*GAME OVER*
A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos atingiu um
novo patamar de tensão hoje, com a revelação de que uma série de medidas de
retaliação estão oficialmente sobre a mesa do presidente Donald Trump. A
informação, publicada pelo jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, traz à
tona um cenário de confronto potencialmente inédito nas relações entre os dois
países.
Entre as medidas que estariam prontas para assinatura, estão
o aumento imediato das tarifas de importação para produtos brasileiros, saltando
dos atuais 50% para até 100%, a aplicação da Lei Magnitsky contra membros do
governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal, a expulsão de
diplomatas brasileiros dos Estados Unidos; o bloqueio de sinal de satélite e
acesso ao sistema GPS no território brasileiro, a imposição de sanções
coordenadas com membros da OTAN, e até mesmo a restrição do espaço aéreo
norte-americano para aeronaves de origem brasileira.
Embora nenhuma dessas ações tenha sido formalmente assinada
por Trump até o momento, o fato de todas elas estarem sob análise no mais alto
escalão da Casa Branca indica que a retaliação americana deixou o campo
retórico e ingressou, de forma inequívoca, na fase de deliberação executiva.
Trata-se de um movimento sem precedentes desde a redemocratização brasileira,
em que os Estados Unidos cogitam publicamente aplicar sanções típicas de
regimes autoritários a um país latino-americano cuja diplomacia, até pouco
tempo atrás, era vista como cordial e estratégica.
O endurecimento da posição norte-americana é impulsionado
pela crescente deterioração institucional no Brasil, em especial pelo avanço de
decisões judiciais que têm sido lidas internacionalmente como violações à
liberdade de expressão e ao devido processo legal. As medidas sob avaliação
incluem instrumentos que, no passado, foram aplicados contra regimes como
Venezuela, Irã e Coreia do Norte, o que por si só já sinaliza o grau de
gravidade com que o governo Trump vê a atual situação brasileira.
O jornalista Caio Junqueira, com sólida reputação nos
bastidores políticos de Brasília e acesso frequente a fontes diplomáticas
confiáveis, reportou que essas opções estão tecnicamente prontas, aguardando
apenas a deliberação final da presidência americana. A diferença agora é que,
ao contrário de pressões diplomáticas anteriores, desta vez não se trata de
ameaças genéricas, mas de uma lista de sanções específicas já elaboradas, com
base jurídica clara e suporte técnico operacional.
Diante desse quadro, o silêncio do Itamaraty se torna
ensurdecedor. A falta de reação do governo brasileiro só reforça a percepção de
que o Planalto está acuado, sem margem política para reverter o avanço da
crise. E se Trump decidir assinar, ainda que uma única das medidas listadas, o
impacto econômico, diplomático e estratégico para o Brasil será de proporções
históricas.
O país poderá, pela primeira vez em décadas, enfrentar o
isolamento real no cenário internacional, não por causa de seu povo, mas pelas
escolhas destrutivas de seus próprios governantes.
_Diego Muguet_
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