Aos professores de Português e de Literatura, experts.
BREVE E MIÚDA REFLEXÃO - Assentado que a cultura brasileira
provém de três vertentes: portuguesa, indígena e africana, formadoras da
maneira de se manifestar do povo nacional, o francês e o inglês adentraram na
linguagem brasílica de modo contundente, produto de nossa possível incultura,
fraca economia ou, mesmo, por determinados fatores naturais
O português, as línguas indígenas e africanas formaram o
português brasileiro. O francês e o inglês forçaram os portais nacionais e aqui
se instalaram, uma questão de fragilidade cultural e/ou econômica do nosso
povo:
1. Antes o francês em face da pujante cultura da Gália
histórica impôs-nos por exemplo: bufê, champanhe, crepe, maionese, purê, batom,
boné, cachecol, departamento, sutiã, metrô, menu, chefe, garçom, toalete,
abajur, marinete, garage.
Sem esquecer que a influência francesa no português decorre
das relações culturais e históricas entre Portugal e França, preocupa-nos a
importação sem consciência, imposta por economia mais forte ou por nossa
fraqueza cultural absorvendo modismos
2. Hoje, a influência inglesa vai-se infiltrando,
contribuindo para nosso falar ou “roubando” nossa individualidade e
regionalismo.
Vejam, tenho escritório no Salvador Trade Center, me
alimento ou comunico falando "bacon", "brunch",
"cheeseburger", "cupcake", "delivery",
"diet", "fast-food", "grill",
"ketchup", "light", "milkshake",
"sandwich", "self-service", "snack-bar",
"sundae", "waffle".
Na verdade, não possuo expertise (experiência) para
discorrer sobre o assunto, notem que pensava ser califom (porta seios, sutiã)
de origem francesa e descubro que é palavra do Nordeste Brasileiro, mais comum
no Ceará.
Yes! We have no bananas diz a canção de Louis Prima.
Realmente, não as tenho, caso considere o doce alimento como analogia de
conhecimento. Roger Scruton, no livro “A Cultura Importa - fé e sentimento em
um mundo sitiado”, clareia o assunto.
A força econômica da China já nos inibe. As expressões
asiáticas irão chegar modificando o falar do povo brasileiro, que se vai
deixando colonizar, posto que “a língua funciona como um importante elemento de
unidade nacional, sendo um dos principais construtores da identidade de um
povo. Ela transmite herança cultural e contribui para a diversidade criativa”.
Enquanto estribar-se em sua língua, em seus valores e seus
costumes, um povo permanecerá. Os judeus, e nos limites devidos, os povos
originários do Brasil, experimentam esse fator de integração imorredouro.
A aculturação, a miscigenação, a globalização, atuam de tal
sorte, que, mesmo, no território pátrio as modificações acontecem e massificam.
Aqui na Bahia, por influência do sul do País, falávamos
passeio, arraia, sinaleira, baba, menino - por exemplo. Hoje, falamos: calçada,
papagaio, pelada, moleque.
Ontem jogávamos futebol de salão, mudado para futsal,
batíamos salão, agora altinha. E lá vamos nós sem individualidade ou
modificados por aculturação – ao meu ver – perversa e inconsequente, porquanto
impõe leitura ou fala sem consciência do que se está a ler ou a falar.
O esforço, o desafio para que vivamos essa realidade
inevitável sem nos afastarmos de nossa unidade será louvável para uma
civilização brasileira.
No futuro talvez tenhamos idiomas multifacetados regionais,
depois internacionais. As línguas sofrerão simbiose, unificando falares? Quem
há de saber ou inferir? Os doutos no assunto...(?)
Geraldo Leony Machado
SSA 30.04.2025
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