DO SOPÉ DA MONTANHA AO PÉ DO ALTAR
Bem ao sopé do monte Moriá,
O velho Abraão deixara seus pajens,
Pôs-se a subir o monte com Isaque,
Sem gemer por desnível das paragens.
Cara incumbência Deus lhe havia dado,
De sacrificar seu filho querido.
Era prova de pura obediência
O que Deus havia dele requerido.
Seu filho seria ali sacrificado,
Mas Abraão aguarda providência
De Deus, e, após o terem adorado,
Voltariam, era sua antevidência.
Ao chegarem ao topo da montanha,
Arriaram a lenha que conduziram,
E logo arrumaram as pedras e a lenha,
Expondo ali o altar que construíram.
Mas afeito aos sacrifícios de cordeiros,
Isaque indaga: –– “A oferta, onde está?”
Ao que, Abraão, então, lhe respondeu:
(e disto estava certo), –– “Deus proverá!”
Tomando Abraão seu filho dileto,
Tão logo o iria ter por degolado,
Mas um cordeiro que ali apareceu
Por seu substituto fora tomado.
Provada obediência de Abraão,
De Isaque muita passividade
Lembram-nos, portanto, o Cristo da cruz
Que ao Pai submeteu-se de verdade.
Foi Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus,
Que na cruz, tomando o nosso lugar,
Morreu nossa morte e nos deu o perdão,
Pois aos pecadores veio salvar.
Rev. Péricles
Evangelista Matos
Salvador, 24/01/2021.
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