segunda-feira, 17 de abril de 2023

REFLEXÃO:

 

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O Deus digital - como a tecnologia afeta as nossas relações humanas e fraternas, e com Deus.

 
Por William Lane

Todos nós vivemos sob alta dependência e influência de diversas tecnologias, em especial, as digitais de comunicação. Não conseguimos mais nos desvencilhar dos meios digitais. Ao mesmo tempo que são surpreendentes ferramentas para tudo que fazemos e, em particular, nossos relacionamentos, aos poucos eles nos dominam e moldam. E, tudo indica que, diante do acelerado avanço da Inteligência Artificial, muita mudança ainda virá pela frente.

A humanidade sempre dependeu da tecnologia. Desde tempos remotos o ser humano buscou encontrar e desenvolver técnicas para realizar as suas tarefas mais primárias. A diferença entre os antigos e os tempos atuais é o tipo de tecnologia, o grau de dependência nas tecnologias e a rapidez dos avanços tecnológicos. Mesmo assim, não só cientistas do comportamento humano como os das próprias tecnologias digitais ponderam sobre os efeitos nocivos das tecnologias para as relações humanas.
 

Como igreja vivenciamos essa mesma realidade e precisamos refletir sobre como isso afeta não só nossas relações humanas e fraternas como também nossa relação com Deus. Alguns anos atrás, Jonas Kurlberg e Peter M. Phillips se debruçaram sobre o impacto da era digital, especialmente sobre a Missio Dei1. Kurlberg apontou que os teóricos dos meios de comunicação têm sustentado há décadas que as “mídias tecnológicas não são meros conduítes ou canais de comunicação ininterrupta entre mensageiro e receptor”. Segundo ele, “a própria forma e arquitetura da mídia tecnológica condiciona como a mensagem é comunicada, interpretada e recebida”. Citando ainda a tese de Marshall McLuhan que “o meio é a mensagem”, Kurlberg alerta para o fato de que “o mensageiro adapta a sua mensagem à lógica do meio e os ouvintes interpretam a mensagem de acordo com os conduítes pelos quais ela é canalizada”. Assim, para Kurlberg, a tecnologia digital está alterando radicalmente as condições em que a missão é cumprida, pois passa a moldar não só nossa compreensão da missão como também a própria concepção sobre Deus2.

De modo semelhante, Dennis Ford sugere que a mídia tecnológica dominante de qualquer era faz surgir epistemes que influenciam nossa própria concepção a respeito de Deus. Em culturas orais, argumenta Ford, o divino é concebido como concreto, imprevisível e pluralista, enquanto em culturas letradas a natureza estática do texto escrito desperta concepções de Deus mais autoritário, transcendente e imutável. Por outro lado, o multissensorial ‘Deus digital’ é experiencial, acessível e ‘customizável’.

É evidente que as relações humanas e a relação com Deus desde muito tempo se reduzem a certos ritos sociais e religiosos conforme a finalidade e os costumes culturais das partes envolvidas. Na atualidade esses ritos assumem formas de comunicação digital em massa e em proporções nunca antes pensadas para um cidadão comum. As angústias humanas também assumem forma digital. O sofrimento se agrava porque Deus não opera na velocidade e meios digitais. Daí a agonia humana por um Deus digital que fale nossa linguagem.

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