O ocaso dos Generais.
Este artigo assinado por um dos mais brilhantes oficiais de nosso “antigo” Exército Brasileiro resume de forma definitiva o sentimento da portentosa maioria dos Veteranos e, talvez também, do pessoal da Ativa. Nada a mais a acrescentar à brilhante exposição de nosso admirado Cel Gobbo.
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O Ocaso dos Generais
21/02/2023. Homenagem ao dia da tomada de Monte Castelo pelo Exército Brasileiro de outrora.
Cel. EB Ref. José Gobbo Ferreira, AMAN 1962
Semanas atrás o atual comandante (cmt) do Exército (EB) ainda general cmt do Sudeste lançou uma catadupa de tolices sobre uma pobre tropa em forma, obrigada a ouvi-las. Pior ainda, escolheu mal o momento. Esperava-se que homenageasse os militares brasileiros mortos no Haiti. Ao invés disso desrespeitou-os e aproveitou a oportunidade para bajulices politiqueiras.
Foi recompensado com o comando do EB. O usurpador do poder identificou nele uma alma gêmea e chamou-o para seu convívio.
O general, como sempre, falou em respeitar a hierarquia e a disciplina. Disse que o Exército tem que ser apolítico e apartidário, não ter corrente ideológica e que, não importando quem estiver no comando, cumprirá a missão da mesma maneira. No entanto, o Alto Comando do Exército, ACE, não obedeceu ao Comandante-em-Chefe legitimamente eleito, nas vezes em que ele, ao lado do povo e estritamente dentro da Constituição, buscou o apoio das FFAA para restabelecer a Lei e a Ordem neste País. Como é difícil aos traidores conciliar o dito com o feito...
Ele mesmo, que falou em hierarquia e disciplina, invadiu a residência do General Villas Boas, mais antigo do que ele e hoje um ícone solitário no EB, para lhe dirigir ofensas e ameaças. Sabemos das condições físicas do respeitado Chefe e essa atitude bem demonstra a falta de pundonor militar da criatura que hoje comanda o EB.
Disse ainda que o Exército está presente garantindo nossa democracia, constituída por liberdade, garantias individuais, políticas e públicas. Finge não ver que há muito tempo não existe democracia neste País, nem liberdade, nem segurança jurídica, nem garantias aos direitos constitucionais de seu povo. Que há prisioneiros políticos e brasileiros de bem exilados por tentar exercer esses direitos. Que quase mil cidadãos brasileiros inocentes e ingênuos a ponto de confiar no EB de hoje ainda estão em masmorras, sem sequer culpa formada, enquanto um criminoso comprovado usurpa a presidência da República. E que as ameaças sobre as pessoas de bem, honestas e patriotas deste País elevam seu tom a cada instante.
Ele afirmou que a alternância de poder é saudável em uma democracia. Mas essa alternância depende da vontade do povo e não da opinião dele. E a vontade do povo se manifesta por meio de um processo eleitoral transparente, confiável, sem inconsistências ou fraudes. Como a mulher de César, ao processo eleitoral não basta SER honesto. Precisa PARECER honesto. E nosso processo não atende a nenhum dos dois requisitos.
De acordo com o Código Eleitoral, bastariam INDÍCIOS de inconsistências para que as eleições fossem impugnadas. Mas ao STF/TSE não importam as leis. Menos ainda os fatos. Prevalecem suas ameaças e narrativas: as eleições foram irrepreensíveis e “la garantia soy yo”. Quem ousar colocar em dúvida a lisura do processo eleitoral, por mais consistentes que sejam suas provas, corre o risco de ser preso.
O processo eleitoral começou pela escolha pelo STF de um candidato que pudesse atender aos interesses das forças outrora ocultas a que servem. Escolheram um presidiário julgado e condenado por unanimidade em todas as instâncias pelas quais seus processos passaram e lhe concederam indulgência plenária ao arrepio dos Códigos legais. Uma exceção, o então Ministro Marco Aurelio Mello, que votou contra essa excrecência, demonstrou em vídeo de domínio público a extravagância da decisão.
Certidões que garantiriam a “idoneidade” do candidato foram convenientemente retocadas, e o TSE, puxadinho do STF, aceitou seu registro como candidato a cargo eletivo, ao arrepio da Lei da Ficha Limpa, muito embora a ministra Carmem Lúcia, profundamente embaraçada, tenha assegurado também em reportagem gravada que a candidatura de um criminoso não poderia ser aceita à luz da atual jurisprudência. Malgrado isso, votou a favor da aceitação.
Usando de todos os recursos, pressões e imposições possíveis e imagináveis, conseguiram que a proposta de tornar a eleição auditável por meio da impressão dos votos concomitantemente à votação nas urnas eletrônicas fosse descartada. A vitória da eleição auditável estava assegurada até que uma visita providencial do ministro Roberto Barroso à nobre câmara de deputados esclareceu aos virginais representantes do povo os perigos de votar a favor dela.
Convidaram as FFAA para fazer parte de uma Comissão de Transparência das Eleições, mas desprezaram suas conclusões sem sequer dar satisfação às solicitações nelas contidas. Fizeram o mesmo com o processo apresentado pelo Partido Liberal, PL, e ainda puniram o partido por ter cometido a heresia de apresentar recurso, embora solidamente respaldado.
