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Geraldo Leony Machado
Geraldo
Leony Machado
A
CRÔNICA E SUA NECESSIDADE - A crônica deve conduzir texto leve, cotidiano, o
comum, o dia a dia. É gênero textual narrativo. Exposto, as mais das vezes, por
jornais, em linguagem perto da oralidade.
Nela ainda se vê crítica e humor.
Sua
elaboração é difícil porque há de ser de fácil entendimento, estilo gracioso e
bem colocado. Depois, quando cotidiana a dificuldade de encontrar-se assunto a
ser explorado desafia o poder de percepção e atualidade do seu autor.
Na
Bíblia os livros 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias, são crônicas históricas e
teológicas de Israel.
O
estilo ganhou mundo e chegou até os nossos dias. Aqui na Bahia, terra de tantos
humores, por exemplo, a crônica se manifesta através de textos literários,
música, dança e artes visuais, caracterizando ampliação inusitada do gênero:
Gregório
de Matos, Jorge Amado, Dorival Caymmi, João Ubaldo Ribeiro, Castro Alves são os
destaques. No atual - ou quase atual – Hermano Gouveia, Riachão, Helena Lima
Santos, do Sertão Baiano, Jehová de Carvalho, Aninha Franco, Ivan Dórea Soares,
Sérgio Matos, Dionê Machado, Luiz Cláudio Guimarães, Orlando Gomes, Edson
O”Dwyer, Oldegar Franco Vieira, Germano Machado, entre outros não menos
importantes.
Carioca,
destaca-se João do Rio (Paulo Barreto), Jornalista, romancista e dramaturgo,
autor de crônicas jornalísticas, fundindo reportagem e crônica.
Do
norte do País, paraenses, Dalcídio
Jurandir, Lúcio Flávio Pinto, Benedicto Monteiro. Amazonense, Arnaldo
Santos é o mais prestigiado.
Registre-se,
por importante: Machado de Assis, Lima Barreto, Rubem Braga, Fernando Sabino,
Luís Fernando Veríssimo, Paulo Mendes Campos e Carlos Drummond de Andrade entre os cronistas mais importantes da
literatura brasileira.
Gerando
o estilo, no cotidiano pátrio, cronistas esforçam-se por narrar episódios da
política brasileira, que estarrecem nacionais e estrangeiros.
O povo
dividido, em comportamento inusitado, põe-se a defender a esquerda ou a
direita, sem ouvir ambas as vozes. É questão passional, empatia com seus
líderes. Um lado, firma posição com os EUA, o outro com a oriental China, que
se esforça por ganhar – primeiro - os brasileiros atingindo sua psicologia, e a
europeia e asiática Rússia, com apoio prometido.
Esquecemo-nos,
nessa luta ideológica, de valores nacionais, raízes, religiões, nossos costumes
e o modo de ser emocional, que nos distancia, sem meio termo, de racionalismos
ortodoxos.
Assim,
Lula, seria o "pai" dos pobres. Bolsonaro, o libertário, o mito da
classe média, o visionário nacional.
Nisso
tudo, o desequilíbrio entre os poderes constituídos, com o fiel da balança, o
STF, com declarações e posições estranhas. E tudo se faz válido na luta pelo
poder, na mantença de um sistema que se demonstra injusto e corrompido.
Buscar
a verdade é tormentoso no geral das informações. Fica-se com vozes consideradas
lúcidas, imparciais, verdadeiras.
É o que resta àqueles que não protagonizam no
cenário político nacional, mas, o querem arejado dos males que o comprometem e
os distanciam de suas gentes, de sua necessária verdade.
Os
cronistas nessa guerra de foice também se deixam influenciar, merecendo
aplausos os que conseguem mergulhar no lamaçal, emergindo ilesos.
Acima
de qualquer questão, a crônica, porque produz a vida diária da população, é
necessidade histórica, social e política.
SSA,
21.06.2025
Geraldo
Leony Machado
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