Nota Oficial
*NOTA OFICIAL*
O Brasil assiste, mais uma vez,
a um grave episódio de perseguição política disfarçada de ação judicial. O
ex-presidente Jair Bolsonaro foi novamente alvo de medidas cautelares
arbitrárias determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que, em nome da autoridade,
tenta impor o silêncio ao principal líder da oposição no país. As medidas
impostas — como a proibição do uso das redes sociais, de comunicação com
diplomatas estrangeiros, de manter contato com aliados políticos e até com seu
próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, além da imposição de tornozeleira
eletrônica — não se sustentam juridicamente e ferem princípios constitucionais
fundamentais, como o devido processo legal, a dignidade da pessoa humana e a
proporcionalidade.
Não há condenação. Não há provas
inequívocas de crime. Há, sim, uma escalada autoritária e o uso do aparato
judicial como instrumento de repressão política. Trata-se de um movimento
perigoso, que ameaça as bases do Estado de Direito e transforma a divergência
em delito. A criminalização de opiniões, o cerceamento da liberdade de
expressão, o cerceamento do direito de defesa e de prerrogativas de advogados,
tudo na tentativa de neutralizar lideranças por vias judiciais, que colocam em
risco a própria democracia. Criticar autoridades, denunciar abusos e participar
do debate público são direitos garantidos pela Constituição — e não podem ser
tratados como afrontas institucionais.
O contraste com o passado
recente é evidente. Em 2016, Dilma Rousseff discursou na ONU para denunciar um
suposto golpe. Em 2017, advogados de Lula foram à Europa questionar decisões do
Judiciário brasileiro. Em 2018, a defesa do ex-presidente recorreu à ONU para
impedir sua prisão, enquanto ele próprio, mesmo condenado, pôde viajar ao
exterior para fazer denúncias contra instituições brasileiras — sem sofrer
qualquer censura, prisão domiciliar ou restrição de fala. Por que, então, agora
se trata com tamanha rigidez um ex-presidente que sequer foi condenado?
Enquanto se restringem
liberdades e se tenta calar adversários, vemos, ao mesmo tempo, a relativização
da corrupção de réus confessos da Lava Jato, o perdão bilionário de escândalos
que drenaram os cofres públicos, o abandono dos aposentados, o aumento do custo
de vida e o avanço do aparelhamento do Estado. Uma cortina de fumaça encobre o
caos econômico e moral instalado no país, desviando a atenção para perseguições
políticas seletivas.
Diante desse cenário, o
Congresso Nacional precisa reassumir seu papel constitucional. É dever do
Legislativo agir com independência e responsabilidade para conter os excessos
de um Poder que, cada vez mais, ultrapassa os limites da legalidade e da
razoabilidade. Quando decisões individuais violam liberdades fundamentais,
silenciam representantes eleitos e interferem diretamente na vida política
nacional, o Parlamento deve reagir com firmeza para restabelecer o equilíbrio
entre os Poderes e proteger os direitos do povo.
É hora de a sociedade brasileira
se posicionar com coragem. O povo deve voltar às ruas, de forma pacífica e
ordeira, para exigir respeito à Constituição, à liberdade e à democracia.
Nenhuma toga está acima da lei. Nenhum cargo autoriza a perseguição. Nenhum
brasileiro deve ser silenciado por pensar diferente. Somos 213 milhões de
cidadãos livres. E a Constituição é clara: “Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição.”
Por tudo isso, reafirmamos nosso
repúdio à censura, à intimidação e à tentativa de humilhação de um
ex-presidente da República. O silêncio jamais será uma opção diante da
injustiça.
*Rogério Marinho*
Líder da Oposição no Senado
*Carlos Portinho*
Líder do PL no Senado
*Izalci Lucas*
Líder da Oposição no Congresso
*Zucco*
Líder da Oposição na Câmara
*Sóstenes Cavalcante*
Líder do PL na Câmara
<Mensagem editada>
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