Os trabalhos das FFAA e do PL se restringem a tratar o problema de maneira formal, asséptica e limitada à pré-eleição. Concluem que o processo não é confiável, sobretudo pela compilação de um suposto “programa fonte” executada em lugar incerto e não sabido e que, além disso, inexplicavelmente fornece como saída mais de um programa executável, o que seria impossível.
Vários outros trabalhos surgiram nas redes, como os de Fernando Cerimedo da Argentina, de John Robson(1), e de Matt Tyrmand(2) , nos Estados Unidos, provando de maneira irretorquível a ocorrência de fraudes. Robson ainda demonstra que é IMPOSSÍVEL que um suposto programa fonte necessite de 17 milhões de linhas (como afirma o TSE) somente para resolver um problema tão trivial quanto um registro de votos. Talvez por isso o TSE se recuse a apresenta-lo.
E a pantomima se consumou durante a diplomação do ungido, quando o senhor corregedor do TSE sussurrou ao presidente da casa: “missão dada, missão cumprida”. Estava designado para o poder um presidiário condenado acima de qualquer dúvida por apropriação de recursos públicos, lavagem de dinheiro e corrupção, exatamente no exercício desse mesmo poder.
Depois, o general cmt do Nordeste tenta reescrever a história a seu modo ideologicamente distorcido, com manifestações políticas insensatas e ameaçadoras.
Primeiro, usa o rótulo de “bolsonarista” para todo cidadão que ouse lutar por seus direitos constitucionais. Assim como seu mestre e modelo chama de “golpe” o impeachment legal da sra. Dilma Roussef, ele chama de “golpe” a tentativa do Presidente legitimamente eleito de aplicar a Constituição Federal para reverter a anomia em que vivia e vive o País e para impugnar uma eleição descaradamente fraudada.
Diz que a busca por liberdade há tempos perdida e o brado de socorro nas portas dos quarteis, em todo o Brasil, vindas de pessoas de todas as classes sociais, são “oportunismo de uns e jogo de interesses de outros”. Hoje já ficaram claros os oportunismos e interesses no ACE, jamais naquelas pessoas.
Tem a desfaçatez de chamar de “postura legalista” as indisfarçáveis covardia, deslealdade e traição à Pátria e ao povo cometidas pelo ACE e depois se queixa de ataques a reputações. E, como no caso do cmt do EB ele, um dos que se recusaram a cumprir ordens de seu Comandante-em-Chefe legitimamente eleito ousa falar no “sacrossanto respeito à hierarquia e à disciplina”.
General, o emprego indiscriminado do termo “bolsonarista” é apenas um bullying da parte dos desprovidos de capacidade intelectual para discussões mais profundas. Nós que estamos lutando por um Brasil livre reconhecemos e admiramos o caráter e o trabalho feito pelo Presidente Bolsonaro, legitimamente eleito, e até hoje o respeitamos profundamente como tal.
Mas não cultuamos personalidades! Somos simples cidadãos brasileiros, patriotas, lutando pelo futuro da Pátria amada de nossos sonhos, fiéis ao nosso Deus, à nossa liberdade, às nossas famílias e aos valores e tradições que herdamos de nossos antepassados. Estaremos ao lado de qualquer verdadeiro líder que respeite esses princípios. Bolsonaro é UM deles.
Os senhores bem sabem que venderam a alma a um governo ilegítimo que TOMOU o poder conforme prometeram o Sr. José Dirceu e o ministro Roberto Barroso. E este último ainda confirmou o êxito dessas manobras, dirigindo-se a um cidadão brasileiro com um palavreado chulo, em outros tempos incompatível com o cargo que ocupa: “perdeu mané”.
Nessa escória política a serviço do mal com que se amancebaram, os senhores são apenas alguns “manés” de coluna flexível para serem usados com desprezo e prepotência. Acabarão jogados no lixo assim que não forem mais úteis aos propósitos nefandos de seus feitores.
Aliás, no lixo da História os senhores já estão. Arrancaram as FFAA dos primeiros lugares no conceito do povo e as lançaram no último. Confiança leva muito tempo para ser conquistada, mas é perdida em segundos. Vossos nomes ficarão gravados para sempre na memória do EB.
Clamam à tropa por “coesão”. Vão usá-la para quê? Para transformar o moribundo Exército de Caxias em uma milícia bolivariana?
O impasse reside no fato que o Chefe deve ser um exemplo para a tropa pois a tropa é o espelho dos Chefes. Vossos exemplos só refletem aquilo que um verdadeiro soldado NÃO deve ser. Por isso, a maioria da tropa, patriota e fiel a seus princípios, não aceita ser espelho dos senhores e nem cúmplice na entrega do Brasil ao comunismo.
Cuidado generais do ACE. A cólera das Legiões não se dirige obrigatoriamente apenas aos políticos devassos da Roma antiga. E, mesmo no conforto e na segurança de seus gabinetes dentro dos quarteis, sem incômodo algum, nunca se esqueçam da Bastilha.
(1) https://raw.githack.com/JohnRobson/Eleicoes2022/main/relatorio_eleicoes.html
(2) Bit.ly/clnews-cdmedia
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