sábado, 21 de junho de 2014

A TARTARUGA CURIOSA 1



HISTÓRIA  1: A TARTARUGA CURIOSA



            Numa pequena ilha, não muito longe do continente, vivia uma tartaruga, gordinha e muito faceira.
            Toda a manhã bem cedinho saia de sua casa e começava a passear pelos arredores. Sempre encontrava novidades no seu pequeno mundo, trazidos pelas águas do mar. Um dia foi uma tecida cor de abóbora que aproveitou para fazer um casaco. Outro foi uma sacola, que depois de ajeitá-la serviu para colocar as flores que colhia e enfeitava sua morada. De outra, foi um pequeno barquinho, com certeza esquecido por algum menino nas praias. Agora contudo, estava muito curiosa. Um viajante muito grande tinha trazido para sua ilha, uma árvore. Colocou-a bem no centro e foi embora.
            Cada dia a planta crescia mais por certo, encontraria o céu – pensava a tartaruga...
            A planta era bonita e delicada, suas folhas tinham o formato de um coração, e subia, subia como um pé de feijão.
            Bem o dia começava, corria a tartaruga para verificar se a planta já tinha alcançado o céu. Não fazia mais nada. Descuidou-se dos seus afazeres, das suas atividades. Não cuidava mais de sua casa, não colhia mais flores, não limpava sua ilha, nada. Só pensava no dia que poderia ir até o céu encontrar-se com Deus.
            Dia-após-dia, ficava junto a planta, aguardando que chegasse ao céu.
            Os anos passaram, e a tartaruga esperando, sem nada conseguir. Em sonho, viu-se velha, e morreu.
            Foi levada ás portas do céu. O anjo que servia de porteiro perguntou-lhe: - Que fez da sua vida tartaruga?
            - Ela prontamente respondeu: esperei ano-após-ano entrar no céu.
            Nada mais fiz. Não queria perder nem por um minuto as delicias desse lugar. Deixei todas as minhas obrigações, tinha receio de perder tempo com banalidades. Aqui é meu lugar...!
            O anjo, erguendo os olhos para a tartaruga respondeu:
            - Volte, cumpra primeiro todas as suas obrigações com seu lugar e no tempo que lhe foi dado. Depois sim, estarei aqui com muita alegria à sua espera.
            Ao acordar, voltou a tartaruga à sua ilha, não mais preocupada em ganhar o céu facilmente, mas, continuar seus trabalhos dentro das obrigações de cada dia.




















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