SEM
TÍTULO, RELANCES - Hoje, dia 13 de janeiro, ao final da tarde, estava meio
angustiado, com bons motivos. Minha amada companheira, 57 anos de casados,
ainda não se recuperou de uma inflamação no trigêmeo, músculo que se triparte,
sai da nuca – não aceitem essa localização leiga - para a face, o que provoca dores quase
insuportáveis. Disse a especialista serem piores que as de parto ou as de
herpes-zoster
Até
chegar à especialista percorremos uma dezena de médicos, com internação em dois
hospitais, sem diagnóstico definido.
Estou
só há quase um mês, desloquei minha corajosa mulher para a casa de nossa filha,
onde tem maior atenção imediata. Eis - quem sabe - o motivo dessa sensação de
abandono consciente e provocado.
Mas,
outras situações contribuíram para meu estado de ânimo: medito nos presos em
face da quebradeira no dia 08.01.2023, seus problemas, a não existência de
crime que justifique a posição das autoridades; as consequências futuras, os
traumas aprofundados nas almas, o tempo sem sentido/perdido ou achado em
terrível e negativa experiência.
Desloco
meu pensamento mais rápido que o novo avião americano. Percebo a Venezuela.
Nela um governante sem sentido de estadista, impondo posição que se afasta do
humano, da realidade cristã de seu país, do ético, da política em sua essência.
Joga-se no lixo da história, tem postura e figura caricatas, próprias de
ditadores menores – permita a expressão, todo ditador persegue os mesmos fins.
Seria
um caso de álter ego, diria Freud, distorcido, em realidade uma identidade
fictícia surgida no inconsciente e das vontades, desejos e idealizações
reprimidas.... É um “outro eu” que surge ou se vai definindo diante de
situações incontroláveis.
Os
psicólogos diriam melhor, claro.
Israel,
o Hamas, os palestinos, a absurda guerra fraticida. Mais de três centenas de mortes.
A
Rússia, a China, os EUA, a OTAN, a Ucrânia. Um problema de geopolítica,
necessário/desnecessário? Seus contendores semelham-se as enxadristas em
tabuleiro gigantesco, lançando seus peões, a juventude atordoada, a possíveis
hecatombes. A derrota, contudo, bem saberia dizer Kasparov, campeão mundial em 1985, aos 22
anos, atingirá damas/rainhas, bispos e reis. Todos irão à sucumbência.
O
Brasil cujos caminhos podem levar a Nação Brasileira ao caos. É inexplicável
porque homens voltam-se para objetivos menores quando a dimensão que mais lhes
renderia seria a projeção sócio humana, o outro, o bem comum, a alternância do
poder, a liberdade, os valores de suas tradições.
Ao
escrever, aos poucos esvaziando a mente, vou-me encontrando. Ponho de lado bela
crônica de Luiz Cláudio Guimarães, destaco sua participação na ALAS, Academia
de Letra e Artes do Salvador, de profícuo desempenho. Relembro de defesa enfim
terminada diante de notificação do TCU a ex-presidente de empresa estatal.
Fecho
os olhos. Respiro fundo. Convenhamos que os motivos foram muitos para minha
inicial e confessada angústia.
Por
fim, refeito, dou por terminado este escrito, desejando a todos feliz, próspero
e tranquilo 2025.
SSA, 13
de janeiro de 2025.
Geraldo
Leony Machado
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