segunda-feira, 28 de setembro de 2020

SEM CRÉDITO...


Voto sem sair de casa pode virar realidade no Brasil

TSE estima que votação ‘on-line’ trará economia aos cofres públicos, mas não apresenta solução para as críticas sobre transparência

Foto: Lenny Wu/Flickr

O voto por meio da internet será testado nas eleições municipais deste ano. Os eleitores poderão participar de uma simulação com candidatos fictícios que acontecerá nas cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Valparaíso de Goiás (GO) durante o primeiro turno da disputa oficial. Estandes de empresas que desenvolverão sistemas para votação on-line funcionarão em algumas zonas eleitorais em que o cidadão poderá habilitar o aplicativo para votar no próprio smartphone.

Leia também: “STF determina que o voto impresso é inconstitucional”

O chamamento para companhias que estejam interessadas em participar da experiência foi lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira 21. O presidente da Corte eleitoral, o ministro Luís Roberto Barroso, considera que a busca por essa inovação deve resultar em economia aos cofres públicos. “Mesmo que, em um primeiro momento, os eleitores continuem a ter que comparecer às seções eleitorais, para a proteção do sigilo, só a economia de centenas de milhões de reais com a substituição de urnas já representa um grande ganho. Nós estamos em busca de inovações, mas sem abrir mão do controle do sistema e do processo eleitoral, que continuará sob o comando do TSE”, informou o tribunal presidido pelo ministro Barroso.

As críticas ao sistema atual de votação no país

A votação se realiza atualmente por meio de urnas eletrônicas distribuídas nas diversas zonas eleitorais do país. Embora a velocidade de sua apuração seja notável, o atual modelo é alvo de reiteradas críticas por não permitir auditorias feitas por intermédio da recontagem dos votos. Ainda que a impressão do voto tenha sido aprovada em 2015 para dar fim ao problema, o Supremo Tribunal Federal suspendeu provisoriamente a medida para a eleição de 2018 e a julgou inconstitucional no último dia 14.

Os magistrados das altas cortes, no entanto, não apresentaram uma solução que imprima mais transparência ao processo atual ou futuro, por aplicativo.

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