Onde estão os mortos?
Por Éber Lenz César
Eu estava com Covid-19, muito fraco, acamado. Na cabeceira da cama, o livro da vez: Fé na Era do Ceticismo, de Tim Keller. Para ocupar a mente, li mais um capítulo... Nesse, o autor responde à pergunta: “Como pode um Deus de amor mandar alguém para o inferno?” Nos dias seguintes, hospitalizado, eu não parava de pensar nos milhões de mortos por Covid (e por outras doenças) em todo o mundo. Quantos teriam partido para a eternidade sem a fé que salva?
Eu estava com Covid-19, muito fraco, acamado. Na cabeceira da cama, o livro da vez: Fé na Era do Ceticismo, de Tim Keller. Para ocupar a mente, li mais um capítulo... Nesse, o autor responde à pergunta: “Como pode um Deus de amor mandar alguém para o inferno?” Nos dias seguintes, hospitalizado, eu não parava de pensar nos milhões de mortos por Covid (e por outras doenças) em todo o mundo. Quantos teriam partido para a eternidade sem a fé que salva?
Não
temos condições e nem o direito de julgar quem quer que seja, se morreu
salvo ou perdido. Até porque, alguns se arrependem dos seus pecados,
creem em Cristo e se salvam na última hora da vida. Foi assim, por
exemplo, com um daqueles malfeitores crucificados com Jesus. Momentos
antes de morrer, ele se arrependeu e pediu a Jesus que o salvasse.
Bastou! O Salvador lhe disse: “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc
23.43).
O versículo bíblico mais conhecido sobre o
que é necessário para o pecador ser salvo é este: “Deus amou tanto o
mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna. Deus enviou seu filho ao mundo não
para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele. Não há
condenação alguma para quem crer nele. Mas quem não crê nele já está
condenado […]” (Jo 3.16-18). Notícia maravilhosa! Advertência muito
séria!
A Bíblia nos ensina também que o que segue
imediatamente à morte é provisório, não é tudo, não é o fim! O lugar
para onde vão os mortos salvos e os mortos perdidos, em seguida à sua
morte, é diferente do lugar onde estarão na eternidade. Jesus disse:
“Quando vier o Filho do Homem [Jesus] em sua glória […], ele separará as
pessoas como um pastor separa as ovelhas dos bodes […]”. Ovelhas e bodes,
assim como “trigo” e “joio”, são metáforas. Referem-se aos “salvos” e
“perdidos”. Jesus acrescentou que os “salvos” irão para o “reino que
lhes está preparado”, o reino dos Céus; ao passo que os ‘perdidos” irão
para o “fogo eterno”, o “inferno” (Mt 25.31-46). Maravilhoso para uns,
terrível para outros…
O céu será maravilhoso
porque, então, os salvos terão alcançado sua perfeita santidade, não por
seus próprios esforços e méritos, mas porque a obra transformadora e
redentora de Cristo em suas vidas terrenas estará completa (Fp 1.6),
razão porque gozarão perfeita e eterna comunhão com o Pai e com o Filho.
O
inferno será terrível porque os perdidos estarão ainda com seus pecados
e não terão nenhuma comunhão com o Pai e com o Filho, Jesus Cristo.
Estarão entregues a si mesmos! O famoso escritor C.S. Lewis disse: “Só
há dois tipos de pessoas no mundo: Aqueles que dizem a Deus: ‘Seja feita
a tua vontade’, e aqueles a quem Deus diz: ‘Seja feita a vossa
vontade!’” Contudo, o desejo de (1Tm 2.4).
Minha pergunta inicial foi onde estão os mortos?
Como isso me preocupou e preocupa! Orei e oro pedindo a Deus que
desperte a consciência missionária da Igreja, de modo que os salvos, os
que cremos em Cristo e em sua Palavra, sejamos mais zelosos no
cumprimento do último mandamento de Jesus aos seus discípulos: “Vão ao
mundo inteiro e anunciem as boas novas a todos. Quem crer e for batizado
será salvo, mas quem se recusar a crer será condenado” (Mc 16.15).
• Éber Lenz César
é pastor há 55 anos. Pastoreou várias igrejas presbiterianas em cidades
de Minas Gerais, Pernambuco e Rio de janeiro, e foi missionário da
Igreja Reformada Holandesa na África do Sul. Desde 2018 está pastoreando
a Igreja Sal da Terra Brasília. É autor de, entre outros, História e Geografia Bíblica e a trilogia Ninguém Nasceu como Jesus, Ninguém Viveu como Jesus e Ninguém Morreu como Jesus. Rev. Éber é casado com Márcia Sathler Lenz César e o casal tem três filhos e cinco netas.
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