Conto de Natal
Teresa não acreditava mesmo
em papai Noel, vivia desconstruindo as histórias infantis natalinas e ria
quando ouvia suas amigas contando histórias aos filhos sobre escrever cartinhas
ao bom velhinho.
Foi então que em um dia,
meio de semana, Teresa foi ao shopping passear com sua sobrinha Amora. Era mês
de dezembro e, como todos sabem, a decoração natalina está em toda parte. Teresa
fica encantada com as luzes do natal e toda beleza que essa data nos traz. Ela
compra presentes e algumas lembrancinhas para amigos, conhecidos e quase toda a
família. Por sua vez, a pequena Amora procura por alguém: Papai Noel.
A pequena olha para o presépio,
fica admirada com a linda árvore de natal e com as borboletas que parecem de
verdade. Curiosa e ansiosa para
encontrar Papai Noel, Amora indaga:
-- Tia, cadê ele? Cadê Papai
Noel?
E Teresa, prontamente
responde que papai Noel não existe.
-- Existe sim, tia! Quem
disse que ele não existe?
--- Minha linda, Papai Noel
é uma invenção, lenda, uma fantasia, respondeu Teresa.
--- Mas Tia, eu acredito.
Minha mãe também acredita.
Foi então que Amora avistou
o Papai Noel e com grande alegria, disse:
--- Tia, ele existe! Olha ele ali sentado. Vamos lá.
Teresa não resiste ao pedido
da pequena e vai até aquele senhor vestido de Papai Noel. Cumprimenta o bom
velhinho, tira foto da sobrinha abraçada com ele e aguarda a pequena completar
a sua cartinha ao papai Noel.
-- Tia, não vai fazer o seu
pedido? Tia, por favor, escreve a sua cartinha, vai...
-- Então Teresa atende ao
pedido da sobrinha e escreve um pequeno bilhete, dizendo assim:
Senhor Papai Noel, se você
existe...., pensou mas não quis escrever. (perece se sentir ridícula com aquele
pedido),pois bem, tia e sobrinha entregam as suas cartinhas ao papai Noel e
foram aproveitar mais o passeio no shopping.
E a semana passou, outra
semana passou e, chegou o dia 24 de dezembro, véspera de Natal. E como vem
acontecendo há anos, Tereza vai passar a noite na casa de uma irmã. Fazem uma
oração, trocam presentes, compartilha uma ceia deliciosa, conversam,
conversam... e depois, Teresa volta para seu lar. Fica olhando para o céu estrelado, esperando
o sono chegar.
Mas, este ano, o inesperado
fez uma surpresa a Teresa...
Ela foi acordada às 9h com o
barulho da campainha. Levantou-se e foi ver quem era. Olhou pelo olho mágico e
identificou que era a nova vizinha do apartamento ao lado. Abriu a porta e
saudou a vizinha com um bom dia!
Por sua vez, sua vizinha deu
um bom dia e a entregou um pacote acompanhado de um envelope.
-- Dona Teresa, ontem à
noite, logo que a senhora saiu, um rapaz apareceu na portaria procurando saber
qual era o número do seu apartamento. Por segurança, o porteiro preferiu não
dizer, mas permitiu que o rapaz deixasse esse pacote para entregar à senhora.
Como a senhora demorou a chegar ontem, o porteiro deixou aqui comigo para lhe
entregar.
Teresa pegou o pacote e
agradeceu pela gentileza. Fechou a porta
e logo foi desembrulhando esse pacote.
Foi aí que Teresa parecia
não acreditar no que estava vendo. Ela recebeu uma pequena caixa de bombons de
chocolates (a sua preferida) e um bilhetinho que dizia assim:
Oi, Teka! Nunca esqueci você, foi perda de contato, mas
a sorte me mostrou onde você estava. Demorou, mas eu te encontrei. Estou feliz
por isso!
Segue meu contato. Vamos tomar um
sorvete de pistache?
Feliz Natal! Ho, Ho, Ho,....
Bjs! Beto - Seu admirador!
Teresa estava agora com “
borboletas no estômago” . Um suspiro e um sorriso e em seu pensamento aquele
momento com Amora. Teresa diz para si: esse Papai Noel, ho,ho,ho...
Agora você vai dizer que
isso foi mera coincidência.
Que seja! Não vai apagar a fantasia do
Natal.
E como Beto encontrou o
endereço de Teka? Boa pergunta! Saberemos depois que eles se encontrarem para
tomar aquele sorvete de pistache.
Feliz Natal!
Ho, Ho. Ho....
Salvador, 10 de setembro de
2016.
VERÔNICA ALMEIDA
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