Aprender
a envelhecer é coisa de velho?
Por
Cheng e Wen Lin
Artigo
originalmente publicado na edição 349 de Ultimato.
Envelhecer
com significado não é uma tarefa fácil, mas pode ser aprendida com Aprender a
Envelhecer, de Paul Tournier. Aposentar-se desejando só lazer e liberdade, sem
mais trabalhar, parece não preencher o vazio desse período da vida. Porém,
quando devo iniciar essa transição? Segundo Tournier, o mais cedo possível,
gradativamente. Portanto, este não é um livro só para velhos, mas para todos
que querem preparar-se para uma velhice com saúde e satisfação, servindo ao
próximo, à sociedade e, especialmente, ao Senhor.
Entre
muitos outros conceitos, dois se destacam neste livro Será que posso
desenvolver uma segunda carreira “profissional”? Qual é o objetivo maior dessa
segunda carreira? Quais são as suas características? O livro nos instiga a
pensar sobre a preparação para essa outra carreira, que pode durar uma ou duas
décadas. E o conceito de aceitação? Que aspectos da vida exigirão a minha
autoaceitação? Afinal, várias transições podem acontecer: da saúde à debilidade
e à morte; da casa cheia à solidão e, talvez, à viuvez; das realizações
profissionais e do reconhecimento público à insignificância. Além disso, como
será a aceitação mútua entre mim e as pessoas ao meu redor? Como elas vão me
enxergar e lidar comigo – e eu, com elas –, se ainda for lúcido?
Como
sempre, os escritos de Paul Tournier não dão conselhos prontos, mas nos
convidam à identificação por meio de casos narrados, vividos e observados por
ele. Cabe a nós refletir e fazer a própria terapia! Convido os leitores a
aprender a envelhecer com o autor e uns com os outros, juntos, em grupos de
reflexão.
Por
Cheng e Wen Lin
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