Veja a lista dos direitos
que Temer tirou de você em 2017
O
trabalhado ficou precário, as farmácias populares estão sendo fechadas e o
Bolsa Família foi cortado, isso sem contar a redução de 32% na educação
31/12/2017
09h00
Lula
Marques/Agência PT
Michel
Temer não mede esforços nem recursos públicos para aprovar a sua reforma
Leia mais
- Saldo da reforma trabalhista: menos 12 mil vagas com carteira
- Reforma trabalhista já prejudica trabalhadores
- Datafolha: sete em cada dez brasileiros são contra privatização
- Privatização da Caixa acaba com benefícios sociais do povo
- Parlamentares se unem contra a privatização da Eletrobras
- MTST protesta contra cortes no Minha Casa Minha Vida
- Após 13 anos de sucesso, "Farmácia Popular" é extinta por Temer
Quantos
direitos Temer tirou de você em 2017?
Não é
dúvida que o golpe foi dado para que o
neoliberalismo, em sua face mais cruel, fosse implantado no Brasil às custas da
retirada de direitos, de benefícios sociais e da redução da qualidade de vida
do povo em benefício do mercado especulativo e das empresas estrangeiras. Em
2017 o trabalhador brasileiro sofreu o mais duro golpe dos últimos 50 anos: a
reforma da CLT. O salário
mínimo foi
reduzido pela primeira vez na história, passando de R$ 979,00 para R$ 954,00.
Também
foi aprovada a “PEC do Fim do Mundo” que congelou por 20 anos os investimentos
em saúde, educação e infraestrutura, reduzindo os
repasses para áreas consideradas prioritárias pela população.
Os
impactos já estão sendo sentidos, com destaque para o Orçamento de 2018
aprovado pelo Congresso, que traz uma redução drástica de investimentos em
programas sociais e educação, que perdeu R$ 2,1 bilhões em novos investimentos,
por exemplo.
Paralelamente
a isso, o brasileiro viu a cesta básica subir acima da inflação em março, a gasolina aumentar
quase uma centena de vezes, batendo o recorde e superando os R$ 4,00 e o
botijão de gás que chegou a R$ 6,00 em alguns municípios. Por trás disso, está
o sucateamento da Petrobras e a “venda” do pré-sal brasileiro, medidas do governo
usurpador.
Em nome
do “equilíbrio fiscal”, o presidente golpista segue a cartilha dos bancos,
prioriza pagamentos da dívida e deixa o brasileiro à mercê do mercado. Enquanto
isso, o país volta para o Mapa
da Fome da
Organização das Nações Unidas (ONU).
Foram
tantos 7 a 1 por dia que perdemos a conta. Por isso, listamos alguns dos
direitos que você perdeu ao longo de 2017:
Reforma trabalhista
O governo
alterou mais de cem itens da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) dentre as
medidas mais predatórias estão: a implantação do trabalho intermitente a terceirização irrestrita, permitiu que o
negociado prevaleça sobre o legislado – ou seja, você negocia com seu patrão em
vez de ter seus direitos assegurados, acabou com o acesso à Justiça trabalhista.
O
resultado: em um mês foram
extintos quase 13 mil vagas de emprego com carteira assinada. Atualmente o Brasil possui 12
milhões de desempregados, segundo dados do Caged. Com Temer a taxa de desemprego supera os 13%, durante os
governos da presidenta eleita Dilma Rousseff esse número era de
4,8%.
Mapa da Fome
Os
retrocessos em todas as áreas sociais e os cortes nos programas sociais levaram
o Brasil de volta à vergonhosa lista conhecida como o “Mapa da Fome” da ONU. De
acordo com dados do IBGE, mais de 7 milhões de pessoas no
Brasil passam fome, um dado vergonhoso para o país que chegou a ser exemplo de
programas sociais como o Bolsa
Família.
Saúde
O governo
federal iniciou o triste desmonte do programa Mais
Médicos,
deixando 7,7 milhões de pessoas sem atendimento
Em
novembro, o governo reduziu em R$
600 milhões orçamento do programa Aqui Tem Farmácia Popular, que fornece remédios gratuitos
ou com descontos para a população.
Educação
Em
fevereiro, Temer cortou 40% das vagas do Fies, o programa que financia
estudos.
Foi
aprovada a Reforma do Ensino Médio que permite que professores com
“notório saber” possam dar aulas em suas áreas e retira da grande as aulas de
filosofia e LBD Sociologia.
Foram
promovidos cortes nos repasses às universidades e institutos federais que estão
paralisadas.
