Por Cláudio Marra
Balaque me fez vir de Arã (...); Ele me disse: ‘Venha, amaldiçoe Jacó e deseje mal a Israel’. Como posso amaldiçoar quem Deus não amaldiçoou? (...) Vejo os israelitas do alto das montanhas, e também os observo de cima das colinas. Vejo que é um povo que vive separado e não se considera como as demais nações. (...) Que eu morra a morte dos justos, e seja o meu fim como o deles!” (Nm 23.7-10).
Balaão disse as palavras acima na sua primeira tentativa de amaldiçoar Israel.
Balaque se enfureceu, claro. Balaão estava em cima do muro. De um lado a garantia divina da bênção aos hebreus. Do outro lado uma propina capaz de abalar qualquer teologia liberal. E a cobiça falou mais alto. Não podendo transformar maldição em bênção – e com o risco de perder uma fortuna –, Balaão desenvolveu uma startup chamada festas-pagãs-para-corromper-Israel. Conseguiu likes de muitos israelitas, mas o tropeço de Baal-Peor saiu caro e o próprio Balaão foi executado na represália (Nm 31.8). Seu desejo “Que (...) seja o meu fim como o deles” não foi atendido.
Balaão definiu Israel como “vive separado e não se considera como as demais nações”, mas o que isso significa? Após a conquista, a Terra Prometida virou um condomínio, com cidades e vilas israelitas ao lado de povoados pagãos. O Senhor, porém, foi claro quanto à necessidade de distinção entre seu povo e todos os povos (Dt 7.1-5). O motivo era o fato de Israel ser “povo santo ao Senhor” (v.6). O diferencial seria a observância da lei de Deus, que o Senhor havia dado como prova de amor por seu povo e de fidelidade à aliança (v.8).
Ou seja, Israel pode cruzar Moabe, mas não pode cair na farra de Baal-Peor. Lição a ser lembrada por Israel hoje, uma vez que vivemos em uma sociedade não cristã.
Para alguns, o cristão não deve se envolver em política. Querem isolamento total. Isso não foi, porém, o que praticaram nossos irmãos na fé, José do Egito, Daniel da Babilônia, Ester de Susã, Mordecai seu tio e, mais recentemente, William Wilberforce (1759–1833), Abraham Kuyper (1837–1920), e muitos outros em nossos dias. Não é o que praticam pais e mães crentes que zelosamente participam de reuniões de pais e mestres, ou das reuniões de seus condomínios, além dos trabalhadores cristãos que comparecem às assembleias de sindicatos da sua categoria. Tudo isso é envolvimento em política e o povo que habita só (separado) não pode se omitir.
Esteja quem estiver em Brasília, nosso envolvimento político continua, mesmo sendo o povo que habita só (separado), enquanto estiver valendo que somos sal da terra e luz do mundo.
Povo que habita só, sim. Poucos, sim. Alienados, não. O diferencial? Obediência ao Deus de Amor, o fiel Senhor da Aliança.
Balaque me fez vir de Arã (...); Ele me disse: ‘Venha, amaldiçoe Jacó e deseje mal a Israel’. Como posso amaldiçoar quem Deus não amaldiçoou? (...) Vejo os israelitas do alto das montanhas, e também os observo de cima das colinas. Vejo que é um povo que vive separado e não se considera como as demais nações. (...) Que eu morra a morte dos justos, e seja o meu fim como o deles!” (Nm 23.7-10).
Balaão disse as palavras acima na sua primeira tentativa de amaldiçoar Israel.
Balaque se enfureceu, claro. Balaão estava em cima do muro. De um lado a garantia divina da bênção aos hebreus. Do outro lado uma propina capaz de abalar qualquer teologia liberal. E a cobiça falou mais alto. Não podendo transformar maldição em bênção – e com o risco de perder uma fortuna –, Balaão desenvolveu uma startup chamada festas-pagãs-para-corromper-Israel. Conseguiu likes de muitos israelitas, mas o tropeço de Baal-Peor saiu caro e o próprio Balaão foi executado na represália (Nm 31.8). Seu desejo “Que (...) seja o meu fim como o deles” não foi atendido.
Balaão definiu Israel como “vive separado e não se considera como as demais nações”, mas o que isso significa? Após a conquista, a Terra Prometida virou um condomínio, com cidades e vilas israelitas ao lado de povoados pagãos. O Senhor, porém, foi claro quanto à necessidade de distinção entre seu povo e todos os povos (Dt 7.1-5). O motivo era o fato de Israel ser “povo santo ao Senhor” (v.6). O diferencial seria a observância da lei de Deus, que o Senhor havia dado como prova de amor por seu povo e de fidelidade à aliança (v.8).
Ou seja, Israel pode cruzar Moabe, mas não pode cair na farra de Baal-Peor. Lição a ser lembrada por Israel hoje, uma vez que vivemos em uma sociedade não cristã.
Para alguns, o cristão não deve se envolver em política. Querem isolamento total. Isso não foi, porém, o que praticaram nossos irmãos na fé, José do Egito, Daniel da Babilônia, Ester de Susã, Mordecai seu tio e, mais recentemente, William Wilberforce (1759–1833), Abraham Kuyper (1837–1920), e muitos outros em nossos dias. Não é o que praticam pais e mães crentes que zelosamente participam de reuniões de pais e mestres, ou das reuniões de seus condomínios, além dos trabalhadores cristãos que comparecem às assembleias de sindicatos da sua categoria. Tudo isso é envolvimento em política e o povo que habita só (separado) não pode se omitir.
Esteja quem estiver em Brasília, nosso envolvimento político continua, mesmo sendo o povo que habita só (separado), enquanto estiver valendo que somos sal da terra e luz do mundo.
Povo que habita só, sim. Poucos, sim. Alienados, não. O diferencial? Obediência ao Deus de Amor, o fiel Senhor da Aliança.
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