sábado, 28 de março de 2020

A AMANTE DO REI...


A amante de luxo do rei que era uma freira


Durante séculos, não era estranho que os reis tivessem amantes e que muitas delas fossem freiras. Afinal, as “irmãs” viviam resguardadas no seu próprio mundo, sem dar muito nas vistas e, naturalmente, eram mais puras por (supostamente) não terem parceiros sexuais. Também não havia o risco de haver maridos destroçados e vingativos.
Mas em toda a história da monarquia portuguesa, houve um rei que levou as coisas mais longe. D. João V apaixonou-se pela madre Paula do Convento de Odivelas e deu-lhe tudo.
O rei conheceu-a numa visita a outra freira do convento, e ficou maravilhado — tanto que trocou com o seu amante, o conde de Vimioso, duas freiras à escolha por Paula.
Ao longo dos anos, o pequeno e discreto quarto da freira foi-se tornando luxuoso, até chegar ao cúmulo de o Rei mandar fazer um edifício junto do convento que viria a ser conhecido como a Torre da Madre Paula. Só se podia entrar pelo seu quarto.
Mas a paixão de D. João V chegou ainda mais longe. O Rei mandou construir um palácio no Campo Grande para a sua amante religiosa. Hoje chama-se Museu da Cidade, o edifício ainda está de pé. A Madre Paula tinha nove criados pessoais, roupas de luxo e pedras preciosas — a relação com o Rei não era nada discreta.
Ironicamente, quando ficou mais velho, talvez por desgosto, D. João V fez uma série de leis que perseguiam aqueles que tivessem casos amorosos com freiras.

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