Pareciam uma família
Pai, mãe, filho.
Tudo parecia aparentemente bem. Mas, era só aparência. Sem consistência, Sem alicerces profundos, Os ventos batiam e assustavam, Mas, as rachaduras suaves, Eram amparadas por um escorão. Certa vez deu medo, Exigiu muita prudência, Tudo foi resolvido. O tempo foi passando, Não amadurecia, Sentia no peito, pressão, Pois estagnada, sufocava, Perdia tudo que pretendia... Confusa nem sei o que buscava, Outros ares, Corri, para onde não devia, Tudo desmoronou, O escorão partiu, A casa veio ao chão... Destroços, físicos, emocionais, Materiais, da alma sofrida Sem merecer tamanha agressão. Tudo era falsidade, mentiras que sangraram Para acobertar um falsário, mentiroso, Amparado por pessoas iguais que nada Sentiam, farinha do mesmo saco, Até Deus eu desprezava, perguntava: Por quê? Não compreendia que na dor a alma cresce, Ele não desampara depois de tantos embates, gritei: Meu Deus! Saiu de dentro de mim... Das entranhas... Lutas, batalhas, ardis, mentiras, tudo para, Se librar do compromisso que fugia, enganava, ludibriava, sem uma trégua, Sem um arrependimento. Frio, calculista, manobrava, Para arrancar tudo, que eu resgatei, Sozinha. Criatura sem valor, Bijuteria barata, quinquilharia, Made in Paraguai, China, ou da feira do rolo.
Mas a vitória é certa!
Aceitei o meu Senhor,
Entreguei as chaves da minha vida,
Os embates continuam de outros lados,
Já entreguei meu relatório, assinado, registrado,
Só a espera do carimbo, do Meu Salvador!
As dores fizeram crescer as raízes, robustecer,
O ser que nasceu para dar frutos,
Alimentar quem precisasse,
Deixar sementes íntegras, seguindo seus passos,
É a vitória que experimento,
Aqui na Terra, antes de partir...!
Dionê Machado
Dezembro 2017.
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