Especial:
Poemas que viraram música; confira.
Descubra
como grandes nomes da música brasileira transformaram a poesia em canções
memoráveis; Luiz Gonzaga está na lista do site da Nova Brasil.
Especial:
Poemas que viraram música; confira:
Para o
poema virar música só falta a melodia. Para a música virar poema é preciso um
toque de silêncio. Quem é artista sabe que essa linha tênue pode ser elástica e
fazer muita coisa bonita.
Na arte
de musicar poemas, temos grandes nomes na música brasileira. Vem que a gente te
mostra.
João
Sobral e Clarice Lispector
João
Sobral se inspirou nas obras de Clarice Lispector. O músico é conhecido por sua
habilidade em transformar a profundidade emocional dos poemas em canções que
capturam a essência da escrita da autora.
Mais do
que uma homenagem, é uma forma de trazer novos significados às palavras de
Clarice, o que permite que um público mais amplo se conecte com a literatura de
outras formas diferentes de ler.
Cid
Campos e Augusto de Campos
Cid
Campos é filho do poeta Augusto de Campos e tem se dedicado a musicar obras
poéticas e dar vida às palavras de seu pai por meio da música. Em 2023,
participou da FLIP, junto com Adriana Calcanhoto, em uma homenagem à figura
icônica da literatura brasileira, Patrícia Galvão (PAGU).
Caetano
Veloso
Caetano
musicou o poema Circuladô de Fulô, composto por Haroldo de Campos na década de
1970.
Luiz
Gonzaga
Patativa
do Assaré é o criador do poema “A Triste Partida”, que ele também musicou e que
foi gravado por Luiz Gonzaga em 1964. A letra retrata a jornada de uma família
que, após perder todas as suas crenças, decide deixar a seca do Nordeste em
busca de melhores condições em São Paulo, “para viver ou morrer”. Entretanto,
essa decisão é acompanhada pela esperança de um dia retornar à sua terra natal.
Gal
Costa
Na voz
de Gal ficou marcada a canção “O Amor”, uma canção de Caetano Veloso e Ney
Costa Santos, baseada no poema de Vladimir Maiakóvski, um dos maiores poetas
russos modernos.
Fagner
Em
1981, o cantor musicou o poema “Fanatismo”, de Florbela Espanca, como abertura
do seu álbum “Traduzir-se”. Essa canção teve um grande impacto na música
popular brasileira e na trajetória de Fagner, tornando-se um dos seus
principais sucessos. Posteriormente, Fagner musicou outro poema de Florbela,
intitulado “Fumo”.
Paulo
Diniz
O
famoso poema “E Agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade, foi musicado por
Paulo Diniz. A letra fala sobre a crise existencial que acontece após momentos
de alegria, os sentimentos de solidão e vazio que tomam conta de um cidadão
comum, o José.
Secos
& Molhados
A banda
teve mais de um poema musicado ou adaptado, como os de Vinicius de Moraes (Rosa
de Hiroshima), Cortázar (Tercer Mundo), Fernando Pessoa (Não: Não Digas Nada) e
Oswald de Andrade (O Hierofante). Algumas músicas até sofreram censura:
Pasárgada, baseada no poema Vou-me Embora Pra Pasárgada, de Manuel Bandeira, e
Tem Gente com Fome, versão de João Ricardo para poema de Solano Trindade.
Paulo
Leminski
Foi na
voz de Arnaldo Antunes que a canção “Luzes” repercutiu a poesia de Leminski.
Como também aconteceu com “Verdura”, cantada por Caetano Veloso.
Chico
Buarque
A obra
Morte e Vida Severina inspirou um álbum inteiro do cantor Chico Buarque. A
canção Funeral de Um Lavrador é uma das mais fiéis ao texto original, o que
evidencia a força da poesia regionalista.
Alice
Ruiz
Alice
Ruiz escreveu “Quase Nada”, que virou música nas mãos e voz de Zeca Baleiro,
assim como “Socorro”, musicada por Arnaldo Antunes.
Maria
Bethânia
Uma
profunda conexão entre música e poesia marca a arte de Maria Bethânia.
Reconhecida por sua habilidade de interpretar e musicar poemas, frequentemente
incorpora versos de poetas brasileiros também em seus shows.
Clarice
Lispector
Que o
Deus Venha é um poema de Clarice Lispector que foi musicado por Cazuza.
Inicialmente, foi gravada pela cantora Cássia Eller, mas depois também ganhou
versões de outros artistas, como Adriana Calcanhotto, Frejat e o próprio
Cazuza.
Musicar
poemas promove a literatura ao mesmo tempo em que enriquece o cenário musical,
é uma nova maneira de experimentar poesia e permite que as palavras ganhem vida
por meio da melodia.
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