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Cientista cristão mostra que descobertas recentes confirmam
as verdades contidas em Gênesis
Por Patrícia Scott
“A ciência tem se convertido à Palavra de Deus, a qual é
infalível.” A frase é do doutor em Química e pesquisador, Marcos Nogueira
Eberlin, 63 anos, membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e
ex-professor do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP).
Graduado em Química em 1982 pela UNICAMP, onde também
concluiu o mestrado (1984) e o doutorado (1988), tendo cursado ainda
pós-doutorado na Universidade de Purdue, em West Lafayette, Indiana (EUA), em
1991, Eberlin salienta que a fé não é anulada pela ciência. “Esta aproxima o
indivíduo de Deus. Os atributos invisíveis do Senhor são vistos claramente pela
observação e pelo estudo da natureza”, afirma ele, parafraseando Romanos 1.20.
Membro-fundador e participante do comitê executivo da
Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas e da Fundação Internacional
de Espectrometria de Massa, o estudioso assegura que “a Bíblia é o único relato
científico sobre a origem de todas as coisas que tem testemunha ocular: o
próprio Deus” e aponta que Gênesis é um livro literal e repleto de
cientificidade. “Não há alegorias ou figuras de linguagem. É um registro
coerente. Aproximadamente, 99,8% dos verbos e das palavras presentes em Gênesis
são usadas no hebraico para descrições técnicas”, argumenta ele, que, em 2005,
recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, medalha concedida a
personalidades brasileiras e estrangeiras em reconhecimento às suas
contribuições e técnicas para o desenvolvimento científico no Brasil.
Nesta entrevista à Graça/Show da Fé, Marcos Eberlin, membro
da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo (SP), fala
sobre as descobertas da razão relacionadas a diversos fatos bíblicos.
A Bíblia e a ciência usam a mesma linguagem?
Sim, mas a Bíblia expõe a ciência para um público que
desconhece detalhes científicos aprofundados. Por exemplo, as Escrituras
Sagradas afirmam que o Sol nasce e se põe. Isso é uma ciência para o observador
terrestre. Dos elementos da Terra, Deus criou o homem, e essa é uma informação
para cientistas amadores.
Há achados científicos que evidenciam o Gênesis?
Inúmeros. Um deles é o Dilúvio global. As camadas
sedimentares, que se propagam por vastas extensões, são provas disso. Elas
estão todas uniformes, paralelas, alinhadas, sem sinais de erosão e corrosão.
Isso significa que uma catástrofe mundial misturou terra e lama, depositadas
rapidamente. Muitas delas estão abarrotadas de fósseis. As evidências do
registro fóssil mostram que o Dilúvio é verdadeiro: 95% dos animais são marinhos,
distribuídos sobre os continentes, e 75% deles foram cobertos por sedimentos.
Trata-se de uma ordem de deposição que se parece muito com a grande inundação.
O Universo foi feito pronto. As fotos do telescópio espacial James Webb
documentam essa verdade.
O livro de Gênesis é científico?
Sim. Há relatos específicos, detalhados e técnicos de como
Deus criou o Universo, a Terra e o homem. Ele revela a ordem cronológica e o
material utilizado para a criação do homem e da mulher: cada um com
características distintas, mas complementares. O livro de Gênesis mostra a
cronologia e a genealogia, que nos fornecem a idade aproximada da vida do
planeta: seis mil anos. E, com a ciência, podemos investigar as declarações
bíblicas sobre a origem humana. Também há galáxias prontas com estruturas do
tamanho e da idade que temos hoje. Uma constatação irrefutável de que o
Universo foi feito há poucos anos. Caso contrário, as galáxias já estariam
envelhecidas. O DNA mitocondrial evidencia que viemos da mesma mulher, a Eva
mitocondrial, e o cromossomo Y atesta que descendemos do mesmo homem, do Adão
Y. Na realidade, a ciência tem confirmado as declarações científicas de
Gênesis.
Então, a Terra é um planeta jovem?
Sim. A Lua se afasta da Terra a 4cm por ano. Ao regredir esse
movimento e fazer os cálculos, percebe-se que a Terra não existe há milhões de
anos. Se tivesse todo esse tempo, as marés seriam tsunamis, e o planeta não
sobreviveria. Os continentes estão se separando, mesmo que de modo mais lento
do que no início. Porém, continuam se encaixando perfeitamente. A Terra existe
há milhares de anos. Se fossem milhões, seu campo magnético não teria a
intensidade atual, pois a corrente magnética diminui com o tempo, o que é
natural.
Os dinossauros entraram na Arca de Noé?
Como foram extintos há pouco tempo – não por explosão de um
meteoro que colidiu com a Terra, e sim por falta de alimentos e pelo frio
pós-Dilúvio –, eles estavam na arca. Há relatos da existência de dinossauros em
escritos chineses deixados em cavernas, e existem figuras dos répteis em potes
de barro e cavernas na América do Sul. Havia 58 tipos básicos desses animais,
que nasciam de ovos e caberiam tranquilamente na arca como filhotes. Muitos,
mesmo quando adultos, eram pequenos, do tamanho de uma galinha ou uma ovelha.
A ciência aponta a localização do Éden?
Adão e Eva saíram de um local onde ocorreram migrações e
surgiram as grandes civilizações: Babilônia, Egito, Roma e Grécia. Então,
traçando a história, imaginamos que essa localização gira em torno do Norte da
África, da Armênia, do monte Ararate [na Turquia]. Mas ninguém sabe ao certo,
porque é um mundo pré-diluviano, que foi destruído. No entanto, se a arca
pousou no Ararate [Gn 8.4], perto da fronteira com a Armênia, é possível que
seja a partir dessa região.
Como a ciência deve olhar a Bíblia?
A Escritura Sagrada é o guia. Então, ela corrige relatos
científicos. Por exemplo, a teoria da geração espontânea, que prevaleceu por um
século, estava errada. A vida foi criada pelo Senhor no princípio. Não houve
milhões e milhões de anos de evolução do cosmos. Os planetas não foram formados
de poeira cósmica nem as estrelas se formaram de uma nuvem gasosa em expansão.
O Altíssimo ordenou, e tudo se fez imediatamente. O mecanismo da criação foi o
poder da palavra do Criador.
Marcos Nogueira Eberlin
Doutor em Química pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), professor e pesquisador
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