Integridade: a marca de Cristo
Por Lidice Meyer Pinto Ribeiro
Como você se comporta quando seus posicionamentos são questionados? Você
mudaria de posição ou de atitude se isto fosse favorecer a si ou a alguém a
quem estima? Você tem coragem de agir com integridade mesmo que isto lhe custe
um valor alto?
Ser íntegro é ser inteiro, intacto, sem sofrer alterações a cada
momento. Martin Luther King Jr disse certa vez que “A verdadeira medida de um
homem não se vê na forma como ele se comporta em momentos de conforto e
conveniência, mas como se mantém em momentos de controvérsias e desafios.” É
nos momentos em que somos desafiados que a nossa integridade é testada.
Dentre todos os eventos da história de Cristo de que temos conhecimento
pela Bíblia, dois me chamam muito à atenção: a tentação no deserto (Mt 4.1-11)
e seu julgamento e crucificação (Mt 27). Nestes dois momentos em especial a sua
humanidade foi posta à prova: fome, cansaço, frio, dor, humilhação e tortura.
Até onde um simples humano poderia suportar? Não há nada de errado nestas
afirmações: “és filho de Deus” (Mt 4.3,6); és o rei dos judeus” (mt 27.11); “é
rei em Israel” (Mt 27.42). Mas junto com esta afirmações havia uma contraparte,
um desafio: “manda que estas pedras se transformem em pães”; “atira-te abaixo”;
“desça da cruz”. Ações que Jesus, pela sua natureza divina, poderia facilmente
realizar, mas que custariam a sua integridade. Nada, nem mesmo a fome, o frio,
o cansaço e nem a dor fizeram com que Jesus negasse a sua integridade. Enquanto
isso, Pedro foi desafiado por uma simples criada com uma verdade: “tu estavas
com Jesus” ao que ele respondeu: “não conheço tal homem” (Mt 26.69-72). A
integridade do homem Jesus se contrapõe a fraqueza do homem Pedro.
Somos humanos como Pedro, mas se trazemos a marca de Cristo, nossas atitudes e nossas palavras não podem se contradizer. Quantas vezes, por situações muito mais simples optamos por nos adequar ao pensamento e às atitudes que nos rendem mais apreço ou mais valia perante os outros, deixando a integridade de lado? É tempo de reavaliar nossos posicionamentos. É tempo de cultivar a marca de Cristo em nós: a integridade em tudo o que somos e fazemos. A mensagem em Apocalipse à igreja de Sardes é mais do que atual: “Conheço tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te.” (Ap 3.1-3)
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