Em abril,
o governo federal anunciou o primeiro corte no Ministério
da Educação no valor
de R$ 4,3 bilhões reduzindo o orçamento aprovado para 2017.
Isso sem
contar no corte de R$ 2,1 bilhões do orçamento da educação para 2018.
Habitação
Temer
acabou com o programa Minha Casa, Minha Vida: em 2017 foram investidos apenas
9% dos valores previstos para o programa e o objetivo era zerar os repasses,
segundo o orçamento previsto na LOA para 2018. A redução afetou principalmente
os beneficiários da faixa 1 do programa, aqueles que possuem renda familiar
menor.
Bolsa Família
Temer fez
o maior corte da história do Bolsa Família: na comparação entre julho de 2014,
último ano do primeiro mandato da presidenta eleita Dilma
Rousseff, e o
mesmo mês de 2017, houve uma redução de 1,5 milhão de bolsas pagas.
Resultado:
em março, a ONU registra que Brasil caiu 19 posições no ranking de Índice de
Desenvolvimento Humano.
Programa de cisternas
Neste
ano, o governo golpista cortou 95% do programa de
cisternas, o mais reconhecido programa de combate à seca no semiárido, gerando
uma fila de espera, segundo informações da ASA (Articulação do Semiárido), a
350 mil famílias. Durante os governos de Lula e Dilma foram construidas mais
de 1,2 milhão de cisternas.
Políticas do campo
Desde
abril de 2017 o governo dá incentivos aos funcionários do Incra que
concedem títulos individuais de propriedade ao invés de fortalecer os
assentamentos
O
orçamento de 2018 prevê redução de 64% nos investimentos dos assentamentos, 86%
na assistência técnica e extensão rural e 83% para aquisição de imóveis para reforma
agrária.
Pela
primeira vez o Plano Safra da Agricultura Familiar (criado no primeiro
governo Lula) tem estagnação orçamentária, em
2018/2019, e o crédito rural do Pronaf apresenta queda de recursos de 21% em
relação à safra 2016/2017 e de 37% em comparação à safra 2017/2018
Luz para Todos
Entre
janeiro e maio de 2017, o governo investiu apenas R$ 75 milhões do orçamento de
R$1,1 bilhão para novas instalações de luz elétrica. Com isso, os projetos para
levar luz para milhares de famílias estão praticamente paralisados. Durante os
governos de Lula e Dilma, mais de 16 milhões de pessoas foram beneficiadas com
esse direito básico que é ter luz em casa.
Petróleo e gás
Como
parte do golpe, o governo tirou a obrigatoriedade da Petrobras ser a única
operadora do pré-sal e ter participação mínima de 30% nos campos licitados.
Vale
lembrar o lobby feito pelo governo britânico em prol da Shell e da BP que
acabou se tornando na MP
do Trilhão aprovada em dezembro e que dá isenção fiscal às empresas estrangeiras
fazendo o Brasil deixar de arrecadar em 25 anos R$ 1 trilhão em impostos.
Resultado:
Além de entregar a maior riqueza do Brasil o resultado também é o aumento dos
preços de gás e gasolina.
Privatizações
Começa o
desmonte dos Correios com Programa de Demissão Voluntária de milhares de
trabalhadores que denunciam interesse do governo de privatizar a empresa. O mesmo
acontece com a Caixa Econômica Federal.
Primeiro,
Temer baixou uma MP para tirar a proibição de privatizar
a Eletrobras, – a
maior estatal elétrica do país – o que deverá ocorrer, segundo o governo
golpista, até o final de 2018. Também serão vendidas suas seis distribuidoras
de energia.
Política internacional
O Brasil
de fato encolheu
não só politicamente, socialmente e economicamente, mas com Temer o país ficou
menor aos olhos do mundo. Se nos governos do PT o país era reconhecido como
líder global, agora o interino é classificado como “catástrofe diplomática” por
especialistas. Com isso, o Brasil se tornou, como classificou a presidenta
do PT Gleisi Hoffmann “um mero satélite dos interesses dos EUA e aliados” . Mas o que isso muda na vida do
brasileiro?
Investimentos,troca
de tecnologia, expansão do mercado nacional, acordos que ajudam a melhorar a
vida das pessoas, a economia, dentre tantos outros aspectos.
A viagem
de Temer à Noruega, em
junho deste ano, foi catastrófica e culminou na retirada de muitos milhões de
investimentos internacionais em apoio à Amazônia. O interino chegou a ser alvo de
protestos, incluindo das autoridades
norueguesas, por aumentar o desmatamento na Amazônia..
Sem comentários:
Enviar um comentário