terça-feira, 5 de novembro de 2024

ESPECIAL

 

Especial: Poemas que viraram música; confira

Descubra como grandes nomes da música brasileira transformaram a poesia em canções memoráveis; Luiz Gonzaga está na lista do site da Nova Brasil.

 

Especial: Poemas que viraram música; confira:

 

Para o poema virar música só falta a melodia. Para a música virar poema é preciso um toque de silêncio. Quem é artista sabe que essa linha tênue pode ser elástica e fazer muita coisa bonita.

 

Na arte de musicar poemas, temos grandes nomes na música brasileira. Vem que a gente te mostra.

 

João Sobral e Clarice Lispector

João Sobral se inspirou nas obras de Clarice Lispector. O músico é conhecido por sua habilidade em transformar a profundidade emocional dos poemas em canções que capturam a essência da escrita da autora.

 

Mais do que uma homenagem, é uma forma de trazer novos significados às palavras de Clarice, o que permite que um público mais amplo se conecte com a literatura de outras formas diferentes de ler.

 

Cid Campos e Augusto de Campos

Cid Campos é filho do poeta Augusto de Campos e tem se dedicado a musicar obras poéticas e dar vida às palavras de seu pai por meio da música. Em 2023, participou da FLIP, junto com Adriana Calcanhoto, em uma homenagem à figura icônica da literatura brasileira, Patrícia Galvão (PAGU).

 

Caetano Veloso

Caetano musicou o poema Circuladô de Fulô, composto por Haroldo de Campos na década de 1970.

 

Luiz Gonzaga

Patativa do Assaré é o criador do poema “A Triste Partida”, que ele também musicou e que foi gravado por Luiz Gonzaga em 1964. A letra retrata a jornada de uma família que, após perder todas as suas crenças, decide deixar a seca do Nordeste em busca de melhores condições em São Paulo, “para viver ou morrer”. Entretanto, essa decisão é acompanhada pela esperança de um dia retornar à sua terra natal.

 

Gal Costa

Na voz de Gal ficou marcada a canção “O Amor”, uma canção de Caetano Veloso e Ney Costa Santos, baseada no poema de Vladimir Maiakóvski, um dos maiores poetas russos modernos.

 

Fagner

Em 1981, o cantor musicou o poema “Fanatismo”, de Florbela Espanca, como abertura do seu álbum “Traduzir-se”. Essa canção teve um grande impacto na música popular brasileira e na trajetória de Fagner, tornando-se um dos seus principais sucessos. Posteriormente, Fagner musicou outro poema de Florbela, intitulado “Fumo”.

 

Paulo Diniz

O famoso poema “E Agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade, foi musicado por Paulo Diniz. A letra fala sobre a crise existencial que acontece após momentos de alegria, os sentimentos de solidão e vazio que tomam conta de um cidadão comum, o José.

 

Secos & Molhados

A banda teve mais de um poema musicado ou adaptado, como os de Vinicius de Moraes (Rosa de Hiroshima), Cortázar (Tercer Mundo), Fernando Pessoa (Não: Não Digas Nada) e Oswald de Andrade (O Hierofante). Algumas músicas até sofreram censura: Pasárgada, baseada no poema Vou-me Embora Pra Pasárgada, de Manuel Bandeira, e Tem Gente com Fome, versão de João Ricardo para poema de Solano Trindade.

 

Paulo Leminski

Foi na voz de Arnaldo Antunes que a canção “Luzes” repercutiu a poesia de Leminski. Como também aconteceu com “Verdura”, cantada por Caetano Veloso.

 

Chico Buarque

A obra Morte e Vida Severina inspirou um álbum inteiro do cantor Chico Buarque. A canção Funeral de Um Lavrador é uma das mais fiéis ao texto original, o que evidencia a força da poesia regionalista.

 

Alice Ruiz

Alice Ruiz escreveu “Quase Nada”, que virou música nas mãos e voz de Zeca Baleiro, assim como “Socorro”, musicada por Arnaldo Antunes.

 

Maria Bethânia

Uma profunda conexão entre música e poesia marca a arte de Maria Bethânia. Reconhecida por sua habilidade de interpretar e musicar poemas, frequentemente incorpora versos de poetas brasileiros também em seus shows.

 

Clarice Lispector

Que o Deus Venha é um poema de Clarice Lispector que foi musicado por Cazuza. Inicialmente, foi gravada pela cantora Cássia Eller, mas depois também ganhou versões de outros artistas, como Adriana Calcanhotto, Frejat e o próprio Cazuza.

 

Musicar poemas promove a literatura ao mesmo tempo em que enriquece o cenário musical, é uma nova maneira de experimentar poesia e permite que as palavras ganhem vida por meio da melodia.

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