3). "O Senhor teu Deus te escolheu, para que fosses o seu
povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra" (Deuteronômio 7.6).
Há cinco
elementos distintos na aliança que Deus fez com Abraão, Isaque, e Jacó (Israel)
que distinguem seus descendentes de todos os outros povos da terra. Aqui eles
estão na ordem em que foram dados: 1) a promessa de que o Messias viria ao
mundo por Israel; 2) a promessa de um certo território que foi dado a Israel
como possessão para sempre; 3) a lei mosaica e seus subseqüentes pactos de
promessa, que definiram um relacionamento especial entre Deus e Israel; 4) a
manifestação visível da presença de Deus entre eles; e 5) o reinado prometido
do Messias, no trono de Davi em Jerusalém, sobre Seu povo escolhido e sobre o
mundo inteiro.
Nós vamos
adiar até mais tarde o estudo da primeira e última promessas acima, que são
pertinentes especificamente ao Messias, e lidar com as outras agora. Os
versículos citados de Gênesis 12 contêm a primeira promessa de um território
que foi dado a Abraão e seus descendentes. Os versículos seguintes àquele
capítulo registram a saída obediente de Abraão de Ur dos Caldeus, sua terra
natal, onde sua família havia vivido em idolatria por muitos anos após a
dispersão dos construtores da Torre de Babel. Ao redor das ruínas daquela
Torre, a cidade de Babilônia foi construída. Ela se tornaria a capital do
primeiro império mundial, o lugar do cativeiro de Israel mais tarde, e de
grande importância relativa à volta de Cristo a esta terra, como veremos.
Rapidamente
encontramos Abrão chegando na "terra de Canaã". Seus habitantes já
eram conhecidos como cananeus e possuíam a região naquela época. Essa era a
terra que Deus identificou a Abrão como sendo a terra que seus descendentes
possuiriam aproximadamente 400 anos mais tarde. Logo foi reconhecida como
"a terra prometida" e ainda hoje se referem a ela como tal. Os
versículos seguintes são uma amostra das muitas confirmações de Deus dessa
promessa especial a respeito da terra: "Apareceu o Senhor a Abrão,
e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra... porque toda essa terra que
vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Eu sou o Senhor que
te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra... a tua
posteridade será peregrina em terra alheia (Egito), e será reduzida
à escravidão... Na quarta geração tornarão para aqui. Naquele mesmo dia fez o
Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o
rio do Egito (no deserto do Sinai) até ao grande rio Eufrates (e
daí continua uma descrição do território exato)" (Gênesis 12.7;
13.15; 15.7,13-16,18-21).
A mesma
promessa é repetida ao filho da Abraão, Isaque, em mais de uma ocasião. Por
exemplo:"Porque a ti, e a tua descendência darei todas estas terras, e
confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai... Na tua descendência serão
abençoadas todas as nações da terra" (Gênesis 26.3-5). A promessa
dupla da terra e do Messias é repetida novamente a Jacó, a quem Deus, mais
tarde, denominou Israel: "Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu
pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti, e
à tua descendência... e na tua descendência(i.e., no Messias) serão
abençoadas todas as famílias da terra" (Gênesis 28.13,14).
A Auto-Identificação de Deus
Ligando
Seu próprio nome a essas promessas, o Deus da Bíblia Se identifica pelo menos
dez vezes como "o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de
Jacó" (Êxodo 3.15,16; 1 Crônicas 29.18; Mateus 22.32; Atos 3.13, etc.). Ele
Se revelou como tal para Moisés na sarça ardente. Ao mesmo tempo, Ele deu a
Moisés Seu nome, "Yahweh", que significa "Eu
sou Aquele que é." Ele é o Ser auto-existente cuja existência não
depende de nenhum outro, e de quem a existência de tudo mais depende. Jesus usa
o fato de Yahweh ser conhecido como "o Deus de Abraão, Isaque, e
Jacó" para argumentar em favor da ressurreição: "E quanto à
ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu sou o Deus
de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e, sim,
de vivos" (Mateus 22.31-32).
"Deus"
não é um nome, mas um termo genérico que poderia se aplicar a qualquer deus.
