Enigmático
Pouco demonstrava O que sentia, Comprou uma boneca, Levou para mim No ano seguinte, Um vestido azul Mandou tia Didi fazer, Mais outro, em nova ocasião, Aos outros dois irmãos, Não dava, Não havia ciúmes, Sempre foi muito letrado, Tínhamos receio, De engasgar nas perguntas, Que poderia fazer, Enroscava uma saída Para não enrubescer, Nunca abraçou, Disse lhe amo, Nas conversas com terceiros, Disse ser eu a preferida. Não sei o porquê. Obrigada eu não disse, Muito tempo afastou-se Era medroso pra doença, Tinha medo de morrer, Mas o dia chegou, Viu antes o filho morrer, São dores que são guardadas, O coração, grita cansei, E dorme para acordar no céu. Todo o saber que estudou, Todo o tempo que viveu, Estava com um livro na mão. Exemplo para a família, De caráter, pai, filho, irmão, Deixou única irmãzinha, De cento e quatro que desconhece, O que aconteceu com o irmão.
Obrigada, siga em paz!
Pelo que fez, não pode fazer, Orou, por todos. Queria um mundo De Paz!
Da sobrinha, Dionê Machado.
28 de dezembro de 2017.
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