Post de
Geraldo Leony Machado
Geraldo
Leony Machado
LEÃO
XIV, O PAPA PROTESTANTE?
Os
católicos, passionais por vezes, segundo alguns, tendem proclamar como autores
de milagres santos canonizados e, sobremodo, a Virgem Santíssima. Ajoelham-se diante de imagens como se
estivessem diante daqueles que invocam. Sequer têm como ponto de reflexão, de
incentivo ou de concentração as figuras de argila ou de madeira. São conduzidos inconscientes a possível
idolatria. Poderiam ter as imagens como acontece com as fotografias de entes
queridos. A saudade bate, mas não são eles, os nossos amados, que ali
estão.
A
palavra do Sumo Pontífice sobre não ser Maria corredentora, causou espanto,
polêmica, estranheza, o Papa, entretanto, agiu com coragem esclarecedora. A
Virgem Santa não salva, não lhe foi outorgado poderes específicos, nem
autoridade para tal, entretanto diminuir-lhe o valor declarado de plena de
graça é agredir a própria espiritualidade.
“Ave
cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lucas I,28 – Bíblia Sagrada Ave-Maria).
“Alegra-te,
muito favorecida! O Senhor é contigo.” “...não temas porque achate graça diante
de Deus.” (Lucas, 1, 28 e 30 – A Bíblia Sagrada, Sociedade Bíblica do Brasil.)
A
saudação do anjo Gabriel à Maria ao anunciar-lhe o feito Divino para o
nascimento de Jesus torna-a impar, primeira e única.
Negar-lhe
a condição de santíssima é trair a humanidade diante da pretensão de tantos de
santificar-se.
Não é
corredentora, tampouco medianeira de todas as graças porque estar-se-ia vinculando o poder de
Jesus a um estágio mariano. Mas, pode ser intercessora dependente da disposição
e do crivo do Redentor, na forma de sua declaração: “Eu sou o caminho, a
verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim...” (João 14.6).
Afinal,
Maria é corredentora?
A
publicação “Mater populi fidelis” do Dicastério para a Doutrina da Fé, leva-nos
à negativa.
“Não, o
Vaticano reafirmou que Maria não deve ser chamada de "corredentora",
pois esse título pode gerar confusão teológica sobre o papel de Cristo como
único salvador. A Igreja Católica enfatiza que a redenção da humanidade foi
obra única de Jesus Cristo e que Maria, embora fundamental e participante do
plano da salvação, não é igual a Ele. A nota doutrinal reitera que Jesus é o
único redentor e que a cooperação de Maria, embora única, é subordinada e não
tem natureza de igualdade com a de Cristo”. Google.
“A nova
instrução do Vaticano destacou o papel de Maria como intermediária entre Deus e
a humanidade”. Ao dar à luz Jesus, ela “abriu os portões da Redenção que toda a
humanidade aguardava”. Google.
Afirmações
complexas, extremas, séculos de orientação sobre a intermediação de Maria. “Tantos
foram os altares erguidos em honra e em memória à Maria na dimensão de
corredentora e de mediadora”.
Sequer
caberia um pensar herético acerca da origem do sangue humano de Jesus, sangue
proveniente de Maria, derramado na cruz.
E as
aparições seriam fantasias emocionais de alguns crentes ou interferência de
poder destrutível? A Igreja Católica jamais as absorveu antes de investigação,
análise e reflexão.
É
difícil, complexo, traumático mudar o entendimento profundo no íntimo de grande
parte do povo católico.
Maria
não é corredentora, certo, mas, não consigo abstrair de mim que sua mediação
pontual é possível, e é fato, embora dependente do único Salvador e redentor,
Jesus Cristo.
Por
fim, cumpre afirmar: o Papa não é protestante ou face do anticristo. É homem de
coragem simples, preocupado em diluir equívocos ou interpretações temporais,
antes dirimidas pelos evangélicos.
Continuarei
a refletir.
SSA,
16.11.2025
Geraldo
Leony Machado
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Discordo do pensamento discordante, apresentada pelo escritor da
matéria formulada acima. Sou cristã.
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