Portanto, o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó nos dá o seu nome. É
"Yahweh". Assim Ele é distinguido de todos os deuses das religiões do
mundo. "Yahweh" definitivamente não é Alá por várias razões. Suas
características são exatamente opostas. Mesmo assim, os dignitários mais
elevados da Igreja Católica Romana - no Vaticano II e outros lugares - declaram
que o Deus dos muçulmanos e dos cristãos é um e o mesmo. Até evangélicos,
tentando ser liberais e ecumênicos, estão sugerindo que os muçulmanos adoram o
mesmo Deus que os crentes. Nada poderia estar mais longe da verdade!
Aqui
encontramos o esclarecimento novamente através da compreensão do papel de Israel.
Alá certamente não é "o Deus de Abraão, Isaque, e Jacó", mas seu
inimigo jurado que deseja a exterminação de seus descendentes! Alá é um nome
próprio - um nome que existia muito antes de Maomé inventar a religião
anti-Israel e anti-cristã do Islamismo. Alá era, como já notamos, o nome do
deus lunar que era representado pelo ídolo principal da Caaba em Meca. Daí o
símbolo da lua crescente. Apesar do Islamismo rejeitar totalmente a idolatria,
Alá tem uma longa história pré-islâmica como um deus pagão representado por um
ídolo - certamente não é o Deus da Bíblia!
Os deuses
dos pagãos, representados por ídolos, são denunciados de maneira coerente e
repetida na Bíblia, e aqueles que os adoram são condenados pelos profetas de
Yahweh. Não há o menor indício ou sugestão de que qualquer deus assim fosse ou
pudesse ser uma representação inconsciente de Yahweh. De fato, Paulo, como
notamos, afirma que aqueles que adoram ídolos, na verdade, adoram demônios que
se identificam através dos ídolos.
"Escolhido" por um Deus
"imparcial"?
Até mesmo
entre crentes há uma controvérsia crescente sobre a questão de Israel ainda ter
ou não um lugar especial nos planos de Deus. Essa polêmica é acompanhada pela
rejeição crescente do ensinamento bíblico de que o território de Israel pertence
aos judeus. Alguns argumentam que o fato de Deus ter escolhido Israel significa
que Ele estava demonstrando um favoritismo injusto. Afinal de contas, a Bíblia
diz que "Deus não faz acepção de pessoas" (Atos 10.34).
Tal
imparcialidade da parte de Deus não foi revelada facilmente a Pedro, porque os
judeus (e os crentes primitivos eram todos judeus) consideravam que não havia
qualquer esperança para os gentios sob a lei de Moisés. Foram precisos sinais
miraculosos para convencer a Pedro de que o evangelho não era apenas para os
judeus, mas para os gentios também. Até mesmo muitos crentes hoje em dia não
conseguem acreditar que Deus ame todas as pessoas igualmente e deseje que todos
sejam salvos, apesar da Bíblia ensinar isso claramente: "Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira... o qual deseja que todos
os homens sejam salvos... o Pai enviou o seu Filho como Salvador do
mundo" (João 3.16; 1 Timóteo 2.4; 1 João 4.14, etc.).
Como pode
a imparcialidade de Deus ser reconciliada com a idéia de um povo escolhido?
Deus deixou muito claro em várias ocasiões que não foi "acepção de
pessoas" que O levou a escolher Israel. Ele os escolheu apesar de
sua falta de mérito e atração, não porque Ele achou que fossem mais
atraentes que outros povos. Na verdade, eles eram rebeldes e nada mereciam além
de punição. Foi com esse povo indigno que Ele decidiu demonstrar Seu amor,
graça, e misericórdia ao mundo. Ouça enquanto Ele fala a Israel através de Seus
profetas: "Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu, porque
fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o
menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o
juramento que fizera a vossos pais (Abraão, Isaque e Jacó), o
Senhor vos tirou (do Egito)" (Deuteronômio 7.7,8)."Porque
povo rebelde é este, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do
Senhor. Eles dizem... aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto;
dizei-nos cousas aprazíveis, profetizai-nos ilusões" (Isaías 30.9,10). "Filho
do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se
insurgiram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até
precisamente ao dia de hoje" (Ezequiel 2.3).
A Graça Insondável de Deus
A Bíblia
repetidamente diz que os judeus, como toda a humanidade, são rebeldes indignos
de qualquer coisa a não ser de julgamento. Mesmo assim, Deus, por graça,
abençoou a Israel sem que este tivesse qualquer mérito, tudo por causa das
promessas que Deus fez a Abraão, Isaque, e Jacó. Além disso, essa graça é possibilitada
pela morte redentora do Messias. A contradição entre a Bíblia e o Corão não
poderia ser mais clara nesse assunto.
