Mulheres
no Cordel: 01
Cordelistas
femininas são mulheres que produzem literatura de cordel, destacando-se pela
potência e diversidade temática, abordando lutas femininas, machismo e valores
patriarcais, com pioneiras como Maria das Neves Batista Pimentel (que usou
pseudônimo masculino) e nomes atuais como Dalinha Catunda, Izabel Nascimento,
Jarid Arraes, Paola Torres e Julie Oliveira, que fortalecem o gênero e buscam
mais visibilidade e espaço, sendo a produção feminina crucial para a
representação real da mulher no cordel, fugindo de estereótipos.
Pioneiras
e Destaques Históricos
Maria
das Neves Batista Pimentel (1913-?): Reconhecida como a primeira mulher a
publicar um cordel, em 1938, sob o pseudônimo "Altino Alagoano",
devido aos valores patriarcais da época, tratando do tema "O violino do
diabo".
Anilda
Figueiredo: Outra figura importante, membro da Academia Brasileira de
Literatura de Cordel, destacando a importância da mulher no cordel.
Cordelistas
Contemporâneas
Dalinha
Catunda: Destaca-se pela publicação em redes sociais, escrevendo sobre temas
atuais e feministas em estrofes de sete versos (setilhas).
Izabel
Nascimento e Jarid Arraes: Inspiram com seus versos e lutam pela presença
feminina na arte, com Jarid autora de "Heroínas Negras Brasileiras em 15
cordéis".
Paola Torres:
Enfrentou desafios institucionais como primeira mulher presidente de uma
academia de cordel, buscando equidade e fundando a Cordelteca Maria das Neves.
Julie
Oliveira: Participa de projetos coletivos e atua na divulgação do cordel
feminino, além de gerenciar a Ganesha Edições,.
Shirley
Pinheiro, Ludimilla Barreira, Luciana Bessa, Yasmim Feitosa: Mulheres ativas na
coordenação e colunismo sobre a literatura de cordel feminina, segundo o site
Nordestinados a Ler.
Daniela
Bento: Poetisa feminista e comunicadora, ativa nas redes sociais, promovendo o
cordel feito por mulheres.
A
Importância do Cordel Feminino
Voz e
Resistência: O cordel feito por mulheres é um instrumento de expressão da
força, coragem e resistência feminina, abordando suas próprias narrativas e
experiências.
Visibilidade:
Movimentos recentes, como os que surgiram em 2020, fortaleceram a comunidade
feminina no cordel, mas ainda há luta por maior espaço em editoras, prêmios e
eventos literários.
Renovação
Temática: Apresenta uma visão mais autêntica e diversa da mulher, combatendo a
representação estereotipada (princesa, valentona) frequentemente vista em
cordéis masculinos.
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