sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

REFLEXÃO...02

 

Jesus [não] tem mais graça! //REFLEXÃO

 

Desnudar o Natal do sentido religioso e espiritual em nome de relevância cultural parece perda do sentido e da alegria da graça de Jesus

 

Por William Lane

 

Um dia atrás, dirigindo pela cidade, viu uma faixa anunciando e convidando o público para um festival de Natal. Listava alguns atrativos como uma boa gastronomia, diversos entretenimentos etc., e prometia um tempo muito especial para toda a família.

 

A divulgação não teria me chamado a atenção não fosse o fato de estar na entrada de um lugar que eu sei que funciona uma church – apesar de não ter nenhuma indicação na faixada que ali se reúne uma igreja. Se estivesse na entrada de uma escola, um clube, um shopping entenderia que era o jeito secular de comemorar o Natal, sem vestígios nenhum de religiosidade ou de identidade cristã.

 

É verdade que o Natal não é uma data bíblica e o modo como é celebrado secularmente está muito distante do acontecimento que pretende comemorar. Mas pelo menos a igreja cristã procura, nessa época, fazer o contraponto ao efêmero materialismo, consumismo e hedonismo modernos com a boa mensagem singela, verdadeira e perene do nascimento de Jesus e da graça salvadora.

 

Entendo o esforço de muitas comunidades de procurar ser relevante para alcançar pessoas que do contrário, supostamente, não iriam para uma igreja tradicional. Mas isso é realmente uma questão de estratégia evangelística ou uma acomodação à visão e valores seculares? Muitas vezes, fico com a impressão de que os cristãos estão entediados com Jesus. Jesus por si só não é suficiente para despertar nos próprios cristãos a alegria da salvação. É preciso haver estímulos, uma materialização sensorial da boa notícia do Natal. Somente Jesus não tem mais graça. A suposta motivação de alcançar a pessoa não religiosa transparece mais um jeito do cristão festejar o Natal do modo secular sem constrangimentos.

 

É certo que já há algum tempo que as igrejas criam nessa época diversa atrativa para proclamar o nascimento de Jesus como apresentações artísticas e musicais, e confraternizações. E é também visível que o comércio explora a figura do pequeno menino Jesus como um símbolo da generosidade para motivar as pessoas a comprarem presentes. Mas quando os próprios cristãos procuram desnudar o Natal do sentido religioso e espiritual em nome de relevância cultural me parece que perdemos o sentido e a alegria da graça de Jesus. Há uma linha muito tênue entre a proclamação da mensagem do nascimento de Jesus por meios artísticos contemporâneos e o entretenimento religioso.

 

Deus em sua infinita misericórdia, com certeza, poderá usar meios como esses para que pessoas sejam alcançadas pela graça de Jesus. Mas quando a mensagem do evangelho fica de tal modo embrulhada em formas seculares, a graça é pulverizada e fica quase indistinguível. Talvez por isso alguns grupos cristãos não comemoram o Natal. Pois além de não ser uma prescrição bíblica, está muito contaminada pelos valores seculares.

 

A realidade da graça de Jesus deve ser a força suficiente e motivadora da alegria humana. Sem a graça de Jesus, o Natal perde graça, e ficamos sem graça! Mas com Jesus o Natal tem muito mais graça.

Sem comentários:

Enviar um comentário

MÚSICA CUIDADO....!

    5-Cuidado Com A Música Que Você Ouve! Na tradição egípcia, se você pega a matéria e acelera, você vai ter Energia; se acelera você vai...