Quem
inventou a cor púrpura?
William
Perkins sabia das intenções do mestre, por isso seguiu as instruções deixadas
pelo cientista: misturar 20 partes de carbono, 24 partes de hidrogénio, duas de
azoto e outras duas de oxigénio. E eis que inventou… a cor púrpura.
Como
era feita a púrpura?
Mais
especificamente, ela era viscosa. A púrpura era produzida com as secreções de três
espécies de caranguejos marinhos.
Como os
fenícios produziam A cor púrpura?
A
púrpura tíria era um corante extraído de moluscos muito valorizado na
Antiguidade por vir em cores fortes e que demoravam muito para desbotar da
roupa. Esse corante era feito com moluscos conhecidos como múrex, eles
produziam cores que variavam do vermelho ao roxo, dependendo da espécie.
O que
significa a cor púrpura na Bíblia?
Essas
cores são frequentemente mencionadas juntas em textos antigos e têm significado
simbólico e religioso até hoje. "Na antiguidade, o traje púrpura era
associado à nobreza, aos sacerdotes e, claro, à realeza", disse Naama
Sukenik, líder do estudo, em comunicado.
Púrpura
cor de
tonalidade entre o vermelho e o azul
Nota:
"Roxo" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Roxo
(desambiguação) ou Púrpuro (desambiguação).
O termo
púrpuro (ou roxo) atribui-se a um leque de tons entre o vermelho e o azul.
Obtém-se misturando as cores primárias vermelha e azul. Não há consenso em
relação aos tons que podem ser considerados púrpura, preferindo algumas pessoas
referirem-se a magenta ou heliotropo. Uma diferença de sensibilidade ao
vermelho e ao azul que ocorre na retina, e que varia de indivíduo para
indivíduo, pode causar também discórdia. De acordo com pesquisas na Europa e
nos EUA, o roxo é a cor mais frequentemente associada à realeza, magia,
mistério e piedade.[1] Quando combinado com rosa, está associado ao erotismo,
feminilidade e sedução.[2]
Púrpura
Coordenadas
de cor
O roxo
era a cor usada pelos magistrados romanos; tornou-se a cor imperial usada pelos
governantes do Império Bizantino e do Sacro Império Romano e, mais tarde, pelos
bispos católicos romanos. Da mesma forma no Japão, a cor é tradicionalmente
associada ao imperador e à aristocracia.[3]
Púrpura
é por vezes confundida com a cor espectral mais facilmente definível — violeta.
Na
teoria das cores, a cor púrpura é definida como qualquer cor não espectral
entre violeta e vermelho.
Na
pintura, a púrpura é a cor entre magenta e violeta, com todas as seus matizes e
tons.
Espécie
através da qual se extrai o pigmento púrpura
Por
séculos, a cor púrpura, era obtida através de algumas espécies de molusco
nativos do Mar Mediterrâneo, o que causou extinção de algumas delas. Pela
dificuldade na sua obtenção e seu alto preço, o púrpura, um dos mais
importantes e mais caros pigmentos naturais da Antiguidade era preparado com
tintas de vários moluscos — incluindo Murex brandaris e Purpura haemostoma
encontrados na costa do Mediterrâneo e do Atlântico e nas Ilhas Britânicas.
Quantidades
enormes destes moluscos eram usados para tingir tecidos e ainda são encontradas
pilhas das cascas dos moluscos em alguns sítios históricos na costa grega.
A
secreção do molusco está contida dentro de uma pequena veia ou cisto que,
quando quebrada ou partida pela mão, secreta um fluido branco. Os tecidos eram
banhados neste fluido branco e postos a secar ao sol que "revela" a
tintura púrpura brilhante.
O
Imperador Bizantino Justiniano I ornado de púrpura de Tiro, representado num
mosaico do Século VI na Basílica de São Vital.
Os
diferentes tons dependem do tipo de molusco e o tipo de extração do fluido
branco. Segundo Plínio, o melhor pigmento era extraído em Tiro, no Mediterrâneo
Oriental, e era a cor utilizada nas vestes reais romanas, cor que até aos dias
de hoje simboliza realeza.
A
púrpura foi sem dúvida o corante de maior renome e mais caro de todos os
corantes antigos. Era um símbolo de riqueza e distinção. Na Roma antiga só o
imperador tinha o direito de a usar.
O
imperador Nero chegou a punir com a morte o uso da púrpura, já que se tornava
tão raro naquela época. O corante era produzido a partir de espécies de um
molusco do género Murex. Cada espécie do molusco dava a sua variedade de púrpura.
Já os
fenícios obtinham o pigmento púrpura de algumas espécies de moluscos
gastrópodes do género Múrex, uma das espécies que se comem em Espanha com o
nome «cañadilla» ou «cañaílla».
Em
Tiro, a púrpura mais apreciada era extraída da espécie Murex brandaris. Na
cidade de Sídon a espécie Murex trunculus era fonte de uma púrpura cor de
ametista.
O
pigmento está presente numa secreção mucosa produzida pela glândula
hipocondrial situada junto do tracto respiratório. Esta secreção é incolor
enquanto fresca mudando de cor quando exposta ao sol, passando pelo amarelo, em
seguida pelo verde e só depois surgindo a cor púrpura característica.
O
método geral de produção do corante consistia em esmagar os moluscos inteiros,
ou abri-los e retirar a glândula, em seguida salgar essa massa durante três
dias e finalmente ferver o conjunto em água durante dez dias.
O
resultado era uma solução clara, concentrada, do corante. Restos da carne do
molusco eram separados por decantação. O tecido era mergulhado na solução do
corante e em seguida posto ao sol para que a cor aparecesse.
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