sábado, 6 de janeiro de 2018

DEUS A ABENÇÕE!



ANA BEATRIZ
Papo de vovó coruja no aniversário da neta

Atônita e um tanto atordoada com a velocidade com que passa o tempo, festejo amanhã, dia 21 de janeiro, os 17 anos de minha neta amada, Ana Beatriz, aquela que nasceu para espalhar encanto e graça, aquela que nasceu para dar um novo sentido às vidas de todos nós – pais, avós, tios, primos – todos as corujas da família. Digo isso com a maior tranquilidade: minha neta é uma graça, um barato de menina – inteligente cheia de vida, bela, boa gente, uma princesa de verdade. Para mim, ela é a Bela Antônia, como Marcello Mastroianni um dia foi o Belo Antônio. Veio daí a inspiração.  

Minha avó, que foi o grande referencial da minha vida, até achava isso tudo das duas únicas netas, mas não confessava nem sob tortura. Era seca, avara de carinhos, mas pródiga no seu amor recôndito. Não enganava ninguém, era corujíssima. Mas totalmente na dela. Morávamos com ela, fomos criadas por ela. Vovó foi quem nos deu régua e compasso, enquanto mamãe batalhava na sua profissão. Amei ( e amo) intensamente a minha avó e tenho pena do meu filho, que pouco tempo teve ao lado de sua avó materna. Apenas cinco anos, insuficientes para que tenha qualquer recordação. Mamãe foi uma mãe incrível e teria sido uma avó inesquecível.

Como eu espero ser. Tenho sido uma presença constante nesses 10 anos de minha Bela Antônia. Desde aquele sábado ensolarado e quentíssimo em que ela nasceu na  Hospital Santo Amaro. Olhei aquele bebezinho, , mas já com as pernas tão grandess, e foi amor à primeira vista. Um amor diferente de todos os que eu já vivera – e certamente dos que eu ainda possa viver. É um amor feito de emoções que se desdobram à medida que os anos passam: os primeiros dentinhos, os primeiros passos, os primeiros cachos. A primeira vez que me chamou de vovó., aqui perto de casa. Chorei de emoção. Como chorei de emoção na primeira audição de balé, a minha pombinha, toda de  branco e pluminhas na cabeça, atravessando o palco com seus passinhos ainda tão miudinhos. As primeiras letras, a felicidade naquela Escola da Península que é tudo de bom, as muitas mochilas, as aulas. A pombinha pequenininha vai dançar  no próximo domingo.  Agora é mocinha. Os filmes em inglês já não precisam ser mais dublados – dá pra ver com a vovó lendo as legendas. Estou aproveitando tudo o que posso. Daqui a pouco vem a aborrecência, que dela ninguém escapa, e sei que vou viver uns tempos no freezer, até humores e hormônios voltarem a níveis aceitáveis.  Enquanto isso…

Ah, minha “princesa”, quanta coisa boa desejo hoje pra você!
Que você possa sempre ter dias claros e felizes. Dias azuis. Como este aí das fotos. Pura alegria num domingo azul nos passeios.
Que você continue fazendo amigos como já faz agora, para te acompanhar pela estrada. Os amigos são o que temos de mais precioso em nossa bagagem, são eles que nos ajudam nos trancos e riem conosco nas alegrias.
Que você descubra o seu caminho, a sua vocação, e não deixe nada e nem ninguém lhe desviar do caminho traçado.
Que você sempre tenha a certeza do amor incondicional de seus pais. Pai e mãe são chatos muitas vezes, mas é para o seu bem. Os avós estão aí mesmo para dar colo e passar a mão na cabeça quando tudo parecer injusto e intolerável.
Que você seja uma mulher tão formidável quanto a menina anuncia que será.
Que a vida sempre lhe sorria. Radiantemente, intensamente. Não há vida sem lágrimas, mas que estas lhe sejam passageiras. Porque tudo passa, minha filha. Um dia, outro dia, mais outro e a tristeza vão embora. Pode crer e confiar. Que você encare a vida com os mesmos olhos atentos, amorosos e gentis que são a sua marca registrada. Para que a vida lhe retribua oferecendo atenção, gentileza e muito amor. Assim, o caminho é bem mais fácil.

Feliz aniversário, minha Bela ANA! Muita alegria no seu décimo sétimo.
JANEIRO DE  2018.
Adaptação GOOGLE.



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