sexta-feira, 8 de novembro de 2024

REFLEXÃO...01

 

 

Alexandre Garcia: Dividir o centro-direita será a estratégia da esquerda no pré-2026

A esquerda encolhe; o símbolo do PT se torna uma estrela cadente. O mais significativo é que o partido não teve sequer candidato para a prefeitura de São Paulo

 

 

Alexandre Garcia - (crédito: Alexandre Garcia)

Consolidou-se no segundo turno a força do centro-direita que se espalhou pelos municípios brasileiros no primeiro. A esquerda encolhe; o símbolo do PT se torna uma estrela cadente. O mais significativo é que o partido não teve sequer candidato para a prefeitura de São Paulo, onde foi criado, tendo que apoiar o candidato do Psol, que não elegeu prefeito algum. Dos 39 municípios da grande São Paulo, região de operários e berço de sindicatos, o PT ficou com apenas uma prefeitura, tal como o PDT e o PSB. Lula nem foi a São Bernardo votar, e a alegação oficial foi a de que já não é obrigado, pelos 78 anos de idade; seria melhor ter assumido o motivo real — o risco de voar com hematoma intracraniano.

 

 

 

O segundo turno mostrou quase empate em Fortaleza, Pelotas e Ribeirão Preto — onde a diferença foi de 687. Casos para recontagem manual dos votos, se isso fosse possível. Em Camaçari, Campo Grande, Olinda e Caxias do Sul, o resultado foi parecido: um apertado 51% a 49%. No primeiro turno, todos os eleitos já eram prefeitos; no segundo, repetiu-se o favoritismo de quem já detinha o poder municipal em Palmas, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. Partidos mais à esquerda, como PSTU, PCB, PCO, além do Psol, não elegeram prefeito algum, assim como ficaram fora de prefeituras de capitais o PSDB, o PDT, o PCO e o Cidadania (ex-PCB). O PT ficou só com Fortaleza e está em nono lugar em prefeituras...

 

Leia também: O segundo turno e a opção pela direita

Curitiba mostrou que é possível uma pessoa sem fundo partidário, sem dinheiro, boicotada pela mídia e, na prática, candidata avulsa, chegar ao segundo turno com 43% dos votos válidos. Cristina Graeml disputou com o vice-prefeito, apoiado pelo prefeito e pelo governador e por ex-governador. Chamou a atenção pela determinação e coragem, como candidata saída de aspirações populares e não de diretórios partidários e acertos políticos. Não foi eleita, mas é vitoriosa.

 

 

Na maior eleição também surgiu um personagem sem biografia partidária, Pablo Marçal, que quase foi para o segundo turno, e insistiu em participar da decisão e aí se perdeu. Acabou dando palanque a um dos candidatos e deixou à mostra o objetivo de se promover, e com erros de tática e estratégia, acabou perdendo o que conquistara. Em Goiânia, o governador Caiado mostrou sua força para 2026, derrotando o candidato de Bolsonaro e do deputado Gustavo Gayer, que, abalado pela visita da Polícia Federal, atribuiu a derrota a Caiado e o chamou de "canalha" nas redes. A reação emocional esquece que se o centro-direita se dividir, abre espaço para a esquerda em 2026. Dividir o centro-direita será a estratégia da esquerda neste pré-2026, se, por sua vez, tiver resolvido seus próprios rachas. O vice-presidente do PT diz que escolher Boulos candidato foi erro. E o articulador político do governo, Alexandre Padilha, após avaliação com Lula, fez gozação com a fraqueza eleitoral do partido. A presidente do PT respondeu nas redes sociais que Padilha deveria cuidar do seu trabalho, que também prejudicou o PT. As relações entre Gleisi e o Palácio do Planalto parecem estar na mesma temperatura da ligação Bolsonaro-Caiado

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NOTAS...01

    https://youtu.be/HBGYK5Nc4r8?si=VUIsKQhcVGxX1wY5   https://youtu.be/09xUGyW1-oA?si=gkpPLjUv41xZ7Fgc   ************************...