A mulher agraciada 02
Maria, a mãe de Jesus, é uma das figuras mais importantes
da história. Ao longo dos séculos, muitos debates aconteceram em torno do seu
nome. Há aqueles que atribuem à ela o que a Escritura não diz e há outros,
que a privam de privilégios que Deus a concedeu. Destacaremos, aqui, dois
pontos:
1. O que disseram sobre ela que não confere com a Escritura
Não podemos honrar Maria atribuindo a ela, o que não está
na Bíblia tampouco fazia parte de sua fé. Há aqueles que a chamam de Mãe
Deus, mas Jesus, como Deus preexistiu à criação do universo. Portanto, Jesus
como Deus não teve mãe e como Homem não teve pai. Também, colocam-na na
posição de Mediadora e Co-redentora. Porém, a Escritura afirma
explicitamente que não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual
importa que sejamos salvos, exceto o nome de Jesus e que não há outro
mediador entre Deus e os homens, exceto Jesus. Ele é a porta do céu. Ele é o
caminho para Deus. Ainda afirmam que ela não teve outros filhos. Jesus,
porém, foi o unigênito do Pai, mas o primogênito de Maria. José não a
conheceu até o nascimento de Jesus. Obviamente, depois José e Maria tiveram
um relacionamento normal como marido e mulher.
2. O que a Bíblia diz a respeito dela
Maria foi visitada pelo anjo Gabriel na cidade de Nazaré. O
anjo a saudou, chamando-a de bem-aventurada. Comunicou-a que seria mãe do
Salvador, o Filho do Altíssimo. Ela argumenta que é virgem. Pergunta como
isso poderia acontecer. O anjo explica que a sombra do Altíssimo a envolveria
e que sua gravidez seria obra do Espírito Santo. Então, depois de explicar
que Isabel, sua prima, estava grávida apesar da velhice e esterilidade,
declarou que para o Senhor não há impossíveis. Maria, então coloca-se à
disposição do Senhor para cumprir seu propósito.
Esse gesto de Maria, aponta para sua submissão plena ao
Senhor. Outrossim, revela a coragem de Maria, pois precisaria lidar com a
suspeita do povo e com a possível rejeição de José. Maria não recua diante
dos prováveis problemas. Ela corajosamente está pronta a enfrentar todos os
desafios. Ainda, Maria demonstra humildade, pois longe de envaidecer-se pelo
inaudito privilégio, reconhece que é uma serva e seu papel é cumprir a vontade
soberana de Deus. Maria, também, está pronta a enfrentar sacrifícios. No
final da gravidez faz uma viagem longa para Belém. Ao chegar à cidade não
encontraram nenhuma hospedaria e ela deu à luz ao seu filho primogênito, numa
gruta de pastores, e o coxo de um animal foi o berço de seu Filho. Maria viu
Jesus crescer em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
Viu-o tornar-se carpinteiro de Nazaré. Viu-o iniciando seus milagres numa
festa de casamento em Caná. Estava presente quando ele foi crucificado em
Jerusalem. Estava presente com seus filhos no Cenáculo, quando foram todos
cheios do Espírito Santo. Doravante, Maria não aparece mais nas Escrituras,
mas seu testemunho de serva humilde, corajosa e fiel servem de exemplo para todas
as gerações.
Rev. Hernandes Dias Lopes
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