sábado, 19 de julho de 2025

GAME OVER

 

 

*GAME OVER*

 

A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos atingiu um novo patamar de tensão hoje, com a revelação de que uma série de medidas de retaliação estão oficialmente sobre a mesa do presidente Donald Trump. A informação, publicada pelo jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, traz à tona um cenário de confronto potencialmente inédito nas relações entre os dois países.

 

Entre as medidas que estariam prontas para assinatura, estão o aumento imediato das tarifas de importação para produtos brasileiros, saltando dos atuais 50% para até 100%, a aplicação da Lei Magnitsky contra membros do governo brasileiro e ministros do Supremo Tribunal Federal, a expulsão de diplomatas brasileiros dos Estados Unidos; o bloqueio de sinal de satélite e acesso ao sistema GPS no território brasileiro, a imposição de sanções coordenadas com membros da OTAN, e até mesmo a restrição do espaço aéreo norte-americano para aeronaves de origem brasileira.

 

Embora nenhuma dessas ações tenha sido formalmente assinada por Trump até o momento, o fato de todas elas estarem sob análise no mais alto escalão da Casa Branca indica que a retaliação americana deixou o campo retórico e ingressou, de forma inequívoca, na fase de deliberação executiva. Trata-se de um movimento sem precedentes desde a redemocratização brasileira, em que os Estados Unidos cogitam publicamente aplicar sanções típicas de regimes autoritários a um país latino-americano cuja diplomacia, até pouco tempo atrás, era vista como cordial e estratégica.

 

O endurecimento da posição norte-americana é impulsionado pela crescente deterioração institucional no Brasil, em especial pelo avanço de decisões judiciais que têm sido lidas internacionalmente como violações à liberdade de expressão e ao devido processo legal. As medidas sob avaliação incluem instrumentos que, no passado, foram aplicados contra regimes como Venezuela, Irã e Coreia do Norte, o que por si só já sinaliza o grau de gravidade com que o governo Trump vê a atual situação brasileira.

 

O jornalista Caio Junqueira, com sólida reputação nos bastidores políticos de Brasília e acesso frequente a fontes diplomáticas confiáveis, reportou que essas opções estão tecnicamente prontas, aguardando apenas a deliberação final da presidência americana. A diferença agora é que, ao contrário de pressões diplomáticas anteriores, desta vez não se trata de ameaças genéricas, mas de uma lista de sanções específicas já elaboradas, com base jurídica clara e suporte técnico operacional.

 

Diante desse quadro, o silêncio do Itamaraty se torna ensurdecedor. A falta de reação do governo brasileiro só reforça a percepção de que o Planalto está acuado, sem margem política para reverter o avanço da crise. E se Trump decidir assinar, ainda que uma única das medidas listadas, o impacto econômico, diplomático e estratégico para o Brasil será de proporções históricas.

 

O país poderá, pela primeira vez em décadas, enfrentar o isolamento real no cenário internacional, não por causa de seu povo, mas pelas escolhas destrutivas de seus próprios governantes.

 

_Diego Muguet_

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