sábado, 15 de setembro de 2018

ELEIÇÕES! 01


 OUTUBRO. 2018 – Nesse mês e ano o Brasil deverá eleger o seu novo presidente. Jamais se viu neste País luta eleitoral tão renhida. O brasileiro, com as redes sociais, politizou-se. O homem  simples do povo participa, ainda que envolvido por opiniões, marketing, medos e receios. Teme-se que a vitória de certo candidato traga força a polícia que passaria a matar inocentes em suas abordagens e ações (sentimento de moradores do Povoado do Caboto, Nazaré das Farinhas).      
Passa-se a ter foros de partido, nisso a paixão, às vezes desenfreada. Homens de cultura deixam o olimpo das letras e vêm à planície em busca de votos para os seus eleitos. Às vezes, enfrentam certos constrangimentos. Fala-se em Rousseau, Marx, Adam Smith, nos generais de 1964, até em Che Guevara, e por aí, em nome de  princípios norteadores ou não, vão todos em luta estribada. A Venezuela jamais foi citada com tamanha veemência. Hinos e cognomes. E uma facada desastrosa, insensata, covarde sob qualquer prisma de observação porque sem possibilidade de defesa.  
Católicos e evangélicos posicionam-se contra o aborto, contra a ideologia de gênero, contra a apologia ao homossexualismo. Outros silenciam porque entendem correta sua postura de apoio.
As estratégias para o primeiro turno diferenciam-se daquelas destinadas ao segundo turno. Para o primeiro turno o (a) candidato (a) tem visão “personalística”, para o segundo turno podem valer as uniões quaisquer que sejam. Aqui o viés ideológico é afastado, as barganhas passam a definir posições. O alvo é o poder. Só o poder.
Acima disso, ou querendo fugir a isso, parte da população clama por intervenção militar, sob o silêncio dos militares.
 A polarização está entre o PT – cujo candidato, agora definido, é o Sr. Haddad – e Jair Bolsonaro, capitão do Exército e o seu vice – Gen. Mourão – ambos na reserva.
Qual a preocupação do brasileiro? Ética ou financeira, que definiria posição alongada ou imediata?  Conheço adeptos do PT sérios e idealistas (merecem por isso respeito). Também tenho amigos na direita de mesmo valor. Haveria então visão míope de uns ou de outros. Desejariam o bem por caminhos diversos?. Não, os de esquerda não se afastam do caminho traçado pelo partido, mesmo em possível erro, em possível equívoco. Se caírem durante o combate serão substituídos. Não há tempo para atenções pessoais. O inimigo está à frente e precisa ser abatido.
E os espertalhões, os aproveitadores da simplicidade do povo e da facilidade de convencê-lo com palavras afáveis ou com bocados de doces tomam assento. Novos sacrifícios, novas promessas, novas mentiras? A visão tende a ser estritamente pessoal. Os que também estão em outro patamar agem de igual modo. Aqui são suas colocações (empregos, cargos de confiança..., concessões), suas conveniências, seus envolvimentos corruptores.
O Negócio é difícil e complexo, por isso o temor é grande.         
Discursos empolados e o politicamente correto perdem espaço. Quer-se um novo, coisa nova, discurso novo, um programa estruturado no orçamento nacional  e devidamente explicado, definindo prioridades, mantenças, etc. Tudo homologado pelo partido e pelo TRE com a possibilidade de afastar-se o presidente eleito, se  acaso agir em prejuízo do comprometido. Isso no Brasil não existe e as promessas vãs se multiplicam.
Até organizações criminosas passaram a se manifestar e a impor condições em certos lugares.
Essa situação não pode continuar.
Nossa definição eleitoral - é minha respeitosa opinião - deve ombrear, enquanto nacionais realmente, com o candidato que pautar sua plataforma de trabalho em plano ético e cristão - nossa principal urgência -, aliando a isso um desenvolvimento econômico sustentável, sem megalomanias eleitoreiras (essas são impossíveis e estranhas a comportamentos sérios).
Esse candidato, se - e quando - eleito, há de ter o equilíbrio necessário para analisar a realidade múltipla brasileira e humana, com respeito a todos, sem discriminações de qualquer ordem, colocando-se além do bem e do mal, sem casuísmos, no império da lei e da ordem.
Acima do muro.


 Geraldo Leony Machado.



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