Apesar de
Alá ser chamado de "O Misericordioso Compassivo", ele é, na verdade,
compassivo com apenas uns poucos, implacável com a maioria, e não tem base para
o perdão misericordioso para com o pecador. Em contraste com o evangelho
bíblico da graça de Deus, a salvação do Islamismo vem por meio de obras e é
merecida pelo cumprimento da lei. O Corão não tem o conceito de misericórdia e
graça divina e do preço do pecado do homem ter sido pago por completo pelo
Redentor.
O Corão
declara que muçulmanos recebem a bênção de Deus, não por graça, mas porque eles
são dignos: "Vós sois o melhor dos Povos, evoluídos para a humanidade,
impondo o que é certo, proibindo o que é errado, e crendo em Alá" (Sura
3.110). Esse versículo continua chamando os judeus de "transgressores
pervertidos". Na Sura 4.52-53, os judeus são chamados de o povo "a
quem Alá amaldiçoou... (que) não tem quem (os) socorra".
É
normalmente discutido hoje, até por evangélicos, que o retorno de milhões de
judeus à sua terra é um mero acontecimento casual da história sem qualquer
significância profética. Argumenta-se que Deus, certamente, não traria os
judeus de volta a Israel, pois eles não são dignos disso. Uma grande
porcentagem deles é ateísta ou agnóstica e quase todos rejeitaram o Messias.
Muitos são humanistas, materialistas, adeptos da Nova Era.
Certamente
Israel nem sempre agiu em perfeita honestidade para com os árabes palestinos ou
para com seus vizinhos. Com tamanha ladainha de pecados em sua conta datando de
tempos antigos, como poderia Israel gozar de bênção especial de Deus?
Graça e Promessa
As
imperfeições de Israel não vêm ao caso. Como os versículos acima e centenas
parecidos com eles na Bíblia atestam, Israel tem sido rebelde desde o
princípio. Sua condição atual não é nada de novo. Deus tem punido Israel por
seus pecados. A pior punição, porém, está por vir durante a Grande Tribulação,
que culminará na batalha de Armagedom. No entanto, as promessas a Abraão,
Isaque, e Jacó permanecem e serão cumpridas pela graça de Deus. Pois se a
bênção de Deus vem apenas para aqueles que são dignos dela, então toda a
humanidade está condenada. Pois, como a Bíblia nos lembra, "todos
pecaram" (Romanos 3.23; 5,12).
Não há
meio de um pecador pagar por seus próprios pecados. Até mesmo uma única
violação da lei põe o transgressor em uma condição desesperadora diante de
Deus. Continuar cumprindo a lei perfeitamente no futuro (mesmo se isso fosse
possível) jamais poderia compensar por tê-la violado uma vez sequer no passado.
Obviamente, não existe recompensa extra por observância perfeita de todas as
regras, pois isso é exatamente o que a lei demanda. Então, boas obras jamais
poderão obter o perdão de Deus por pecados passados.
A dívida
deve ser paga por Aquele que é impecável e que é capaz de carregar sobre Si o
julgamento que os culpados merecem. Tal é a solução de Deus para o mal - e
pagar a dívida foi a missão primária do Messias. Foi através de Sua morte por
nossos pecados que Ele julgou e destruiu Satanás. Daí as boas novas do
evangelho: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vós, é dom de Deus" (Efésios 2.8).
Parte da
punição de Deus sobre Israel no passado foi espalhar seu povo pelas nações.
Agora Ele os está trazendo de volta para sua terra em números sem precedentes,
não porque eles o mereçam, mas por causa da promessa de Deus a Abraão, Isaque,
e Jacó de que o faria. Tem sido um fenômeno moderno que excede em muito o êxodo
original de seus ancestrais do Egito para a terra prometida.
Uma Promessa para os "Últimos Dias"
O recente
colapso do comunismo e a trituração da Cortina de Ferro foram motivo de espanto
extraordinário para o mundo. Um enorme efeito adicional foi a resultante (e
surpreendente) onda de judeus voltando para Israel às centenas de milhares da
União Soviética - uma terra que até recentemente recusava deixá-los sair.
