quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

RELANCES...

 

 


SEM TÍTULO, RELANCES - Hoje, dia 13 de janeiro, ao final da tarde, estava meio angustiado, com bons motivos. Minha amada companheira, 57 anos de casados, ainda não se recuperou de uma inflamação no trigêmeo, músculo que se triparte, sai da nuca – não aceitem essa localização leiga -  para a face, o que provoca dores quase insuportáveis. Disse a especialista serem piores que as de parto ou as de herpes-zoster

Até chegar à especialista percorremos uma dezena de médicos, com internação em dois hospitais, sem diagnóstico definido.

Estou só há quase um mês, desloquei minha corajosa mulher para a casa de nossa filha, onde tem maior atenção imediata. Eis - quem sabe - o motivo dessa sensação de abandono consciente e provocado.

Mas, outras situações contribuíram para meu estado de ânimo: medito nos presos em face da quebradeira no dia 08.01.2023, seus problemas, a não existência de crime que justifique a posição das autoridades; as consequências futuras, os traumas aprofundados nas almas, o tempo sem sentido/perdido ou achado em terrível e negativa experiência.

Desloco meu pensamento mais rápido que o novo avião americano. Percebo a Venezuela. Nela um governante sem sentido de estadista, impondo posição que se afasta do humano, da realidade cristã de seu país, do ético, da política em sua essência. Joga-se no lixo da história, tem postura e figura caricatas, próprias de ditadores menores – permita a expressão, todo ditador persegue os mesmos fins.

Seria um caso de álter ego, diria Freud, distorcido, em realidade uma identidade fictícia surgida no inconsciente e das vontades, desejos e idealizações reprimidas.... É um “outro eu” que surge ou se vai definindo diante de situações incontroláveis.

Os psicólogos diriam melhor, claro.

Israel, o Hamas, os palestinos, a absurda guerra fraticida. Mais de  três centenas de mortes.   

A Rússia, a China, os EUA, a OTAN, a Ucrânia. Um problema de geopolítica, necessário/desnecessário? Seus contendores semelham-se as enxadristas em tabuleiro gigantesco, lançando seus peões, a juventude atordoada, a possíveis hecatombes. A derrota, contudo, bem saberia dizer  Kasparov, campeão mundial em 1985, aos 22 anos, atingirá damas/rainhas, bispos e reis. Todos irão à sucumbência.

O Brasil cujos caminhos podem levar a Nação Brasileira ao caos. É inexplicável porque homens voltam-se para objetivos menores quando a dimensão que mais lhes renderia seria a projeção sócio humana, o outro, o bem comum, a alternância do poder, a liberdade, os valores de suas tradições.

Ao escrever, aos poucos esvaziando a mente, vou-me encontrando. Ponho de lado bela crônica de Luiz Cláudio Guimarães, destaco sua participação na ALAS, Academia de Letra e Artes do Salvador, de profícuo desempenho. Relembro de defesa enfim terminada diante de notificação do TCU a ex-presidente de empresa estatal.

Fecho os olhos. Respiro fundo. Convenhamos que os motivos foram muitos para minha inicial e confessada angústia.

Por fim, refeito, dou por terminado este escrito, desejando a todos feliz, próspero e tranquilo 2025.

SSA, 13 de janeiro de 2025.

Geraldo Leony Machado

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