Qual a
xilogravura mais famosa de J. Borges?
A
chegada da prostituta no céu
Dentre
todas as xilogravuras que já fez, a sua preferida é "A chegada da
prostituta no céu”, feita em 1976. Nascido em 1935, começou aos 20 anos, pela
escrita do cordel
Qual a
xilogravura mais famosa?
A grande
onda de Kanagawa.
Considerada
como a xilogravura japonesa mais famosa, A grande onda de Kanagawa influiu em
grandes obras: na pintura a obras de Claude Monet, na música a La Mer de Claude
Debussy e na literatura a Der Berg de Rainer Maria Rilke.
O que é
a arte da xilogravura?
A
Xilografia é uma antiga técnica de origem chinesa, ao que tudo indica tendo seu
inicio no século II, onde o artesão grava na madeira a imagem que pretende
reproduzir, utilizando-a como matriz e possibilitando a reprodução de diversas
imagens idênticas sobre papel ou outro suporte adequado.
Qual a
madeira mais utilizada no Nordeste para fazer a xilogravura?
A
xilogravura consiste em gravar imagens numa madeira mole (cajá, imburana, cedro
ou pinho) com instrumentos cortantes (goiva, faca, canivete, estilete, formão,
buril).30 de mar. de 2011
Morre
J. Borges, maior nome da xilogravura nordestina
O
xilogravurista produziu ilustrações para a literatura de cordel durante mais de
sessenta anos e concebeu o legado da "xilogravura raiz"
Por
Maria Fernanda Barros
J.
Borges tinha 88 anos e foi um dos maiores artistas populares do Brasil, com
obras de alcance internacional
Ao
adentrar na instalação artística Ecos Armoriais da CASACOR São Paulo 2024, é
possível contemplar, na cômoda do designer Eduardo Carvalho, a obra de J.
Borges, um dos mais relevantes artistas populares brasileiros. Borges nasceu em
1935, no município de Bezerros, em Pernambuco. Até o anúncio de sua morte nesta
sexta-feira (26), o pernambucano era o maior xilogravurista vivo do país. O
ilustrador tinha 88 anos e morreu de causas naturais, segundo a família.
As
xilogravuras de J. Borges se destacam pela forte ligação com a literatura de
cordel e as temáticas intrínsecas à cultura popular nordestina. Os traços
rústicos e originais de sua obra, como descreve o curador Pedro Ariel Santana,
fizeram o artista ser considerado um "xilogravurista raiz" pelo
escritor Adriano Suassuna, que era amigo pessoal e parceiro de trabalho de
Borges.
Borges
não possuía nenhum tipo de formação erudita. Antes de se tornar o maior nome da
xilogravura nordestina, o pernambucano já havia sido pedreiro, lavrador,
carpinteiro, pintor de parede e vendedor. Apreciava o cordel desde a infância,
mas só após os 20 anos de idade começou a produzir e vender os próprios
folhetos, que posteriormente seriam ilustrados com as xilogravuras que
desenhava.
Por
mais de sessenta anos, Borges se manteve fiel à xilogravura de cordel.
"Essa temática de cordel, que é um pouco medieval e ao mesmo tempo
surrealista esteve sempre presente nas obras dele", afirma Pedro. O
curador aponta que, enquanto outros artistas tentaram sofisticar o aspecto das
xilogravuras, Borges não abriu mão das formas originais da arte que produzia. A
"xilogravura raiz" de J. Borges é um marco da cultura popular
nordestina. Se na década de 1970, as produções de J. Borges representavam
visualmente o Movimento Armorial inaugurado por Ariano Suassuna, hoje suas
obras são referência para a nova geração de artistas nordestinos como Derlon e
Bozoba Camarte, que o agradecem nas redes sociais: "Obrigada, J.
Borges".
A arte
de J. Borges está presente em uma exposição gratuita no Museu do Pontal, no Rio
de Janeiro, em cartaz até 25 de março de 2025. Além disso, sua obra marca o
Museu do Louvre, na França, e já alcançou o Museu de Arte de Nova York, nos
Estados Unidos. Outros países como Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba
também já receberam a obra do artista.
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