https://youtu.be/ngxQCdhFpWc?si=a595Xi7l1jTwLPST //VACINA
https://youtu.be/_04gNTVUZ8s?si=2YGA3nHL_vcgOLxf //O Dia vai Chegar...
https://twitter.com/tomripley22/status/1782600596878397680?s=48
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ANALISE
Alexandre
Garcia: Donos da verdade
"Talvez
a mídia e autoridades ainda não tenham entendido que as redes sociais são a voz
contemporânea do povo, origem do poder. Não é preciso ir a uma praça, subir num
caixote e discursar", observa o jornalista
Redes
Sociais tempo gasto - (crédito: Caio Gomez)
Neste
23 de abril, completou 10 anos de vigência a lei que é o marco civil da
internet, estabelecendo que as plataformas não podem tratar de modo diferente
seus usuários, que deve ser resguardada a privacidade de seus frequentadores e
que a web é um lugar de liberdade de expressão. A Lei 12.965 foi sancionada
pela presidente Dilma, depois de três anos de discussões na Câmara e no Senado.
À época, não se viu necessidade de inventar censura nas redes sociais, mesmo
porque isso é vedado pela Constituição.
Mas, em
2020, foi apresentado um projeto de lei da mordaça, relatado pelo deputado
Orlando Silva (PCdoB-SP). O projeto está indo para o arquivo, com a ajuda do
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Não há como não desconfiar de
qualquer obra que receba influência uma ideologia que impõe censura férrea onde
quer que conquiste o poder. Assim está demonstrado pela História.
O
projeto foi aprovado no Senado, mas, semana passada, Lira anunciou um grupo de
trabalho para modificá-lo. Tudo indica que é para justificar o enterro do
projeto.
Mas os
adeptos do controle do Estado sobre manifestações da cidadania insistem em
restringir a expressão do pensamento, inclusive no Supremo Tribunal Federal
(STF), embora a liberdade de expressão seja garantida pela Constituição. Essa
liberdade já sofre controles de fato por quem deveria guardar a Constituição. A
Lei Maior está carente de quem a defenda. Os de natureza totalitária insistem
em legislar controles sobre as redes sociais.
Talvez
a mídia e autoridades ainda não tenham entendido que as redes sociais são a voz
contemporânea do povo, origem do poder. Não é preciso ir a uma praça, subir num
caixote e discursar. Basta um celular ligado a uma rede social. É a nova ágora
da democracia, agora digital. Sem ser preciso gritar, a voz de cada pessoa pode
alcançar os limites do universo. A mídia sente a novidade como concorrente e
quer censura. Os poderosos sentem o poder crescente, volumoso, da voz do povo,
e ferindo a democracia querem censura. Juntos, inventam uma narrativa pueril e
simplória de "defesa da democracia". Na União Soviética de Stálin e
na Alemanha de Hitler também se usavam pretextos semelhantes para justificar o
controle.
Na
verdade, a democracia está ferida por atos antidemocráticos que violam a
Constituição, porque impõem a censura proibida, restringem a liberdade de
expressão, desobedecem o princípio do juiz natural, o amplo direito de defesa,
a iniciativa exclusiva do Ministério Público, a inviolabilidade de deputados e
senadores. Ao ferir a Constituição, fere-se o sistema democrático. Quando há
alguém decidindo o que é a verdade para suprimir o que decide ser mentira,
então se usurpa do direito sagrado de cada um de escolher o que é verdade e o
que é mentira. O tutelado em opinião é anulado em cidadania.
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