terça-feira, 24 de junho de 2025

REFLEXÃO...01

 

Post de Geraldo Leony Machado

Geraldo Leony Machado

A CRÔNICA E SUA NECESSIDADE - A crônica deve conduzir texto leve, cotidiano, o comum, o dia a dia. É gênero textual narrativo. Exposto, as mais das vezes, por jornais, em linguagem perto da oralidade.  Nela ainda se vê crítica e humor.

Sua elaboração é difícil porque há de ser de fácil entendimento, estilo gracioso e bem colocado. Depois, quando cotidiana a dificuldade de encontrar-se assunto a ser explorado desafia o poder de percepção e atualidade do seu autor.

Na Bíblia os livros 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias, são crônicas históricas e teológicas de Israel.

O estilo ganhou mundo e chegou até os nossos dias. Aqui na Bahia, terra de tantos humores, por exemplo, a crônica se manifesta através de textos literários, música, dança e artes visuais, caracterizando ampliação inusitada do gênero:

Gregório de Matos, Jorge Amado, Dorival Caymmi, João Ubaldo Ribeiro, Castro Alves são os destaques. No atual - ou quase atual – Hermano Gouveia, Riachão, Helena Lima Santos, do Sertão Baiano, Jehová de Carvalho, Aninha Franco, Ivan Dórea Soares, Sérgio Matos, Dionê Machado, Luiz Cláudio Guimarães, Orlando Gomes, Edson O”Dwyer, Oldegar Franco Vieira, Germano Machado, entre outros não menos importantes.

Carioca, destaca-se João do Rio (Paulo Barreto), Jornalista, romancista e dramaturgo, autor de crônicas jornalísticas, fundindo reportagem e crônica.

Do norte do País, paraenses, Dalcídio  Jurandir, Lúcio Flávio Pinto, Benedicto Monteiro. Amazonense, Arnaldo Santos é o mais prestigiado.

Registre-se, por importante: Machado de Assis, Lima Barreto, Rubem Braga, Fernando Sabino, Luís Fernando Veríssimo, Paulo Mendes Campos e Carlos Drummond de Andrade  entre os cronistas mais importantes da literatura brasileira.

Gerando o estilo, no cotidiano pátrio, cronistas esforçam-se por narrar episódios da política brasileira, que estarrecem nacionais e estrangeiros.

O povo dividido, em comportamento inusitado, põe-se a defender a esquerda ou a direita, sem ouvir ambas as vozes. É questão passional, empatia com seus líderes. Um lado, firma posição com os EUA, o outro com a oriental China, que se esforça por ganhar – primeiro - os brasileiros atingindo sua psicologia, e a europeia e asiática Rússia, com apoio prometido. 

Esquecemo-nos, nessa luta ideológica, de valores nacionais, raízes, religiões, nossos costumes e o modo de ser emocional, que nos distancia, sem meio termo, de racionalismos ortodoxos.

Assim, Lula, seria o "pai" dos pobres. Bolsonaro, o libertário, o mito da classe média, o visionário nacional.

Nisso tudo, o desequilíbrio entre os poderes constituídos, com o fiel da balança, o STF, com declarações e posições estranhas. E tudo se faz válido na luta pelo poder, na mantença de um sistema que se demonstra injusto e corrompido.

Buscar a verdade é tormentoso no geral das informações. Fica-se com vozes consideradas lúcidas, imparciais, verdadeiras.

 É o que resta àqueles que não protagonizam no cenário político nacional, mas, o querem arejado dos males que o comprometem e os distanciam de suas gentes, de sua necessária verdade.

Os cronistas nessa guerra de foice também se deixam influenciar, merecendo aplausos os que conseguem mergulhar no lamaçal, emergindo ilesos.

Acima de qualquer questão, a crônica, porque produz a vida diária da população, é necessidade histórica, social e política.

SSA, 21.06.2025

Geraldo Leony Machado


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