31 de outubro
Os cristãos e o Halloween: celebrar ou não?
Por
Felipe Koller
31/10/2016 13:46
Nenhuma das grandes denominações cristãs tem uma diretriz oficial dizendo se os seus fiéis podem celebrar o Halloween ou não.
Nenhuma das grandes denominações cristãs tem uma diretriz oficial dizendo se os seus fiéis podem celebrar o Halloween ou não.| Foto: Bigstock
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Festa satânica ou celebração de origem cristã? O Halloween, comemorado em 31 de outubro, divide opiniões entre cristãos, mesmo dentro de cada denominação. Há quem defenda um total afastamento de todos os elementos da festa e também há quem diga que os cristãos devem retomar o sentido original da celebração ou, ao menos, se misturar mais para evangelizar a cultura atual.
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Nenhuma das grandes denominações cristãs tem uma diretriz oficial dizendo se os seus fiéis podem celebrar o Halloween ou não. A questão cabe ao discernimento de cada cristão. Aqui, trazemos algumas informações sobre a história da festividade.
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A história do Halloween
A palavra “Halloween” vem de “All Hallows’ Eve”, que significa “Vigília de Todos os Santos”. A Solenidade de Todos os Santos é comemorada pela Igreja Católica no dia 1º de novembro; logo, o dia 31 de outubro é a celebração de sua vigília, como costumam acontecer com as grandes festividades da liturgia católica.
A comemoração de Todos os Santos no dia 1º de novembro data do século VIII. No século seguinte, quando a celebração foi estendida a toda a Igreja, surgiu a expressão inglesa All Hallow’s Eve, ou Halloween. Em 998, Santo Odilo, o abade da abadia de Cluny, na França, acrescentou à festividade um dia de oração pelos fiéis defuntos, no dia 2, costume que em seguida foi oficializado e se espalhou pelo mundo.
Segundo o padre dominicano Augustine Thompson, a comemoração atual do Halloween recolhe contribuições irlandesas, inglesas e francesas. Da Irlanda do século XI, veio o costume de entender os dias 31 de outubro e 1º e 2 de novembro como um tríduo: o dia 2 como dia de oração pelas almas do purgatório, o dia 1º como celebração das almas que estão no céu e o dia 31, então, como lembrança das almas do inferno. Tornou-se costume bater em panelas nesse dia para avisar os condenados que eles não tinham sido esquecidos.
Na França, entre os séculos XIV e XV, se tornaram comuns representações artísticas que lembravam a todos que somos mortais, seja em pinturas ou como apresentações teatrais. As representações mostravam diabos conduzindo pessoas de todos os tipos – reis, papas, camponeses, monges, damas, cavalheiros, etc. – ao seu túmulo. Isso acontecia, porém, no dia 2, não no dia 31.
Já o costume de pedir “gostosuras ou travessuras” ("trick or treat") vem da Inglaterra e surgiu na comemoração de Guy Fawkes, no dia 5 de novembro. Fawkes foi um católico resistente do século XVII, época de perseguição aos católicos no país. Ele participou de um complô para explodir o parlamento britânico, mas foi descoberto e enforcado – a história em quadrinhos V de Vingança e o filme nela baseado fazem referência ao episódio. Na data que faz memória de Fawkes, era comum que bandos de foliões usassem máscaras e visitassem católicos no meio da noite, pedindo cerveja e bolos para a sua comemoração, dizendo: “Trick or treat”!
Esses elementos parecem ter se cruzado nos Estados Unidos, no século XVIII, a partir dos imigrantes irlandeses, ingleses e franceses, e dado origem à forma como se comemora o Halloween hoje em dia, fixando-se todos no dia 31 de outubro.
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