Que visão
é assistir o fluxo diário de imigrantes agradecidos chegando ao aeroporto de
Lod, em Tel Aviv, de todas as partes do mundo, mas especialmente da região
norte da Rússia! É profundamente comovente ver muitos deles beijarem o chão
quando saem do avião, chorando de alegria.
Um
observador dessa cena emocional singular que fosse conhecedor dos profetas
hebraicos não poderia deixar de lembrar da promessa que Deus fez há 2500 anos
atrás, e que Ele disse que cumpriria nos últimos dias: "Porque
assim diz o Senhor: Cantai com alegria a Jacó, exultai por causa da cabeça das
nações; proclamai, cantai louvores, e dizei: Salva, Senhor, o teu povo, o
restante de Israel. Eis que os trarei da terra do Norte, e os congregarei das
extremidades da terra; e entre eles também os cegos e aleijados, as mulheres
grávidas e as de parto; em grande congregação voltarão para aqui. Virão com
choro, e com súplicas os levarei; guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por
caminho reto em que não tropeçarão; porque sou pai para Israel, e Efraim é o
meu primogênito. Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras
longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o
guardará, como o pastor ao seu rebanho... Hão de vir, e exultar na altura de
Sião, radiantes de alegria por causa dos bens do Senhor" (Jeremias
31.7-12).
Por que
essa promessa seria cumprida neste período de tempo chamado de "os últimos
dias"? A razão é óbvia e de grande importância para nosso assunto. A
Segunda Vinda não poderia acontecer sem que Israel se tornasse uma nação
novamente em sua própria terra - pois será a Israel que Cristo retornará
durante Armagedom, para salvar Israel de seus inimigos que estarão tentando
exterminá-lo.
Quão
próximos estamos desse dia? O cumprimento neste período específico da história
de muitas profecias antigas segundo as quais imigrantes afluiriam para Israel
nos últimos dias é um grande sinal da proximidade do retorno de Cristo.
Yahweh
não viola Suas promessas. Se Ele deixasse de manter Sua Palavra, fosse de
trazer bênção ou julgamento, Seu caráter seria manchado e Seu santo nome
desonrado. Como Ele disse freqüentemente por meio de Seus profetas a respeito
de Sua intenção de trazer Israel de volta à sua terra nos últimos dias: "Não
é por amor de vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo
nome" (Ezequiel 36.22). "Tu és o meu servo, és Israel por quem hei de
ser glorificado" (Isaías 49.3).
Que
grande e convincente "sinal" é o retorno de Israel à sua terra após
2500 anos! Hoje, em cumprimento da profecia, os olhos do mundo estão sobre
aquele aparentemente insignificante e pequeno pedaço de terra árida. Ela é,
exatamente como previsto, um "cálice de tontear" para todas as nações
- um estonteamento que diz respeito ao que poderá acontecer ali.
Alguém
pode honestamente comparar essas profecias a respeito de Israel com sua
história e continuar sendo um ateu? Ou alguém poderá negar que Jesus Cristo é o
único Salvador? Seu advento, profetizado pelos mesmos porta-vozes de Deus
inspirados pelo Espírito, está intimamente ligado a Israel e sua história
tortuosa de dispersão e retorno à sua terra. Nós voltaremos a esse assunto mais
tarde.
O outro
grande tema da profecia bíblica é o Messias que viria por meio de Israel e para
Israel. Essas profecias numerosas e específicas a respeito da vinda de Cristo,
e seus cumprimentos na vida, morte, e ressurreição de Jesus de Nazaré
identificam conclusivamente a Jesus como o Cristo. Elas também constituem a
maior prova irrefutável da existência do Deus que inspirou os profetas hebreus.
(Dave Hunt - http://www.chamada.com.br)
Dave Hunt
(1926-2013) —
Devido a suas profundas pesquisas e sua experiência em áreas como profecias,
misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo, realizou muitas
conferências nos EUA e em outros países. Também foi entrevistado freqüentemente
no rádio e na televisão. Começou a escrever em tempo integral após trabalhar
por 20 anos como consultor em Administração e na direção de várias empresas.
Dave Hunt escreveu mais de 20 livros, que foram traduzidos para dezenas de
idiomas, com impressão total acima dos 4.000.000 de exemplares.
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