segunda-feira, 21 de maio de 2018

BRASIL SEM OAB!




Poeta, cronista e economista. Além de colunista do 247, publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média

Vivemos em um país com um déficit habitacional que oscila entre 6 e 7 milhões de moradias, a depender de quem faz o cálculo. Ou seja, convivemos, pacífica e comodamente, com cerca de 7 milhões de famílias vivendo em favelas, palafitas ou mesmo nas ruas e em ribanceiras.
Vivemos em um país em que tropeçamos em indigentes, brasileiros como todos nós, sem-teto, sem dignidade, sem nada, nas sarjetas das grandes cidades.
Vivemos em um país em que a exploração sexual de menores ainda é tolerada e campeia nas orlas marítimas das grandes cidades turísticas do Nordeste, e até mesmo no Sudeste maravilha.
Vivemos em um país onde uma mera tentativa de assegurar uma renda mínima aos desassistidos é chamada, pejorativamente, de "bolsa esmola" por integrantes de uma classe média conservadora, aferrada em suas migalhas de privilégios e seus preconceitos de classe.
Vivemos em um país em que o exercício da política deixou, há muito, de ser uma representação da cidadania para ser a defesa de interesses escusos, de lobbies corporativos (de grandes empresas), particulares (dos próprios deputados ou senadores) ou de classe. Mas não podemos nos esquecer de louvar e prestigiar os poucos e bons políticos, que ainda restam, e que exercem a política como uma espécie de vocação ou sacerdócio.
Vivemos em um país onde político, servidores públicos e empresários roubam merenda escolar; desviam escassos recursos da saúde e da educação.
Vivemos em um país em que as autoridades constituídas [Congresso, Supremo e Judiciário] estão acovardadas; denotam não possuir a devida competência ou capacidade para nortear o país nos rumos da cidadania plena, da Justiça e do desenvolvimento social, político e econômico.
Vivemos em um país no qual se persegue, com falsas denúncias, manchetes caluniosas e ameaças de prisão, o único líder político autêntico, genuinamente surgido do seio de suas classes menos favorecidas, reconhecido internacionalmente como um grande líder e exemplo.
Ou seja: vivemos em um país em que notórios bandidos são tratados como "heróis" e notáveis heróis são tratados como bandidos.
Vivemos em um país em que se tem uma grande imprensa na mão de meia dúzia de oligarquias, que é conivente, e até parceira, com esse estado de coisas. Uma imprensa acumpliciada com políticos corruptos, governantes incompetentes e autoridades covardes.
Que espécies de cidadãos consomem esse tipo de informação (dessa mídia corrompida)?!
Vivemos em um país que quer depor, com o beneplácito de autoridades prostituídas, com a cumplicidade da mídia, do Congresso e do Supremo, uma presidente de ilibada moral, eleita legitimamente por mais de 50 milhões de brasileiros.
Que espécie de cidadão é esse que, também ele, corrupto, escroto, covarde e autoritário sai às ruas com o pretexto de combater a corrupção, mas com o objetivo de clamar pelo impeachment ou renúncia de uma presidenta, reitero, legitimamente eleita?
Que país é este que, olhando assim de perto, mais parece uma imensa quadrilha de meliantes, constituída por parlamentares, magistrados, ministros, jornalistas e empresários e os chamados "cidadãos de bem"?!
Que espécies de cidadãos integram essa pátria de imorais e de amorais?!
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