Alexandre Garcia
Polícia Federal
Ministério dos Direitos Humanos oferecerá proteção a líderes
do MST após ataque
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST) (Foto: Joedson Alves/EFE)
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania anunciou
neste sábado (11) que vai oferecer assistência e proteção aos líderes e demais
moradores do Assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra (MST).
A decisão ocorre após o assentamento, localizado em Tremembé
(SP), ter sido atacado por homens armados na noite de sexta-feira (10). Segundo
o MST, duas pessoas foram mortas a tiros e ao menos outros seis estão feridos,
alguns em estado grave. Um deles não resistiu aos ferimentos e faleceu na tarde
deste sábado.
Os criminosos teriam adentrado o assentamento por volta das
23h, utilizando cinco carros e duas motos, e dispararam contra as vítimas, que
estavam em um espaço coletivo.
"O MDHC, por meio do Programa de Proteção aos
Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), está
buscando mais informações sobre os fatos ocorridos e oferecerá assistência para
as lideranças do assentamento e sua coletividade", afirmou a pasta em
nota.
No ofício enviado à PF, segundo o Palácio do Planalto, o
ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, cita a violação a
direitos humanos. Uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi
deslocada para o local. O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)
determinou, neste sábado, que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para
investigar o ataque
"O grave ataque contra o assentamento do MST e o
assassinato de duas lideranças soma-se aos alertas anteriores para a urgência
de fortalecimento das políticas de proteção aos defensores de direitos humanos
que integrem as esferas federal e estadual, os sistemas de Justiça e de
Segurança Pública e as redes de proteção, definindo as responsabilidades e o
tipo de dinâmica e relacionamento para garantir a proteção das defensoras e dos
defensores de direitos humanos", disse o ministério em nota.
A pasta comandada por Macaé Evaristo também informou que o
MDHC "vai reforçar suas ações para o fortalecimento das práticas coletivas
de proteção das comunidades, associações, grupos, organizações, coletivos e
movimentos da sociedade civil que fazem a proteção popular desses
agentes."
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